quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Perguntou? Respondi.




          A natureza do animal macho é ir à caça, seja do alimento ou de uma fêmea em época de acasalamento;   em ambos os casos, ele luta até a morte se for preciso, é a sua  natureza! O homem é um animal, embora racional ainda guarda  nos recônditos do cérebro  o instinto de disputa e batalha tanto no âmbito profissional quanto no amoroso, portanto, cara leitora, se ele não faz o menor esforço para  conquistá-la,  a chance de seus esforços Hércules  para   garantir um relacionamento sério é pequena. De nada adiantará  enfrentar várias horas de viagem, hospedar-se  as próprias  custas, em um hotel próximo a residência dele  na expectativa  que a proximidade o faça enxergar a pessoa encantadora que é. Tenha certeza, isto não vai acontecer! Conforme relata, ele  vive agarrado à  barra da saia das mulheres da família, que não medem esforços para aplacar as suas manhas  e birras. Se ele desejasse a sua presença por perto, faria o convite e arcaria com os custos da viagem e hospedagem.
           Se optar pela viagem,   ficará esquecida em um quarto de hotel e quando, cansada de esperar, ousar telefonar-lhe, ele alegará que está ocupando com compromissos   familiares e você enfim, conhecerá a dor do desprezo.   Nada adiantará  enviar-lhe, via redes sociais, reflexões  imaturas  tipo:
- Estou bem confortável alojada  em seu coração e  nunca mais sairei;
- Não há dor maior do que a do desprezo. É doloroso  estar viva e não sentir-se viva emocionalmente. A morte emocional é pior do que a física;
- Quanto sofrimento esperar em vão   para sair com um cavalheiro, romântico, envolvente e carinhoso. Quanta ilusão!  Em quais caminhos da vida ele se perdeu? Quando morreu o sedutor e nasceu o   rebelde sem causa?
Pior ainda se você tentar colocar palavras na boca dele como estas aberrações:
-Ah! Se eu tivesse  me permitido amá-la e  ter sido  amado!
-Ah! Se eu tivesse sido mais sedutor e menos birrento.                                    Mais carinhoso e mais confiante... Se eu conseguisse entender que  o que eu penso dela pode  não ser verdade! Que as pessoas pensam e sentem diferente de mim!
           Quando o homem  quer uma mulher, ele investe na conquista, não poupa tempo, dinheiro e estratégia. Em seu caso, o melhor  a fazer é botar a viola no saco e cantar em outra em Freguesia e quem sabe se em outras paragens  encontrará o homem de sua vida!



sábado, 22 de dezembro de 2018

Zéfiro

                     

          Nas noites quentes do verão, as pessoas   ao verem as árvores  se curvando  à força dos ventos,   galhos e folhas em  coreografias  sincronizadas  que levantam  a poeira do chão não se zangam porque no lamento da orquestra ruidosa, está o frescor tão esperado; ventiladores são desligados, janelas abertas para o arauto mensageiro entrar e levar embora o calor que queima o corpo e alma.
Oh!  Deus eólico, varra do Brasil todos os desmandos da política, as  pequenas corrupções diárias dos brasileiros. Poderoso Zéfiro, retorne sempre  para amenizar o calor dos trópicos  com doces aragens!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Flores e dores




          Há quem diga que Deus   deu ao homem o livre arbítrio para criar e, ele criou a guerra e suas dores,   desenvolveu modos de viver desvinculados da terra madre o que propiciou o desenvolvimento de doenças incuráveis que fatalmente, encurtam a trajetória do indivíduo, já que a morte é a única certeza, o destino final da vida. Mas  para alegar  os sofredores,  o Criador nos honrou com   abundância e variedade de uma das mais belas de suas criações: as flores!
          Há flores  por toda a parte, até mesmo nas regiões  mais inóspitas  como a rosa do deserto, nativa da área do Sahel, na África que é encontrada também na região do Saara – da Mauritânia ao Senegal e Sudão. Com as raízes fundamentadas em meio à lama e ao lodo dos lagos, o lótus  chega á  superfície para florescer com notável beleza.  Essa dádiva da natureza, umas simples, outras ricas em detalhes estão por toda à  parte; no nascimento é presente ideal  à parturiente, nas festas, encanta os convidados, nos hospitais é como um bálsamo para o enfermo e nos enterros, alivia as dores da alma no  momento da última despedida.  Nos berços, nos altares, nas mesas festivas e sobre os jazigos, as flores são companheiras inseparáveis dos  seres humanos , enfeitam a vida e a morte!
          Nesta época em que as crianças estão perdendo o contato com o mundo real, ensine-as a observar, admirar e amar  as flores, porque há muitas semelhanças entre as crianças e as flores: ambas são promessas de vida e perpetuação da espécie!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

As quatro estações do ano e o pobre




          As  estações do ano: Verão,  outono, inverno e primavera são quatro subdivisões  climáticas com características particulares e definidas pela natureza, porém, diferentes em cada  hemisfério,  o  post trata-se do sul.  A  sociedade também utiliza critérios para definir as  classes sociais de acordo com  a sua renda per capita. Uma  pirâmide  de renda apresentada pelo DataFolha em 2013, mostrou que 66% das famílias  brasileiras recebem apenas R$2.034,00, ou seja, o Brasil é um país pobre e que não tem condições para usufruir de 100% de conforto durante  as peculiaridade de cada época,  apesar de todos os avanços tecnológicos.
          No Brasil, o verão  tem início em dezembro e finda em março; os dias são longos e   as noites  curtas, ambos  quentes. É a época dos  temporais fortes e rápidos que  normalmente  causam grande inundações e  em algumas regiões há grande incidência de raios. Estação propícia para  o rico veranear e o pobre  sentir-se pagando os seus pecados no  inferno terrestre; em virtude das características de suas residências, cujos  materiais de construção são da marca MB, ou seja, o mais barato, o interior é quente e ele  não  tem  ar-condicionado e o ventilador comprado,  na promoção de inverno do ano passado, não pode ser ligado porque  o arrimo da família não dispõe de recursos para bancar este luxo. No ápice da quentura típica do final de tarde, o filho acalorado avisa: Vou tomar outro banho e já houve um sonoro não. Desesperado  argumenta: - mãe desligamos o chuveiro, uma coisa compensa a outra.  E a  conta de água. Como iremos pagar? Assim, o rebento não vê outra alternativa a não ser  deixar o suor escorrer generosamente pelo  seu corpo.
          Enfim, o outono,  neste período de transição entre verão e inverno, de  março a junho, os dias são mais frescos, tudo parece bem, mas é a época das colheitas e há uma gama de produtos hortifrutigranjeiros  em supermercados,  e puxando a barra da saia, as crianças, ávidas por experimentarem novos sabores, apontam os produtos  e  com  água na boca  imploram à mãe  que os compre. Invariavelmente ouvem a mesma resposta, que já saí automática dos lábios maternos: - Vamos comprar somente  o que  está  em promoção.
          E o martírio do pobre continua no inverno, de julho a setembro. Mesmo aquela família que conseguiu comprar um aquecedor usado ou ganhou o estragado da patroa e  o marido consertou, não pode ligá-lo, já que é um aparelho com alto consumo de energia. Então, se vê obrigada a se proteger do frio apenas com o já surrado cobertor e, ao se recolher para o sono dos justos, em vez de um chocolate quente ou uma nutritiva sopa de legumes, apenas  um copo de água com açúcar e bolachas água e sal , precisam economizar  gás. A exceção somente para os doentes, que tomam o tradicional chá de alho, já que é uma época propícia para   vírus e bactérias  buscarem refúgio no corpo humano, e como as passagens de ônibus urbanos são caras,  não se pode dar ao luxo de ir ao pronto socorro por uma gripe qualquer.
          Com felicidade  o pobre recebe a primavera, suas cores, flores e promessas de alegria. Neste período de transição, entre inverno e verão, as temperaturas são amenas, mas nem por isso a vida do pobre fica mais fácil, já que não pode desfrutar de toda essa beleza, porque ela não está ao alcance de seus olhos. Com o findar do ano, os adultos enxergam  somente as contas que estão por vir: IPTU, matricula dos filhos, material escolar e  a lista dos intermináveis pedidos de presentes de natal. Os jovens estudantes, apavorados com a possibilidade  de recuperação  ou uma reprovação. Com a instabilidade emocional, não conseguem apreciar toda a magia da primavera.  Assim, como as estações  do ano, a vida de 66% da população brasileira segue o seu curso natural desde o início dos tempos porque não dispõe de recursos para usufruir de todo o conforto  oriundo dos avanços tecnológicos.
         
         

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Papo com artistas locais




          Estive em sua cidade  para  apreciar    a praia e banhar-me   nas águas do Oceano Atlântico, mas desiste da ideia em virtude da  sujeira da  praia e da bandeira vermelha  alertando  que a água estava imprópria para banho. Diante do plano frustrado, não tive alternativa a não ser procurar outra atividade para  aproveitar o  final de semana, aí encontrei o Palácio das Artes, local belíssimo, um verdadeiro oásis  na cidade. Valha-me Deus, como é quente! Por coincidência  havia a apresentação gratuita de uma peça teatral infantil, com crianças talentosas transmitindo mensagens importantes para o momento atual, em que se vive uma violência generalizada, principalmente virtual.
          Observei que os turistas não estão preparados para freqüentar local público e, pelo fato da cidade ser uma Estância Balneária, tomo a liberdade de sugerir aos  responsáveis  pelo grupo de teatro do Palácio das Artes  que aproveitem estes talentos emergentes em atividades  artísticas na praia, depois do por do sol e antes das estrelas, para  conscientizar os frequentadores para a importância de cuidar do espaço que desfrutam ocasionalmente, sem interferir na  biodiversidade marítima e deixando-o em condições de uso para os próximos visitantes.  A arte da performance incita, mais de que uma propaganda, a uma atitude crítica com grande chance de desembocar em uma ação benéfica em virtude da proximidade emocional  do público com o performer  cujo trabalho, consistirá em orientar a percepção do espectador para as conseqüências drásticas da poluição dos  oceanos.
          Neste tipo de atividade, a relação custo/beneficio costuma ser  vantajosa, já que todos os  lados saem lucrando: Os artistas, que deram vazão ao seu ímpeto criativo, a cidade que ficará mais limpa e o visitante que, além de apreciar um espetáculo gratuitamente, com certeza,  retornará à cidade natal, melhor do  que quando a deixou. Performances simples, como  um ator, com um figurino impactante,  distribuindo sacolas aos banhistas para recolherem seus lixos, outros elementos do grupo,  encenando o sufocamento das tartarugas e golfinhos com plásticos abandonados nas praias. Apresentação musical, com repertório exclusivo de músicas que falam de preservação do meu ambiente e de valorização da vida é uma boa opção, dará oportunidade a novos artistas  sem onerar os munícipes. Arte para todos  e com consciência ambiental, é tudo que o planeta precisa.  Por favor! ao entardecer, nada de apresentações ao meio-dia, com o sol a pino. Barbaridade! O sol aí queima mais do que o daqui!

domingo, 16 de dezembro de 2018

Caro Vereador



          Estive  em  sua cidade, que é uma Estância Balneária porque cumpre com determinadas exigências. É uma cidade  plana, bem traçada, 22,5 km de praias maravilhosas,  banhandas pelo Oceano Atlântico cujas águas calmas   permite demorados  banhos de mar. Uma  cidade com uma população fixa aparentemente de idoso e turistas de faixas etárias  diversas,  porém, sem a menor  consciência ambiental e respeito ao  patrimônio  público. Sim, as praias, graças a Deus, são públicas e  todos têm direito  de  usufruir um pouco deste espetáculo da  natureza mas com responsabilidade.
          Em outro patrimônio da cidade, o Palácio das Artes, tive a grata satisfação de assistir a um espetáculo de teatro, que ficou bem evidente   que o grupo dispõe de poucos recursos financeiros e esbanjam talentos. Acredito que será eficaz fazer uso dos talentos locais, seja atores, cantores, compositores, performistas, dançarino e palhaços  em campanhas para a preservação da limpeza da cidade e da praia; a natureza agradecerá.  Ao caminhar pela água, em um belo entardecer, fiquei estarrecida com a quantidade de embalagens plásticas  sendo levadas e devolvidas pela  maré. Sujeira, muita sujeira.
          O  despreparo do  turista para frenquentar local público é estarrecedor! Presenciei   várias pessoas levando o seu cão para um banho de mar, inclusive, de raças perigosas como PitBull e  Rottweiller. Se o proprietário perde o controle do animal,  é possível imaginar a carnificina, sem falar que nem na praia e muito menos na rua, eles recolhem a sujeira do  bicho de estimação. Pessoas idosas, distraídas, portadoras de necessidades especiais e crianças são as principais vítimas destes banhistas  negligentes.
          Sou uma turista que se preocupa com o local que  me recebe e não posso ficar calada diante destes detalhes que incomodam bastante  as pessoas com  consciência ambiental e responsabilidade com o patrimônio público. Assim,  sugiro aos Nobres Vereadores, que  conversem com  os artistas locais para criarem atividades artísticas  para serem  apresentadas gratuitamente  na  praia com o intuito de  conscientizar o visitante da importância de recolher o seu lixo e o de seu cão, para que todos possam usufruir de uma praia limpa, bem cuidada e bonita por natureza.  Atividades simples, como um palhaço, abordando  as pessoas  que estão tomando sol, pedindo o número do celular e disparando mensagens de dicas de como manter o espaço bem cuidado,  faz mais efeito do que propagandas em emissoras de televisão, já o que boom da comunicação hoje é o WhatsApp. Espero que  em 2019, ao retornar a  esta bela cidade, não tenha mais que  compartilhar banho de mar com PitBull!
         


sábado, 15 de dezembro de 2018

Cação e tubarão são a mesma coisa?



            Feira livre em final de semana  não deve ser considerada como um dever, mas  um prazer já que é o lugar propício para estimular os cinco sentidos. A comçar pela audição; vários sotaques  enaltecendo o valor nutritivo e demais qualidade de seus produtos. Os olhos  saboreiam nuances de vários tons.  As mãos  sentem texturas diferentes das frutas, verduras, legumes, etc. O paladar é estimulado  em cada barraca com a oferta  dos  produtos pelos feirantes,  degustação ao livre  com o intuito de vencer a concorrência.  A experiência  olfativa é impar! Cheiro de temperos,  das hortaliças  das carnes e o cheiro de peixe, este  indica com precisão onde adquiri-los.
            Frescos, expostos artisticamente e vendidos a preços  convidativos, os peixes são uma atração à  parte. Cada semana,  um  diferente, uma receita nova um novo sabor a descobrir.  Tudo era novidade para a jovem do interior, local onde não  havia  como desfrutar desde prazer  porque o comércio local oferecia somente  o produto congelado. Chegou o dia de experimentar o cação e este experiência amarga merece ser relatada.  A moça adquiriu um quilo e feliz por    não ter que lutar com espinhas   no retorno á casa, já procurava pelo celular, uma receita  para preparar a iguaria do dia. Que decepção!
            Internet é assim, você procura um assunto e o sistema oferece outras  possibilidades  para aprofundamento do tema. Ávida  para conhecer mais sobre o peixe, ficou horas pesquisando e pasmem! Encontrou várias reportagens que  alegam que cação é filhote de tubarão, que é um animal ponta de espécie, carnívoro e o seu organismo absorve metais pesados, prejudicais  a saúde. Outra reportagem afirmava que  cação é o nome genérico de vários peixes da família dos  tubarões. Como já havia adquirido o produto e acreditando que consumi-lo uma única vez, não representaria  um risco  grande, selecionou uma receita, preparou  e, felizmente, detestou o sabor.  - Seja  peixe ou tubarão, nunca mais comprarei, disse com convicção aos familiares.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Santa Luzia de Siracusa




          Corria o ano de 280 d.C. na charmosa  Siracusa,  uma das principais cidades litorâneas na  região da  Sicília, Itália. A vida  seguia seu curso, ninguém imaginava que  uma jovem  nobre, dera a luz a uma criança, que futuramente, tornaria mártir da igreja católica apostólica romana.  O bebê  recebeu o nome de Luzia e  foi criada   segundo os princípios da fé cristã. A criança crescia linda e piedosa; seu amor a Deus era tão grande que fez votos de castidade e somente a ele, dedicar  a sua vida.
          Com a morte de seu pai, sua mãe optou por casá-la com um  jovem de grandes posses, porém, pagão. Como sua genitora estava muito doente, pediu um tempo para  reflexão e seguiu  com sua mãe, em romaria, ao túmulo de Santa Águeta; ela obteve a cura e  a jovem voltou com sua fé mais fortalecida, e recusou a proposta do mancebo, distribui seus bens com os pobres.  Era um período de grande perseguição aos cristãos assim, o rapaz  a denunciou ao imperador Diocleciano  que ordenou que a jovem fosse levada a um prostíbulo, para  trabalhar. A  tradição diz que embora a jovem não movesse um dedo, nem dez homens  foram capazes de arrancá-la do lugar. Diante do fenômeno inusitado, os carrascos decidiram que ela morreria ali mesmo, jogaram-lhe azeite quente, resina e nada aconteceu, somente um golpe de espada  foi capaz de tirar –lhe a vida. Era o ano de 304. d.C.!
          Existem várias histórias para justificar porque ela é a protetora dos olhos. Uma está relacionada à visão, porque Luzia, deriva de luz, e já era exaltada desde o século V. Outra diz que seus olhos foram arrancados pelos carrascos e, imediatamente nasceram outros. Não importa  o motivo que levou tantos fiéis a elegê-la como protetora da visão  já que centenas de milhares de pessoas no mundo são agraciadas com a cura por intercessão de Santa Luzia de Siracusa, que diante da morte, não deixou de   reafirmar a sua fé. Suas últimas palavras foram: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade"l
Santa Luzia, proteja   meus olhos e toda a minha família!
13 de dezembro, dia  de Santa Luzia

ORAÇÃO DE SANTA LUZIA
Ó, Santa Luzia, que preferistes deixar que os vossos olhos fossem vazados e arrancados antes de negar a fé e conspurcar vossa alma; e Deus, com um milagre extraordinário, vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos para recompensar vossa virtude e vossa fé, e vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos, eu recorro a vós para que protejais minhas vistas e cureis a doença dos meus olhos. Ó, Santa Luzia, conservai a luz dos meus olhos para que eu possa ver as belezas da criação. Conservai também os olhos de minha alma, a fé, pela qual posso conhecer o meu Deus, compreender os seus ensinamentos, reconhecer o seu amor para comigo e nunca errar o caminho que me conduzirá onde vós, Santa Luzia, vos encontrais, em companhia dos anjos e santuário. Santa Luzia, protegei meus olhos e conservai minha fé. Amém.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Terror na Catedral de Campinas




          Era um dia normal, vários fieis  se dirigiram à Catedral de Campinas SP, para cumprir com sua obrigação cristã, por  um hábito enraizado, para se conectar com o criador; não importa a razão.  O Brasil  é um país com liberdade religiosa e as portas das igrejas católicas apostólicas estão sempre abertas àqueles que procuram um conforto espiritual, nunca a morte,  nem mesmo uma tragédia capaz de  chocar os mais renomados trágicos gregos da antiguidade.
          Se passando por fiel, o lobo solitário adentrou ao recinto sagrado  com a sua mochila nas costas. O que ninguém podia imaginar  que revolver e  pistola, lá estavam, esperando o momento oportuno para o massacre. Ele abriu fogo em  frente ao altar, matou quatro pessoas, feriu  outras e deixou dezenas apavoradas. O número de vítimas só não foi maior porque polícias que trabalhavam na redondeza, ouviram os disparos e entram em ação, tentaram um diálogo sem sucesso com o criminoso, sendo obrigados a feri-lo, com um tiro na costela. Acredita-se, que por ver a possibilidade de fuga fracassada, ele, que ainda   estava com a arma carregada, cometeu suicídio, dentro da igreja. São apenas especulações, já que defunto não fala, para dar a sua versão. Sabe-se apenas que era uma pessoa reclusa, sem antecedentes criminais.
          A repetição deste tipo de tragédias é  um momento oportuno para toda a sociedade refletir sobre o tipo de  informações que são divulgadas  pelas mídias e a responsabilidade de cada cidadão  em sua viralização, principalmente pelo WhatsApp que é uma febre na sociedade brasileira, da criança ao idoso. A  aprendizagem humana  acontece com a interação com o meio ambiente com a  observação de seus semelhantes, estudo, raciocínio  entre outros fatores, portanto, uma pessoa emocionalmente fraca, pode se espelhar em  atrocidades divulgas pelos meios de comunicação, na vã tentativa de aliviar a sua dor interna. Certa está a belíssima artista, Bruna Lombardi, que criou a Rede Felicidade, com o objetivo de inspirar as pessoas a lutarem por seus objetivos, olhando  o lado bom da vida, afinal, a humanidade nasceu para ser feliz. Se  deseja  viralizar um post, que seja  notícias e mensagens que contribuem para o sucesso da nação brasileira. Que a  tragédia da terça-feira, 11 de dezembro de 2018, nunca mais se repita neste solo sagrado!
         

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Adeus Isabel

                     Existe um adágio popular que diz: “ para morrer, basta estar vivo”. É uma verdade incontestável!  O WhatsApp, está potente ferramenta de disseminação de informações do cotidiano  não deixa escapar uma nota de falecimento. É um pouco chocante, tomar conhecimento da passagem de uma pessoa, que é ou foi importante em sua vida, sem uma preparação psicológica,  e sem  maiores detalhes sobre a causa do óbito, já que a curiosidade é inerente ao ser humano.
          Em uma manhã quente e tediosa, a aposentada  Marluce, via WhatsApp, leu a mensagem da morte de sua ex-colega de trabalho, também aposentada, Isabel.  Durante  onze anos trabalharam  juntas, compartilharam  os dissabores da profissão e, finda a  carreira, cada uma seguiu o seu  amargo caminho, sozinhas e com uma minguada aposentadoria.
          A falecida era uma mulher de fé, anualmente, percorria a pé, junto a outros romeiros, 445 quilômetros  para visitar o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, em Aparecida, SP. A partida precoce da colega para o céu deixou Marluce abalada, não por curiosidade, por não saber o que de fato aconteceu, já que há um ano atrás, ela era uma peregrina saudável, conforme as fotos postadas em redes sociais, A  sua angústia é oriunda de saber que a fila, rumo ao cemitério está andando, e que a sua vez pode chegar a  qualquer momento, o que ela considera uma injustiça, já que está aposentada apenas a um ano, como Isabel.
Adeus Isabel, grande colega de trabalho, que  Nossa Senhora Aparecida a cubra com seu manto e que seja muito feliz, pensa Marluce, que, com medo de juntar-se à amiga, pega  o cartão do Posto de Saúde, na tentativa de prolongar os seus dias terrenos, afinal, no céu, acredita-se que o conceito de tempo é outro e a amizade  verdadeira espera., sem cobranças e mágoas.

domingo, 9 de dezembro de 2018

Advento de Natal

                 O Advento de   Natal  são as quatro semanas   de preparação  para as comemorações do nascimento do  Menino Deus, o  Salvador da humanidade e têm  início no primeiro domingo de dezembro, data em que  o católico monta a árvore, enfeita  a casa e  abre o seu coração para   agradecer o ano que se finda e receber  novas bênçãos.
            Poucos são os fiéis que  conhece a beleza da simbologia desta comemoração, tão comercial está o natal no mundo, reduzido a presentes, festejos e   pouca ou  nenhuma reflexão sobre a importância da vinda do Messias  redentor.   As quatro etapas da salvação são representadas pelas quatro velas da Coroa do Advento,  que são acendidas a cada domingo.  Esta simbologia, raramente é ensinada na catequese, no período de preparação para a crisma e demais etapas da  formação cristã.  Procurando  na internet, encontra-se vários significados e por vezes, contraditórios, porém, importantes  como signos cristão.
            De acordo com uma linha de pesquisa, encontrada  em textos online,  no  primeiro domingo do mês de dezembro, acende-se a primeira vela, a do perdão, Jesus desceu a mansão dos mortos e perdoou Adão e Eva de todos os seus pecados. No segundo domingo,  deve ser acessa a primeira e  a segunda vela, que representa a fé dos patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó, os que confiaram na  promessa da Canaã, a terra prometida  aos hebreus.  No terceiro domingo, com três velas  acessas. A terceira   recorda a alegria do rei Davi que  conseguiu unir, sob seu reinado, todas as tribos de Israel. Este é o domingo da alegria. No quarto domingo, todas as velas deverão estar acessas. A quarta vela  é a chegada do Menino Jesus, o Messias  o Salvador do Mundo. Todas as velas acessas é o momento de celebrar e acreditar!
            As comemorações  natalinas vão além do que troca de presentes, é o momento do renascer da esperança em que dias melhores virão; é o momento propício para abrir o coração e deixar entrar  sentimentos novos de  renovação em Cristo e solidariedade entre os seres humanos e responsabilidade com a terra, que alimenta  generosamente seus filhos.