segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Medo

                     Foi uma noite difícil! O calor estava insuportável e fechar  a janela estava fora de cogitação, mas o vento veio forte e eu não tive outra saída. Esperei em vão pela  chuva que recusou a cair. Dormir foi difícil. Calor, dor de cabeça e sede, levantei várias  vezes para tomar água  e acordei mal: estado febril e moderada dor de garganta. Em outro tempos, um gargarejo  água com sal grosso  e não se falava mais nisso. Mas agora  é diferente! Existe o fantasma do coronavírus e  estes são  dois sintomas mais comuns. Acordei assustada, já tomei  água com limão e açafrão da terra e ainda estão  preocupada. Talvez o cansaço, seja apenas consequência da noite mal dormida  mas a incerteza perdura.   O que fazer agora? Tomar um chá de alho? Procurar uma Upa?  E se eu entrar ruim e sair pior? Acredito que o melhor seja esperar um pouco mais. Por hora, não comentarei nada, mas se os sintomas persistirem, terei que tomar providências e que Deus me ajude.

domingo, 29 de novembro de 2020

E a história se repete

             Durante  as campanhas eleitorais os candidatos  não medem esforços para arrebanhar eleitores e vencer as eleições; discursos eloquentes e promessas faraônicas são características  do processo eleitoral e os eleitores sempre acreditam  naqueles que  prometem mais e juram que amam a cidade e os cidadãos.  Aos jovens, eleitores de primeira, segunda ou terceira viagem, é dado o perdão porque ainda não puderam comprovar que as palavras proferidas em comícios, na maioria das vezes  destoam do orçamento municipal, e mesmo se fosse compatível, em nada adiantaria porque  quando assumem  o poder, o tão falado “ amor à cidade e ao cidadão” converte-se em  frações de segundo em amor ao poder e ao dinheiro. Em nível  federal, o Brasil já vivenciou inúmeras eleições com  “ Salvadores da Pátria,” destaque para Fernando Color,  Lula, Dilma; E a nível municipal, em Praia Grande, SP, surgiu o fenômeno Danilo Morgado, que promete cuidar das pessoas  e enfatiza que dará atenção especial à saúde e ele, com seus discursos inflamados expressando seu amor incondicional aos menos favorecidos será apenas mais um que ficará na história  da política  nacional enquanto  que a realidade do cidadão continuará a mesma: sem  direito à saúde, moradia, transporte, educação e trabalho. É a história de  repetindo....

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Jardim de Rosalina

                  Rosalina sempre apreciou as flores e quando mudou para o condomínio Florada da Serra, de imediato, percebeu como o jardim está abandonado e pediu permissão ao síndico para  cuidar dele com os seus próprios recursos. Comprou terra, semente, adubo, luvas e  começou a trabalhar. Levantava antes do  nascer do sol, revirava  terra, semeava e regava  todos os dias, tão logos  surgiram as primeiras flores, e os moradores descobriram que era a jardineira começaram a opinar e a plantar mudas que traziam sabe-se lá de onde, para irritação de jovem que já tinha um plano paisagístico em mente, e o que mais a irritava, era que os  condôminos não ajudavam  nas regas e menos ainda na compra de  materiais necessários para o saudável desenvolvimento das plantas, além de opinar sobre quais plantas deveriam ser cultivadas. Por ser uma área comunitária, Rosalina esforçava-se o máximo para não entrar em atrito com as pessoas e silenciosamente, arquitetou um plano para que florescesse  apenas as plantas que ela plantou.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Perdi a eleição

                  É com tristeza que admito que  perdi a eleição. Não candidatei a nada, mas o vereador escolhido por mim  não foi eleito e toda  cidade perdeu porque ele é um cara  comprometido com o social e com conhecimento das atribuições do cargo, diferente daqueles que prometeram céu e inferno de acordo com a situação  e que jamais poderão cumprir  nem, 1% das promessas.

Sempre encarei as campanhas eleitorais como uma atividade cultural onde, além de se divertir com os candidatos  hilários, fazer novas amizades nas caminhadas e comícios, é também a melhor oportunidade de conhecer mais sobre a cidade  e aqueles que irão conduzi-las e prever se haverá tempos abertos  ou fechados no futuro. E a minha previsão, para a minha cidade é de tempos sombrios, porque aqueles  que venceram, com seus discursos inflamados, demonstraram não conhecer a vocação da cidade  e fizerem promessas faraônicas e contraditórias. A bajulação e ingenuidade prevaleceram  sobre a razão e seriedade.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Eleições/2020

           

        As eleições municipais/2020 estão chegando e com tristeza percebo o quão forte é no Brasil a  cultura da bajulação na relação políticos/eleitor. Entro rotineiramente nas redes sociais  dos candidatos e  leio  somente  adulação  de eleitores e nenhuma preocupação com as políticas públicas que irão beneficiar os munícipes, principalmente os mais carentes.

          Ousei  questionar os candidatos sobre questões pertinentes   à cidade e acredite, fui  rechaçada pelos eleitores e ignorada por aqueles que precisam do meu voto, que por sinal será espontâneo já que  pela minha idade, não sou mais obrigada a votar.

          É uma pena que  os profissionais da educação que tanto prezam pela consciência cidadã,  não desenvolvem projetos  pedagógicos que despertem  nos jovens, o interesse pela política, como levá-los  uma vez ao ano para  assistirem uma reunião ordinária na Câmara Municipal, uma reunião do conselho, de um partido político e  há tantas possibilidades.