terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Panacéia

                              Não há dúvida que após  receber de Deus, a dádiva da vida, o outro maior bem é a saúde. Estando ela em dia, tudo se resolve a seu tempo, já que a persistência  e a sorte contam também.  No Brasil, que a Saúde Pública é precária, e a renda mensal da maioria da população também   portanto, adoecer é  uma das piores coisas que  pode acontecer na vida do sujeito.
         Se a renda mensal do cidadão  é um salário mínimo, ele não tem condições de ter uma alimentação adequada, consequentemente, adoece mais e como única opção, tem que humilhar-se na fila do SUS e da Farmácia Popular, isto, quando ele chega a ter acesso a estes serviços, porque com as altas tarifas do transporte municipal, e precisando de  um acompanhante, já que está mal, ele não tem outra saída a não ser apelar para as panacéias populares.
         A triste realidade é a que   maioria dos brasileiros, não tem acesso à saúde porque,  muitas vezes, eles não tem dinheiro sequer para procurar o atendimento médico. Assim, cada vez, os chás indicados pelos parentes, amigos e vizinhos ganham força, e até  remédios vencidos são  ingeridos, na expectativa de um milagre. Sem tratamento adequado, doenças crônicas se proliferam e  a perda é  geral. Trabalhador doente, produz menos, Será que os políticos, legítimos  representantes do povo não percebem isso? O acesso a saúde, não é só um direito, mas uma necessidade. Para girar a economia, é necessário profissionais   com a saúde mental e física em dia.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Posts

                            Alguns estudiosos afirmam que a humanidade está vivendo a Era do  Conhecimento. Nunca  o  acesso a informação foi tão fácil, como no século XXI. As redes sociais, teoricamente, encurtam as distâncias e aproximam as pessoas. Em questões de segundos, você se conecta com um parente, em viagem, do outro lado do mundo. Isto é um fato inegável, porém, ganhou-se muito de um lado e perdeu-se do outro, em termos de qualidade em relacionamentos virtuais e percepção da dependência do homem da natureza.
          O mundo virtual é uma faca de dois gumes: destrói-se reputações  e promovem campanhas  beneficentes. A culpa é da tecnologia? Jamais! Culpadas são algumas pessoas que  não faz o uso deste fabuloso recurso para fazer o bem, sem olhar a quem. Uma experiência simples com a rede de contatos pessoal, para observar a tendência de algumas pessoas para o fútil,  e desnecessário é observar a quantidade de curtidas e compartilhamentos do que  é postado.
          Juanita  tem observado a tendência de seus seguidores com postagem diversificadas. Quando o post é selfs, ostentando uma alegria que não tem,  quase todos curtem. Embora seja uma jovem de cultura refinada, decidiu  postar alguns vídeos de situações ridículas e  vexatórias, e, para a sua decepção, bateram recordes de curtidas e compartilhamentos, já as reportagens de temas  sérios, com sugestões simples, ao alcance de todos para melhorar a qualidade de vida no planeta e o relacionamento  humano, passam despercebidos.   Lastimável!
          Pode-se concluir, portanto, que além de encurtar distâncias, outro benefício das Redes  Sócias é a possibilidade de poder observar  os verdadeiros interesses dos amigos virtuais, porque no relacionamento online, todos são livres para demonstrar realmente quem são ou quem gostariam de ser e nos presenciais, prevalece as regras de boa educação e, na maioria das vezes, a concordância é apenas uma estratégia para evitar discussões infrutíferas, ocultar ignorância sobre o tema e até mesmo bajulações visando algum interesse pessoal.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Velório

          Para aqueles, que  não acreditam piamente na famosa frase do pai da química  moderna, Antoine Lavoisier  “ Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”; a morte é a única  certeza que o ser humano tem. A maneira de lidar com a perda,  o funeral e o luto  varia de acordo com a crença de cada povo, desde o simples enterro em cova rasa, envolto em uma mortalha simples até a sofisticados processos de mumificação e a inusitada técnica de plastinação criada pelo artista e cientista  alemão Gunther Von Hagens, em 1977. Para submeter a este procedimento, os corpos tem que ser doados em vida e com a especificação, se para fins de estudos ou artísticos. Mesmo com as regras bem claras, a plastinação ainda levanta calorosos debates religiosos, éticos, morais e legais.
          Embora a morte seja um processo natural, existem pessoas que não são capazes de chegar perto de um  caixão, e, quando são obrigadas, por dever moral e política da boa vizinhança,  fazem uma visita rápida, cumprimentam os parentes expressam os seus  mais profundos sentimentos de pêsames e correm para casa, tomam banho da cabeça aos pés e a roupa, direta para a máquina de lavar, como se estivesse lavando a morte de sua  vida e, por várias noites, dormem com a luz acessa, com medo da aparição do falecido. Enquanto uns se apavoram em velórios, para outros, é como um passeio, um momento oportuno para rever os parentes e amigos, fazer novas amizades e atualizar-se dos últimos acontecimentos da vida de todos, já que as informações oriundas das redes sociais são superficiais e no corre e corre do dia-a-dia e alto custo de transportes, não é possível visitas rotineiras, como antigamente.

          Tatiana faz parte do rol das pessoas que tem paúra de velório e costuma dizer que somente irá ao seu enterro, já que, como personagem principal, não poderá faltar. Mas os caminhos da vida, nem sempre são os que a pessoa traça e, às vezes, é necessário fazer uma curva inesperada e dolorosa. Foi o que aconteceu!  Com o falecimento da irmã, do Seu Juca, seu vizinho, a quem devia inúmeros favores, foi obrigada a vencer o medo e  prestar solidariedade à família enlutada. Foi uma experiência dramática! E não é necessário dizer que até hoje está hospedada na casa de uma amiga, já que não tem coragem de ficar sozinha à noite.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Santo Protetor

                Em tempos de abundância e felicidade  os santos ficam esquecidos no céu. Mas quando  a dor e a solidão batem à porta das pessoas, elas recorrem a eles sem a  menor cerimônia; como se fossem íntimos deste sempre. Para cada problema e situação, desde as mais  corriqueiras até as mais inusitadas, há um santo protetor.
        Santo Antonio é lembrado quando   a solidão bate. Por mais independente e forte que seja uma pessoa, ela nada mais é do que um animal e mamífero, que precisa de aconchego desde o nascimento até á morte.  Ao Santo Expedito, cabe a difícil tarefa de resolver os problemas com extrema urgência. São Judas Tadeu, se responsabilizou pelas causas impossíveis  e Santa Bárbara abranda as  tempestades. Com as mudanças climáticas e as terríveis secas que se prolongam no Brasil, deve estar com pouco trabalho e aproveitando o seu merecido descanso, enquanto  o povo sofre com as consequências de sua ganância  infinita, que está causando o desequilíbrio ecológico.
        Pedir ajuda  ao Santos é salutar, é uma demonstração de  fé e confiança naqueles que, em vida, foram exemplos, porém, não se deve   eximir-se da responsabilidade  individual de fazer a sua parte, como planejamento a curto, médio e a longo prazo, incluindo  os seus sonhos e o das gerações vindouras. Deve-se deixar para a posteridade um mundo bem melhor daquele que  acolheu-o. Ainda é válido e atual o ditado popular: “Deus ajuda a quem cedo madruga” Ajude- o seu Santo Protetor a lhe proteger. Faça a sua parte.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Redes sociais e vizinhos

       Atualmente as pessoas perdem horas  preciosas do seu dia,  navegando online e vasculhando as redes sociais de amigos e desconhecidos, nas quais, são postados os acontecimentos bons e engraçados.  Este tipo de relacionamento faz passar o tempo rápido, preenche o vazio existencial e enfraquece o relacionamento presencial entre os vizinhos. Isto não é bom, principalmente  para as pessoas que moram sozinhas.
“Os  vizinhos são os  parentes mais próximos.”  Diz  o ditado popular  mineiro. Rosalinda teve prova da eficácia  dele ao  ter a sua primeira crise de labirintite, com sintomas  fortes e saiu de casa, pelos braços dos vizinhos, que lhe deram toda a assistência necessária.
         Durante as longas horas em que passou no hospital, tomando soro e medicação endovenosa, Rosalinda refletiu sobre a superficialidade das  amizades virtuais e que, mesmo com todas as dificuldades dos relacionamentos presenciais, é neles que se deve investir e aprender a lidar com as diferenças, ser tolerantes com as pequenas picuinhas  do dia-a-dia como latido de cachorros, festas,  perguntas indiscretas, afinal, aquele vizinho que você pensa que está  intrometendo em sua vida, pode estar, do jeito dele, demonstrando  cuidado com sua pessoa e que, em uma necessidade, pode contar com ele. O  mundo virtual é melhor porque não é real, mas as crises financeiras e as doenças  fazem parte da vida real, ponderou!!!

domingo, 5 de fevereiro de 2017

frase de Gandhi

 “Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” 

GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137.