sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Sonho francês

A cidade luz sempre exerceu fascínio  na maioria dos brasileiros, principalmente entre os noivos que acalantam o sonho de uma lua-de-mel em Paris  e desfrutar do burburinho da vida noturna parisiense. É  raro encontrar uma pessoa que afirma categoricamente  que não deseja conhecer a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame,  o Museu do Louvre, e os amantes de um bom vinho, a região de Champagne no nordeste francês, onde se produz o melhor espumante do mundo.  Viajar pelo território francês é maravilhar-se continuamente e os apreciadores das artes plásticas não  podem deixar de conhecer a cidade natal do pequeno grande homem, o artista plástico e talvez o melhor artística gráfico dó século XIX: Henri Toulouse – Lautrec (1864-1901). Sua carreira foi curta,  mas o seu legado artístico é grande, tanto  em  quantidade quanto em  qualidade. Era  um freqüentador assíduo dos luxuosos bordéis parisienses e, com profunda sensibilidade e  honestidade, retratou as meretrizes em variadas situações cotidianas. Sua maior contribuição ao  desenho gráfico são os famosos trinta e um cartazes que deram a esse tipo de trabalho a dimensão de arte.  Sua contribuição em litografia, foi a técnica Crachis  (cuspidela) que consiste em espirrar tinta  na pedra litográfica com uma escova de dente para conseguir um efeito pontilhado.

            Embora  seu apogeu profissional tenha  acontecido  em Paris,  Toulouse – Lautrec , nasceu  na encantadora   Albi, situada às margens do rio Tarn, no sudoeste francês. A cidade foi erguida ao redor da Catedral de Santa Cecília; santa católica, patrona dos músicos e da música sacra. O desenvolvimento da cidade se deu em virtude das tinturas vegetais extraídas do açafrão Crocus sativus que produziam belíssimos tons de laranja, ocre e amarelo e da  planta pastel Isatis tinctoria  conseguiam sete nuanças de azul.  Os turistas brasileiros, acostumados com a estética de algumas das periferias mais pobres, ao percorrer as vielas  centenárias poderão ter a sensação de estar caminhando  dentro de um livro de conto de fadas. Com  um  olhar atento e um pouco de calma vai se maravilhar com as floreiras das janelas, castelos medievais,  e com os tijolinhos a vista das casas centenárias. Quando os olhos do viajante se cansar das belezas dos jardins simétricos do Palais de La Berbie, das charmosas  casinhas da Place Savène é hora de procurar os restaurantes locais  para desfrutar da deliciosa gastronomia local.                                                                                                                             Na impossibilidade de conhecer a terra de Toulouse- Lautrec, sua obra, e se hospedar em um castelo medieval, há  outra opção: Uma visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) em São Paulo, SP. Algumas obras do artista compõem o acervo permanente da Instituição. 

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