terça-feira, 26 de outubro de 2021

Tipos de comunicação

           

            Os seres humanos são privilegiados por natureza porque são os únicos seres que possuem a  habilidade de  comunicarem-se   de duas maneiras: a analógica e a  digital. As duas possuem o mesmo grau de importância  e ao mesmo tempo se complementam e esta complementação é de grande valia no trato com crianças pequenas, doentes mentais e animais. Por comunicação analógica humana, entende-se toda comunicação  não verbal que inclui além dos movimentos corporais, também o tom da voz. A digital  é a linguagem falada  estabelecida por convenções  semânticas que são culturais e arbitrarias. Em toda comunicação há um conteúdo e uma relação. O conteúdo  dispõe de grandes chances de  ser transmitido digitalmente enquanto que a relação é analógica por natureza. Vale ressaltar que o desempenho dos computadores análogos e digitais também são diferente.  Nestas máquinas criadas pelo homem  também são percebidos dois modos básicos de comunicação; curioso é que fisiologistas e engenheiros da  informática chegaram a esta conclusão por caminhos diferentes e independentes, porém, o interessante é  que no sistema humoral dos organismos  naturais os meios de informações são as substâncias na corrente sanguínea, já  nos computadores analógicos assumem a forma de quantidades descontínuas  e positivas.   

            Observou-se que todo  comportamento possui valor de mensagem e está comunicando alguma coisa e que  até mesmo o  silêncio, um corpo parado com um olhar fixo estão  transmitindo  uma informação, que pode ser o desejo de ficar só, e que é entendido pelas pessoas presentes  e estas costumam respeitar o que também é caracterizado como um ato comunicativo. Até  mesmo, quando a pessoa está sozinha, ela está interagindo com os seus pensamento e devaneios, ou seja, está se comunicando. Concluindo:  Toda comunicação transmite uma mensagem e concomitante, um comportamento  e que o não comportamento, não existe.

domingo, 24 de outubro de 2021

Frases interessantes!

 “O segredo da felicidade não se encontra na busca por mais – mas sim no desenvolvimento da capacidade para desfrutar de menos.” – Sócrates, viveu em 450 a.C.



“As maiores bênçãos da humanidade estão entre nós e ao nosso alcance. Sábio é aquele que com pouco se contenta, seja o que for, sem desejar aquilo que não tem.” – Séneca, nascido no ano 4 a.C.


“Se está depressivo é porque está a viver o passado. Se está ansioso está a viver o futuro. Se está em paz está a viver o presente.” – Lao Tzu, viveu até por volta de 600 a.C. na China.

A felicidade é como uma borboleta; quanto mais a perseguir, mais irá fugir – mas se der atenção a outras coisas, a mesma irá acabar por pousar gentilmente no seu ombro” – Henry David Thoreau, nascido em 1817 em Massachussetts.

“Quanto
mais o homem meditar ao redor de bons pensamentos, melhor será o seu mundo e o mundo em geral.” – Confúcio, viveu na China por volta do ano de 500 a.C.


“O Homem que faz tudo o que leva à felicidade e depende de si mesmo e não de outro homem, adotou o melhor plano para viver feliz.” – Platão, viveu durante o séc. IV aC.

Nada de nada

 

NADA DE NADA

Conto de Kurt Kauter

 Conto adaptado de New Fables: Thus Spoke the Caribou,
de Kurt Kauter, e publicado na Revista Thot, nº 58, 1993.

 

     Sabes  me  dizer quanto pesa um floco de neve? Perguntou um pardal a uma pomba silvestre.

Nada de nada - foi a resposta.

Nesse caso vou lhe contar uma história maravilhosa – disse o pardal.

Eu estava sentado no ramo de um pinheiro quando começou a nevar.

Não era nevasca pesada ou furiosa. Nevava como em um sonho: sem ruído  nem violência, já  que não tinha nada melhor a fazer, pus-me a contar os flocos de neve que se acumulavam nos galhos e agulhas de meu ramo. Contei exatamente 3.741.952. Quando  o floco número

3.741.953 pousou sobre o ramo, nada de nada como você diz –  o ramo  se quebrou. Dito isso, o pardal partiu em vôo.

  A pomba, uma autoridade no assunto desde Noé, pensou um pouco na história e finalmente refletiu:  Talvez esteja faltando uma única voz para trazer responsabilidade ambiental ao mundo. Talvez a tua..                              .                                                                                                                              Disponível: http://www.comitepaz.org.br/Nada_de_nada.htm64 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Aventura em dia de vacinação

        As amigas octogenárias  Sara e Elif, foram juntas tomar   a primeira  dose da vacina  de Covid-19. Optaram pelo horário das  oito horas da manhã, queriam ser as primeiras a chegar, porém, todos os idosos pensaram a mesma coisa e encontrar um local para estacionar  não foi fácil. Tiveram que  utilizar o estacionamento de uma loja e não  notaram um rapaz sentado na porta do estabelecimento, com uma faca na mão. Desceram com a  dificuldade inerente à idade e só então perceberam o perigo a que estavam expostas e com  uma calma aparente que só o medo extremo é capaz de proporcionar,  Elif cumprimentou o  jovem e pediu-lhe   olhasse o veículo, pois na volta, lhe dariam “um trocado”.

          Esperaram na fila, aproximadamente  uma hora, e já  imunizadas, precisavam retornar ao estacionamento. Elif sugeriu que  Sara fosse  buscar o veiculo, e ela esperaria em frente ao  polo de vacinação,  si em 15  minutos ela não regressasse, chamaria a  Polícia.  Nada do que as  anciãs temiam aconteceu e felizes, retornaram ao condomínio  em que residiam confiantes que estavam  mais protegidas. A noite foi difícil para Sara. Dor no peito e no braço, não a permitiu dormir, mas como já  sofrera dois infartos, optou por não pedir socorro com medo de ser levada ao  hospital e contrair Covid-19, não queria correr o risco de   ficar entubada a mercê de tratamento experimental, e menos ainda, ser enterrada em caixão lacrado, sem a presença dos parentes   a lamentar a sua passagem, Elif,  sentiu dor no braço, cansaço e nada mais.

          Assustada com a experiência  do estacionamento,   no dia da segunda dose, Sara  escolheu outro  polo de vacinação, e desta vez, iria às doze horas, comércio aberto, mais fácil para pedir ajuda em caso de  outro encontro inesperado. Elif  aplaudiu  a  decisão da amiga. Foram obrigadas a estacionar na rua, a uns três quarteirões do local. Caminhavam felizes, observando  os jardins das casas quando Elif notou que Sara estava sem a máscara,  que provavelmente ficara no carro.  Retornaram sem pressa, e  quando estavam a  uns 20 metros do veículo, foram abordadas por uma simpática senhora que  indagou se elas  estavam procurando a chave do carro e antes mesmo que as perplexas senhoras respondessem que não, entregou-lhes o  chaveiro  e seguiu o seu  caminho sem  esperar  o agradecimento.

- Proteção divina!  Retornamos  pela máscara e encontramos a chave perdida, sem mesmo dar-nos conta que a havia perdido.  Exclamou Elif.

- Meu anjo da guarda nem piscou hoje, o que faríamos distantes de casa, sem dinheiro e cartão?  Realmente foi a  divina providência! Aleluia! Exclamou Sara.  Talvez pelo  horário, não enfrentaram  fila e na volta para casa, ultrapassaram a velocidade permitida; foram paradas, repreendidas e multadas por um guarda de trânsito, que as aconselhou a  utilizarem os serviços de táxi, era mais seguro para elas, para  os pedestres e  outros motoristas.

          Ao contrário de Sara, que na  2ª dose, nada sentiu, Elif  teve várias reações à vacina: cansaço, calafrio, enjoo, tosse, dor de garganta e febre de 38º, sofreu sozinha, durante dois dias.  Ao responder as mensagens da amiga, negava  com veemência  qualquer mal estar com medo de ser levada ao hospital e  receber um falso diagnóstico de Covid-19 e   tratamento inadequado  que a levaria a óbito. – É preferível uma morte solitária a ser lembrada pelos descendentes como a parente que  faleceu de Covid-19, durante a pandemia do coronavírus, nos anos de 2020/2021, suspirava resignada.

          Já protegidas com as duas doses, mas com receio de serem contaminadas por uma nova variante resistente à vacina, ambas  continuam usando máscaras e seguindo o protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde. Elif não cansa de repetir: - A morte é a única certeza que tenho nesta vida, gosto de viver e não tenho pressa de partir.