A
dor de dente está entre as piores dores
que acometem o ser humano e aproximadamente umas três semanas, tenho padecido com este mal. Ainda no princípio, moderada, porém, contínua e, antes que
aumentasse em intensidade fui procurar
um profissional competente à altura de meu bolso. Confesso que não foi fácil. A primeira tentativa foi com a minha dentista que não é uma
profissional de que eu confie tanto, mas pelo menos, posso
pagar. Ela estava em viagem, fui atendida por uma colega que fez uma avaliação e eu não senti firmeza em
seu diagnóstico. Depois, passei pela colega, especialista, que atende uma vez
por semana, além de eu pagar R$60,00 por uma radiografia, ainda pediu uma panorâmica,
e receitou-me antiinflamatório e analgésico.
O pior é que eu não tenho uma árvore de
dinheiro. Fui em busca de outro.
Com
o novo profissional não foi diferente! Fez mais um raio X, não viu nada e
receitou antiinflamatório e pediu que eu retornasse em cinco dias. Por ser
uma dor generalizada e os dentes não apresentarem cárie, cogitei a possibilidade de ser um problema nos maxilares e começou a minha saga na internet em busca do
especialista: bucomaxilo facial. Foram mais de quatro horas de pesquisa,
consulta no C.R.O., intermináveis
telefonemas, até que localizei um profissional
nas proximidades de minha residência, mas a foto do consultório e por ele trabalhar sozinho, sem uma recepcionista, deixou-me
apreensiva, mas a dor falou mais alto e eu fui. Sol à pino, marchei rumo ao alívio
da dor. Achei o consultório sujo, após o meu relato, ele disse que o caso não
era com ele, que eu não pesquisei bem,
que ele era especialista em dente siso, pedi que ele pelo menos, olhasse o
dente, ele o fez de má vontade, disse que precisava fazer uma radiografia e que
ficaria em R$50,00, autorizei. Ele
analisou bem a radiografia e disse com segurança que o problema era uma cárie em baixo de uma coroa, já bem
antiga, que eu fiz aproximadamente há
uns trinta anos, e que precisa ser feito o canal, ele não fazia e indicou um
colega. Pois é, véspera de feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República, cansada, faminta e com fome, entrei em
contato com o dentista que se
prontificou a atender-me, às 18 horas
porque o paciente do horário
havia desmarcado, a gente sabe que é mentira, é que não tinha paciente, isto é
jogada.
E
lá se foi mais R$250,00, ele abriu o
dente, fez um curativo e falou das possibilidades de resolver
o meu problema odontológico, já que a primeira preocupação dele, era
acabar com a minha dor. Alegou não conhecer a minha boca e pediu uma radiografia panorâmica. Chego
a pensar que dentista recebe comissão por indicação de clientes, não é possível. Também prescreveu medicação para três situações: antibiótico, para tomar
sete dias, caso acordasse com o rosto inchado e com dor, e se a dor
persistisse, sem inchaço, somente o antiinflamatório durante cinco dias e caso ele não desse conta
do recado, tomasse também dipirona. Acordei praticamente sem dor, mas como antibiótico se compra somente com receita médica, vou
aviar a receita para deixar para o caso
de uma infecção urinária, muito comum,
em nós, octogenárias e atendimento em
Posto de Saúde não é fácil, e os sintomas já são velhos conhecidos. Amanhã
começa a nova saga: a continuidade do tratamento!