quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Besouros

Em tempos idos, principalmente na zona rural, as pessoas, mesmo as crianças, não se assustavam com os insetos, pelo contrário, quando apareciam as mães tinham que ficar atentas, senão viravam brinquedos e, conseqüente, morriam. Os moradores do campo, empiricamente sempre souberam da  importância de todos os seres vivos para o equilíbrio do planeta, e, com exceção das pragas que atacavam as plantações e que transmitiam doenças, procuravam viver em harmonia com  todas as espécies.
            Os tempos mudaram. A tecnologia  chegou  nas fazendas, a sabedoria dos mais velhos foi substituída pelos técnicos, agrônomos, entre outros.  Os brinquedos dos pequenos agora, são comprados na cidade e, cada vez mais o homem vai se distância da  biodiversidade local, se conhecem é pela, internet, televisão.  É a globalização!

            Inacreditável!  Os besouros da espécie Euchroma gigantea, conhecido popularmente como besouro-joia gigante   foram manchetes nos meios de comunicação nesta primavera, época de reprodução na natureza. O pequeno inseto, que nem sequer possui veneno e capacidade  para atacar  seres humanos.   Ao aparecer  em uma determinada  cidade, de médio porte provocou pânicos  entre os moradores e vários especialistas foram procurados pela  impressa com o intuito de esclarecer a assustada população, que o inseto, para as pessoas, não representa  perigo algum, porém, é   uma praga urbana, já que suas larvas costumam se alimentar  de raízes e troncos de árvores, e, ocas, apresentam risco de quedas. O responsável pelo pânico geral, foi o whatsApp, fotos do inseto viralizou  e,  quem  lia as mensagens, não se preocupavam em pesquisar na internet, livros ou com as pessoas mais velhas. Foram apenas repassando...

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Ficou a saudade



            No ranking dos meios de transpores mais seguros, o avião perde  apenas para o  elevador. Mesmo com o honroso segundo lugar, acidentes acontecem e sempre causam grande comoção social, em virtude da proporção. Não foi diferente com a delegação chapecoense que caiu na Colômbia.
            Enquanto no céu, festejam a chegada dos vencedores, uma cidade inteira chora a partida de seus filhos. Dor  lancinante que comoveu também o coração do Prefeito que, sabiamente  cancelou as festividades tradicionais de final de ano para cuidar das pessoas, patrimônio maior da cidade de  Chapecó, SC.
            Em tragédias como esta, não existe palavras para confortar parentes, amigos, torcedores. Na falta delas,  melhor a fazer, é elevar o pensamento a Deus, pedindo que ele, em sua infinita misericórdia  conforte o coração de todos. Partiram precocemente sim, mas não morreram, porque não morre nunca, quem deixa saudade!
Que Santo Antonio cubra de bênçãos todos os chapecoenses!        


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Bete- A vítima


           
            A vida dos  trabalhadores domésticos no Brasil não  foi fácil após a Abolição da Escravatura que aconteceu em 13 de maio de 1888. Durante  o período de transição do trabalho escravo para o remunerado, muitas patroas mantiveram  os terríveis hábitos da  época da escravidão. As principais vítimas das violências foram às mulheres, principalmente as mais jovens e oriundas de famílias mais pobres e também  da zona rural. Sobre elas recaiu, sem piedade, a exploração de algumas empregadoras que  não souberam ou não quiseram entender que os tempos  haviam mudados e as atrocidades cometidas na casa grande e senzala haviam chegado ao fim. As proles numerosas do início do século XX, normalmente seguiam o exemplo dos genitores e achavam  inconcebível que  os trabalhadores domésticos fossem tratados como cidadãos brasileiros, portadores de deveres e também de direitos, iguais perante as leis dos homens e de Deus.
            Bete foi uma das vítimas daquele tempo difícil, no qual, patroas não conseguiam entender que as relações trabalhistas  são pautadas no respeito mútuo, direitos e deveres.Trabalhou como doméstica por dois anos, ganhando meio salário mínimo, acumulando as funções de cozinheira, lavadeira/passadeira, arrumadeira e babá de três crianças. Mesmo sem experiência, foi contratada porque podia dormir no emprego e aceitou receber um salário simbólico, hoje, equivalente a meio salário mínimo. Assim, a sua  jornada diária era de vinte e quatro horas, já que patroa não levanta para atender criança chorando à noite. Trabalhava de  segunda a segunda, e,  mesmo no dia de sua folga, que havia sido combinado,  dois domingos por mês, mantinha  o mesmo ritmo de trabalho. Era da zona rural, pouco estudo e estava em uma cidade que não conhecia ninguém, e,  o pouco que recebia, enviava para sua irmã, que fora abandonada pelo marido com dois filhos pequenos nos braços.
            Bete era amorosa e  cuidava dos filhos da patroa com muito carinho. Mesmo sendo uma profissional extremamente dedicada, que nunca se queixava de nada, nem das agressões físicas, da  primogênita, foi vítima de difamações sérias, sem saber como se defender e  provar que eram denúncias falsas. Nem sequer tinha com quem se orientar. É possível imaginar a dor, o desespero de um jovem sozinha, em uma cidade grande, sem dinheiro, sem direitos, sem ter para aonde ir e o pior, sem ter uma boa referência para conseguir  um novo emprego.  Sim, Bete foi demitida injustamente,   e  o pior, carregando em seus ombros pesadas calúnias. Quantas outras Betes também devem ter trilhado o caminho da injustiça e crueldade  das patroas? Assim, bem-vinda seja a lei que regulamenta a profissão dos trabalhadores domésticos! Direitos e deveres claros, com amparo legal, não há espaço para o assédio moral.

           





domingo, 27 de novembro de 2016

Devo convidar o ex para a minha festa?

Dia do aniversário, é um dia abençoado, e deve ser dedicado ao agradecimento e as comemorações pela dádiva da vida, ao  lado dos  familiares queridos e verdadeiros amigos. Nesta data, esqueça a carência afetiva e nada de convidar aquele ex que ainda está enraizado em seu coração, principalmente se ele  a trata como uma bruaca de carga. Lembre-se: Burro velho  jamais agirá  como cavalheiro gentil das novelas medievais, portanto, delete  o  “E.T.  que escreveu no convite online: “Pense em mim com carinho e traga algo que seja a minha cara e  me faça  muito feliz, neste dia tão especial!”
            É impensável, em pleno século XXI,  implorar pela  presença de quem não quer estar presente  para prestigia-la, fazê-la feliz. Daquele que somente aparece quando quer.  Existe  um  limite de  humilhação  que uma pessoa  possa  suportar. No   coração de uma mulher moderna e segura, não deve  haver espaço para o desprezo e humilhação. Implorar por migalhas de   afeto  é  coisa do passado, daquelas infelizes e indefesas, que ficavam presas no  harém do sultão e  precisavam de migalhas, para suportar a dura  rotina  da  vida  reclusa que levavam.
          Se ele era do tipo que a humilhava, maltratava, é o momento de  honrar a luta das daquelas que quebraram as barreiras culturais, características de sociedades machistas e criar  uma blindagem  contra os relacionamentos passados e desgastantes. Você sobreviveu a uma paquera grotesca, suportou por horas a fio o marketing negativo como marido e como ex-marido que ele mesmo se encarregou de fazer; Os ataques de infantilidade e  agressividade em situais banais. Porque então vai querer que o “bebê de mamãe” esteja presente em seu aniversário?
          Ele está enraizado em seu coração, dolorosamente, sendo alimentado pela dor do desprezo, e você tem a sensação que este sofrimento nunca vai passar, e  só consegue pensar naquilo que poderia ter sido, então, resolva da maneira mais simples: Devolva-lhe as ferraduras  com um bilhete bem objetivo: “Vá dar seus coices em outra freguesia.”
Carinho e cuidado fazem bem ao corpo e a alma. É melhor estar realmente só, do que ter ao seu lado, alguém que  lhe nega o aconchego de um abraço.

Se você tem amigos parceiros, então, nunca estará  realmente só!

sábado, 26 de novembro de 2016

Ler é alimentar a alma



Que delícia! Hoje acordei  ouvindo a chuva, mansa e continua que caía sobre a terra. Com  muito esforço resisti a tentação de continuar na cama apenas ouvindo do som da água que molhava a terra. Lá pelas oito horas ela parou e o dia continuo apenas nublado e uma temperatura  agradável, quiçá amanhã eu desperte novamente assim.

Ontem eu li até a página 91 do livro  O PROFETA, DE  GIBRAN KHALIL GRIBRAN, edição de 1963, eu tinha três anos  idade quando foi lançado no Brasil. Uau! Um livro especial, delicioso de se ler, é como se estivesse conversando a sós com o autor. Também pudera,, Gibran levou 25 anos para  escrevê-lo, fala das coisas simples  e universais da vida. Não me recordo de quanto tempo está comigo, mas agora é hora de  passar para outras mãos e alimentar outra alma, assim, decidi que amanhã eu vou  deixá –lo em um local público, para que seja encontrado pela pessoa certa, receptiva aos ensinamentos do Mestre, o Universo fará com que  eles se encontrem.
Ontem quando eu o encontrei na estante e decidi relê-lo não pensava em doá-lo, porém quando li o capítulo sobre a dádiva mudei de ideia e tenho certeza que tomei a decisão certa. O Parágrafo é tão lindo, que não resisti e transcrevo um pedaço para você com muita ternura..
(...) “ Tudo que possuis será um dia dado. Daí, portanto, agora para que a época da dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros. Dizei muitas vezes: - ‘eu daria, mas somente a quem  merece.’  As árvores de vossos pomares não falam assim nem os rebanhos de vossos pastos. Dão para continuar a viver POIS RETER É PERECER”

Apreciei também  o que o profeta disse sobre o casamento, é uma lição para pessoas ciumentas, egoístas, autoritárias e possessivas “ (...)  amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão”. É uma pena que muitas pessoas   não entendem que a pessoa amada precisa de espaço,  de liberdade e também ter suas necessidades atendidas, por mais banais que possam parecer.   

 Transcrevo para você também  um parágrafo do  capítulo que o profeta fala sobre o prazer. Um  bom exemplo para a nova  sociedade que se preocupada apenas em satisfazer as tuas necessidades individuais, em acumular, em ter, ter e ter, esquecer do ser, do trocar, do compartilhar.
            Então o ermitão  pediu  que o profeta falasse sobre o prazer (...)  “ E agora vós perguntais em vosso coração: como distinguiremos o que é bom no prazer do que é mau? Idem pois, aos vossos campos e pomares, e, lá, aprenderei que o prazer da abelha é de sugar o mel da flor. Mas que o prazer da flor é de entregar o mel à abelha. Pois, para a abelha, uma flor é uma fonte de  vida. E para a flor, uma abelha é uma mensageira de amor. E para ambas, a abelha e a flor, dar e receber  o prazer é uma  necessidade e um êxtase. Povo de Orphalese, nos vossos prazeres, imitai as flores e as abelhas.    Da mensagem de Gibran, quero tentar  seguir o exemplo da abelha e da flor.....
O livro tem 115 páginas, falta pouco para eu terminar, já que amanhã ele encontrará novo dono e que cumpra a profecia do autor.

“ Vim  para expressar    o que dorme no coração de  cada um de nós... O que faço hoje na minha solidão, o futuro o exibirá para todos. E o que digo com uma só voz, o futuro o repetirá com muitas vozes”.

Se um  dia tiveres a oportunidade de ler  O Profeta, leia! È  muito bom alimentar nossa  alma com palavras tão sábias, sobre as coisas tão simples e tão humanas.


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Trinta dias para o Natal/2016


Em países capitalistas, até as crianças sabem que a época do Natal é importante para movimentar a economia. Até a Igreja, que  tem por missão cuidar da vida espiritual das  pessoas, contribui  para o aumento das vendas, já que  os fiéis querem   preencher a casa com o Espírito Natalino e assim, vão às compras.  São tantas as novidades que, somente  aqueles que estão em situações de extrema pobreza deixam de comprar um enfeite, uma lembrancinha para a família. É uma data que desperta bons sentimentos e,  sentimentos nobres  como  a solidariedade, para se  concretizarem, há a necessidade de compras e mais compras.
Para oferecer uma ceia natalina, por  mais simples que seja,  ela começa no campo, com aqueles que plantam, cuidam, colhem e criam os animais  que serão  abatidos. Na sequência: o  intermediário, o transporte, o processamento na  indústria, novamente o transporte,  o comércio e, finalmente o consumidor.  Para que se possa  vivenciar  o Natal é necessário  o trabalho de  centenas de milhares de pessoas anônimas  e, muitas delas, não podem usufruir do resultado do suor de seu rosto porque recebem tão pouco e não tem condições de comprar sequer uma  ave natalina.
Em 25 de dezembro, com o coração repleto de amor, é o momento ideal para pedir ao aniversariante: Menino Jesus, que olhe por essas   pessoas simples, que  graças ao seu trabalho duro em dias de chuva  e de sol, é que  as ceias natalinas são fartas e deliciosas!  

Que a Virgem Maria as cubram com seu manto, aquecendo e confortando os seus corações!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Sonhos proféticos

        Em noites de chuva mansa, fria, serena; daquelas  que perduram por muitos dias, matando  a sede das plantas e alimentando o lençol freático, um friozinho gostoso, o quarto é o melhor refúgio. Aconchegada em uma cama quentinha, é natural sonhar ou ter terríveis pesadelos.

Sonhos bizarros acontecem, porém, algumas vezes  eles chegam acompanhados de um certo mistério, uma necessidade imensa de decifrá-los, saber qual  é a mensagem implícita. Imagine dois sonhos:

I - A pessoa sonha!  Um sonho colorido, bem real, que em cada poro seu, nasce uma pequena rosa lilás,  com o mesmo tecido da pele, como uma verruga, porém, tem o formato de uma rosa. Começam a surgir nas costas e vão se alastrando pelo corpo, inclusive no rosto, num processo indolor e rápido. Felizmente o sonhador acorda no momento exato em que tentava desesperadamente  marcar uma consulta com um dermatologista, que fosse capaz de fazer a colheita. Rosas lilás são belas, mas em jardins! Ter um  roseiral no corpo é apavorante!
 É comum as pessoas falarem sobre seus sonhos e pesadelos com as primeiras pessoas que encontram após  despertar. As respostas  dos ouvintes, na tentativa de confortar ou explicar  os sonhos e os pesadelos ,  podem ser bem inusitadas, como esta: “ Teus  desejos serão realizados. Tuas rosas nos poros são pura elevação espiritual, pois rosa é o símbolo da alma. A cruz é o corpo, a rosa é a alma. E a alma se aloja em nossos poros e quando morremos, elas voam em forma de luz para um lugar secreto.”
II – A mesma pessoa, em outra noite  serena, chuvosa, pode sonhar,  por exemplo, que está  alimentando uma criança e que, misteriosamente, após engolir o alimento, ele sai in natura pelos poros dela, porém, não são fixos como as verrugas e manchas, saem ao toque da mão da assustada pessoa responsável pelo cuidado com o menor. A sonhadora, ao desabafar com alguém  pode ouvir uma  explicação profética: - “Sonhou com comida? Isto é ótimo! Significa prosperidade! Alegria! Tudo vai dar certo para você!  Tinha arroz?  Então se prepare! Nas tradições populares, significa fertilidade. Amiga!   Em breve receberá a visita da cegonha. E feijão! Em sonhos é prenúncio de uma vida amorosa brilhante, já que é uma leguminosa que remete à terra, as raízes, nutre o corpo e a alma.”

        Sonhar é tão natural  e necessário quanto dormir e alimentar-se. Quanto a sua função, existem várias teorias que tentam explicá-la. Enquanto a ciência não encontra uma explicação definitiva, o melhor é não procurar respostas místicas. Sonhe, compartilhe com outras pessoas, dêem  risadas e sejam felizes, sem maiores preocupações.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Cultura e Humanização



No longo processo de humanização  cada época teve concepção  de vida predominante, que definiu os alvos da educação. Nos povos tribais, tudo girava em torno do conforto e felicidade, e a satisfação  das necessidades imediatas da tribo. Em  antigas  civilizações  como a grega, a concepção estética  era a beleza física, ética e espiritual. Platão representa a expressão teórica desse período. No Império Romano privilegiava-se a educação militar e jurídica. Já no cristianismo a educação era para a vida eterna. No Renascimento há uma retomada dos valores greco-romanos e da educação erudita necessária ao conhecimento do  mundo. Com o advento da Revolução Francesa, emergiu uma nova visão da vida, o ideal era a liberdade humana.
A humanização  se dá pela cultura. Todo indivíduo contribui para a preservação e evolução de suas tradições. Os fatores de persistência  das tradições e as alterações de seu conteúdo, se equilibram com respostas coletivas aos requisitos de sua  sobrevivência e da transmissão de sua maneira de viver, através das gerações.
A educação  evolui e se transforma através da criatividade, das descobertas e das invenções e também através do contato com  outros povos com diferentes fazeres e modos de viver. A assimilação da cultura do outro de da por dominação  ou em contato espontâneo. A absorção natural das tradições de outras etnias é salutar. O grupo escolhe o elemento do acervo alheio que quer adotar  incorporando-o às suas tradições, enriquecendo-a, ampliando o seu universo, sem abrir mão de suas  raízes. As técnicas migram de uma cultura para outra, se universalizam. existe Em cada cultura  um especificidade de mitos, valores que une a comunidade a seus ancestrais.

O conhecimento da estética de outros povos e  de suas raízes antropológicas, favorecem a compreensão  dos valores enraizados na  maneira de agir e pensar, valorizando assim o seu legado cultural e compreendendo a riqueza e diversidade da imaginação humana criando assim, condições para uma convivência harmoniosa  na era da globalização.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Almeida Jr - Talento paulista



Jugiquinha, assim era chamado,
O menino de jeito simples,
 No falar e no vestir;
Ituano, este  caipira modesto!

Os primeiros anos de vida,
Na fazenda do  Tanque,
Apenas observou a lida,
No monjolo e também no alambique.

Decadência da cana – de - açucar,
Lá vai o pequeno para a cidade Itú, SP
As pinturas de Frei Jesuíno de Monte Carmelo,
Agora quer observar,

Talentoso e humilde,
Com ritmo toca o sino,
Frequenta a catequese,
E com carvão desenha na parede.

Padre Miguel o incentivou,
Na  Academia Imperial de Belas –Artes (RJ) ingressou,
Com afinco estudou,
 e famoso para a terra dos bandeirantes voltou.

O  talento não o abandonou,
Com bolsa de Dom Pedro II,
Na Escola Superior de Belas – Artes de Paris,
Com  grandes mestres estudou.



Em seu regresso à pátria,
Artista famoso,
O caipira paulista
Em suas telas imortalizou.



  

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Gratidão aos povos indígenas do Brasil



Em terras do  pau – Brasil,
Livres  as tribos viviam,
Até  que a Esquadra de Cabral
Aqui aportou em  meados de abril.
Em nome dos meus antepassados,
Eu peço perdão,
Por tudo que lhes foi tirado,
Acredite, é de coração.
Para  o colonizador,
Mostraram  o seu  valor,
No cuidado com a plantação,
E   no respeito a tradição.
Quero  agradecer,
Pelo grande legado indígena,
Na nova civilização,
Que eles viram florescer.
Na culinária brasileira,
Mandioca, amendoim,  milho e guaraná,
Pequi, açaí  abacaxi e a castanha do  Pará,
O mel de abelha e o uso da peneira.
Na sabedoria dos povos nativos,
Está a fonte que precisamos  beber,
E com eles aprender:
Amar as crianças,
Respeitar os mais  velhos,
As tradições,
Reverenciar e cuidar da  natureza,
Para que a vida floresça.
Não tenho palavras para agradecer,
Aos povos  que tantas palavras,
Ensinaram ao colonizador,
E enriqueceram a língua  portuguesa,

Admiração, gratidão é a  minha  única certeza.

domingo, 20 de novembro de 2016

Décadas procurando a felicidade



            Há cinquenta anos  eu era   garotinha feliz!  Morava com minha família, em casa branca, de janelas azuis, no tradicional estilo colonial da zona rural, situada  às margens da  Barragem de Três Marias. Lá estão  as  mais doces lembranças que tenho de toda a minha vida. Não havia luz elétrica, banho era de bacia, com água  tirada da  cisterna, balde a balde. As visitas a casa de parentes e amigos, eram a pé, a cavalo ou de  carro de boi. Jornal, revista, rádio, televisão, telefone era um luxo  que somente as pessoas ricas da cidade usufruíam.             Eu não tinha consciência da dureza de minha vida, pois não conhecia outra. Recordo com saudade  da primavera com suas flores vermelhas, floria o ano  inteiro.  Tenho em minha memória, a imagem da paineira á  esquerda de quem chegava,  do pequizeiro   em frente a casa que oferecia generosamente sombra aos cavalos das visitas. Sim, eu era feliz, mas já tinha dentro de mim o desejo de conhecer o que havia além das montanhas azuis.
            Há quarenta anos atrás eu já não era mais feliz. Enfrentava  a vida  escolar na cidade, conflitos internos  na família  e crescia dentro de mim o desejo de trabalhar, economizar e partir. Eu acreditava que a minha felicidade  estaria bem distante. Esta década foi tão difícil que não  me vem á memória nenhuma lembrança boa, somente angústia e expectativa  de conseguir o primeiro emprego.  Em minha mente ecoava  as palavras de um professor “ A emancipação da mulher se dá  pelo trabalho.” Ele tinha razão!  Eu precisava de um trabalho  e por ele eu lutaria com todas as minhas forças.
            Há trinta anos atrás eu estava  na mesma situação: Novamente procurando  emprego. Ainda não tinha encontrado  o amor e nem a felicidade, porém, eu já tinha rompido barreiras  familiares e culturais   e tinha experiência.  Estava motivada e esperançosa, tinha a força necessária para a árdua procura. Procurei e encontrei   o trabalho que precisava  e, tudo que sou hoje, devo a ele. Esta foi uma década de   estudos e descobertas. Porém, não encontrei nem o amor e nem a felicidade. Esta foi uma década de grandes turbulências e, eu fui  uma das milhares de pessoas vítimas das  mudanças  na política  do governo da época. Dias difíceis esperavam por mim!
            Há vinte anos atrás, lá estava eu novamente procurando emprego. Encontrei trabalho sim, mas com salário menor, sem benefícios, relações difíceis com os pares e, uma luta diária para manter a contabilidade doméstica no azul. Nem preciso dizer  que,  esta década foi difícil em todos os sentidos e não encontrei nem o amor nem a felicidade.

            Há dez anos atrás, eu estava novamente começando do zero. Só que, desta vez por opção! Eu tinha esperança de encontrar melhor salário, condição de trabalho e melhorar o meu padrão de vida, novas amizades e claro, o amor e a felicidade. Porém, o que eu  jamais poderia imaginar é que fosse, novamente, ser vítima de desmandos na política, desmando estes, que interferiram não só no âmbito profissional, mas no pessoal também e fui diagnosticada        com “Exaustão emocional”.  Estou sendo repetitiva, mas infelizmente,  tenho que dizer  a verdade e, também nesta década, não encontrei nem o amor nem a felicidade.  Como este decênio  está chegando ao fim, quem sabe  eu consiga fechar este ciclo de lutas dolorosas, angústias e incertezas e, finalmente encontrar o amor e a felicidade. São estes os pedidos que farei ao Papai Noel e tenho esperança de ser atendida.

Comunicação à distância

Parte I 
 “ Toda imagem conta uma história”
Peter Burke

           
            Todas as formas de inscrição gráficas surgiram da necessidade humana de se comunicar e expressar  seus sentimentos.  As mais antigas experiências que se tem conhecimento são os desenhos nas paredes das cavernas “ arte rupestre” considerados os embriões da escrita. Vasta literatura relata que o desejo do homem de comunicar-se à distância precedeu o uso da escrita e  faziam uso dos recursos disponíveis como os sinais de fumaça,  toque de tambores e também do fogo; ilustrada  aqui  com  o acordo entre primas:   Santa Isabel e Virgem  Maria. Segundo a tradição católica, Santa Isabel acenderia uma fogueira  comunicando  o nascimento do primogênito - João Batista.  Na China a. C, os militares nos campos de batalha, utilizavam a  Pipa para transmitir mensagens à distância, entre os destacamentos militares através de códigos previamente combinados - Movimentos e cores.
            Domesticados a milhares de anos, o pombo teve importante papel  na comunicação  aérea à distância.  No Egito antigo, as mensagens sobre as cheias e baixas do  Rio Nilo em transmitidas aos camponeses pelo pássaro.  O mesmo sistema era usado pelos romanos para  anunciar aos parentes e amigos distantes o resultado das lutas de  gladiadores. Em diversas épocas e lugares foram largamente  utilizados  pelos militares  para o transporte de mensagens as tropas aliadas. O ramo de oliveira entregue a Noé pela pomba, segundo os relatos bíblicos, é considerado como a primeira “Carta.”
             Com o advento da escrita, surgiu  a troca  de correspondência  e a necessidade de seu transporte. Pesquisas indicam que  o sistema de escrita  “cuneiforme” tenha surgido na Mesopotâmia  entre os sumérios  por volta de 4000 a.C.,  Outros povos como os babilônios desenvolveram sistema de escrita em tablete de argila  que  era muito utilizado para o  envio de mensagens. É de origem babilônica, a carta  mais antiga,  cuja destinatária  é uma dama chamada Husutiva. Escrita em letras cuneiformes  em uma tabuleta de argila, pela  senhora Navirtum que  avisava a amiga, que somente a visitaria na ausência do marido.
             Inicialmente, a escrita egípcia, denominada “ hieroglífica” era pictográfica e cada sinal representava um objeto e podem ser vistos na Pedra Roseta, paredes de túmulos. Posteriormente  os egípcios desenvolveram  um novo suporte para a escrita o papiro, deliciadamente coloridos no qual se escrevia com tinta azul e preta e foi utilizado na correspondência  por carta pelos faraós  cuja entrega era feita por mensageiros
           Há mais de 2000. a. C , na China, em virtude do tamanho do país,  o sistema de entrega de correspondência era feita  por mensageiros que  percorriam o  país em    velozes cavalos.  Em Roma, durante o governo do Imperador Augusto também se utilizou cavalos  para agilizar a entrega das missivas. Na América do Sul, a.C. povos ágrafos  transmitiam suas mensagens  por um sistema de códigos  com nós em cordões, (quipos)  quem eram entregues por velozes corredores denominados  chaquis.
            Ressaltando que o serviço de correio surgiu em virtude de uma característica essencial do homem: A comunicação a distância.. Acredita-se que o  sistema  postal, como o conhecemos hoje, tenha sido criado na Pérsia, por  Dario (522-486 a.C.). e veem  acompanhando o desenvolvimento econômico e tecnológico do mundo globalizado.
             Na Inglaterra Vitoriana, ocorreu a revolução industrial e  os meios de entrega de correspondência tornaram-se mais rápidos, porém o sistema de cobrança, no qual, quem pagava era o destinatário, causava grandes prejuízos aos Correios. Era comum pessoas   marcarem  o envelope com códigos previamente combinados, tornando desnecessário pagar a tarifa postal e receber a carta. Ao presenciar  um fato destes, o administrador geral dos Correios, o inglês, Rowland Hill, revolucionou o sistema de  cobrança de correspondência, criou a logística  que perdura até  hoje. Quem paga a taxa  é o remetente de acordo com o peso e a distância  e também  criou o selo postal como comprovante do pagamento.
              A ideia original de  Rowland Hill,  foi combatida  após seu lançamento, porém o primeiro  selo postal, desenhando por Benjamin Cleverton em 1840,  que  representava a efígie da Rainha Vitória e ficou conhecido por Penny Black venceu a resistência, aumentou  o número de correspondência  e serviu de  incentivo para campanhas de  alfabetização. O Brasil foi o segundo país do mundo a adotar o selo postal para o porteamento dos serviços postais e em  01 de agosto de 1843, lançou  os três modelos, conhecidos como Olho-de-Boi, a primeira emissão filatélica do Brasil e a segunda de circulação nacional do mundo,  e, no mercado filatélico já atingiu o  valor de R$ 2.310.000,00.
Por acreditar  que o carimbo de postagem maculasse sua face soberana,  o Imperador do Brasil, D. Pedro II, não autorizou focalizar sua efígie no selo e esta visão prevaleceu durante algum tempo, sendo lançado mais três séries apenas com  as cifras, porém, ao perceber o poder comunicativo do selo postal, autorizou a emissão de  inúmeras séries retratando momentos de sua vida, ciente que  o pequeno estampilho  divulgaria o  prestígio do monarca no cenário político nacional e internacional por meio da circulação das correspondências, sendo até  hoje, um eficiente veículo de  divulgação na cultura  nacional em todo o mundo, mostrando sempre o que de melhor há no Brasil.

sábado, 19 de novembro de 2016

Anita Catarina Malfatti


Em 1889, ano da Proclamação da República,  na  capital  paulista,  a americana de origem alemã  Eleonora Elisabeth Krug, casada com o imigrante italiano Samuel Malfatti  deu à luz a  criança que  alicerçou as bases da arte moderna  brasileira. Anita  Catarina Malfatti que nasceu com um defeito físico congênito  no braço direito. Apesar da deficiência traçava linhas com habilidade usando somente  a mão esquerda.  Começou a estudar pintura aos 13 anos de idade e aos 17  ministrava aulas para crianças.
            Em 1910, com o apoio do seu  padrinho viaja  para a Alemanha  onde  aprofunda os estudos  e tem  o seu primeiro contato com os movimentos artísticos de vanguarda, interessa-se,  principalmente pelo  Expressionismo que  em pinceladas rápidas, expressa em linhas e cores os sentimentos  humanos. Retorna ao Brasil   e decepciona a família  e o público que   esperavam  vê-la expressar a beleza da arte renascentista que se caracteriza pelo rigor científico, a perspectiva  e o uso correto da técnica do sfumato.
            Em 1917 organiza uma exposição em  São Paulo e é duramente criticada  por Monteiro Lobato,  porém encorajou os artistas com desejo de renovação artística e, em 1922, eles organizaram  o evento cultural mais importante do Brasil no século XX : A Semana de Arte Moderna. Um presente para a pioneira  Anita Malfatti que teve  suas obras em destaque.
Atualmente  escreve e fala-se muito em acessibilidade e  respeito às diferenças com o intuito de  harmonizar as relações e construir  a cultura de paz tão almejada pela humanidade. Mesmo em nações híbridas como a brasileira, as relações com os portadores de  necessidades especiais e de diferentes etnias,  ainda são conflituosas. E, por acreditar no poder   da arte na construção de seres humanos  mais compreensivos,  criativos e ousados  é que  optou-se por escrever sobre a  vida e obra da  artista plástica  Anita Malfatti, que enfrentou a sua limitação física, críticas   e  lutou para deixar fluir o seu talento artístico, sempre aberta as novas tendências.
         O trabalho de Anita Malfatti   foi revolucionário para a época, tanto que Monteiro Lobato, referindo as suas  telas usou a expressão:  “coisas dantescas”, sua  obra agrada também ao público infanto-juvenil, já que, no decorrer de sua trajetória, pintou inúmeras natureza – morta, estilo de pintura, no qual são retratados  seres  inanimados como cestas de frutas, vasos de flores, louças, pratarias, entre outros.

Em 1964, Anita Malfatti  faleceu deixando grande acervo artístico e,  o seu legado maior: exemplo de superação, coragem, talento!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Presença Alemã - Alma Brasileira

PRESENÇA ALEMà - ALMA BRASILEIRA
           
            Antes do descobrimento do Brasil, em 1500,  por Pedro Álvares Cabral,  o país já tinha a característica da diversidade: era habitado por centenas de  tribos indígenas, que falavam diversos idiomas e com  suas especificidades culturais. No encontro destes povos diferentes, com o colonizador, houve influência recíproca e o nascimento de uma nova nação, no  início do século XVI: Os primeiros brasileiros, legítimos mestiços, filhos da índia Paraguaçu, da tribo Tupinambás com o  aventureiro português Diogo  Álvares - o Caramuru- . No decorrer dos séculos, outros povos, inclusive alemães, foram chegando  e  introduzindo suas riquezas culturais.
            Há relatos que, a Esquadra de  Cabral,  chegou ao Brasil orientada  pelo  Meister Johann, astrônomo e cosmógrafo alemão, que exercia a função de náutico. Ainda  no início do século XVI, outro alemão deu sua contribuição  para a História do Brasil, o astrônomo e cartógrafo, Georg Marcgrave, fez três  cartas inéditas das constelações abaixo da linha do Equador e montou mapas precisos da Colônia. Esteve à frente de três expedições  às matas nordestinas  e publicou em 1653, a primeira coletânea científica da flora nativa. Uma das principais fontes históricas e antropológicas deve-se ao aventureiro alemão, Hans Staden (Homberg, c.1524-Wolfhagen, c.1576), que depois de ser resgatado do cativeiro dos Tupinambás, no litoral paulista, retorna à Europa e escreve dois livro sobre  esta aventura. Na segunda obra, narra com precisão etnográfica, os costumes dos nativos. Outro alemão,  conhecido como Maurício de Nassau, admirado e  respeitado pelos brasileiros, como holandês,  o conde Johann Moritz of Nassau-Siegen (17/06/1604, Dillenburg, atual Alemanha  -20/12/1679, Kleve, atual Alemanha), governou  a Colônia  Holandesa  no nordeste, cuja administração ficou conhecida  pelos trabalhos científicos e artísticos. Já no século XIX, outro alemão, Johann Moritz Rugendas (Augsburg, Alemanha 1802 – Weilheim, Alemanha 1858) conhecido como Maurício Rugendas, documentou,  por meio de desenhos, as  paisagens e os costumes dos brasileiro, posteriormente editados com o título: Viagem Pitoresca Através do Brasil.
            A presença alemã  é constante no Brasil  desde o descobrimento, porém, a imigração oficial, aconteceu, em 1824, com a chegada da  primeira leva  de colonos – 39 pessoas de nove famílias,  desembarcaram em São Leopoldo, RS, com o apoio de D. Pedro I .
            É inegável a contribuição germânica  na formação da cultural nacional e em reconhecimento   há mais de 500 anos de relações e encontros, 190 anos da imigração  alemã oficial e 142 anos de relações diplomáticas, sobre o lema  “ Quando ideias se encontram”  a Presidente do Brasil Dilma Rousseff e o Presidente da Alemanha Joachim Gauck  assumiram o patrocínio das comemorações do  Ano da Alemanha no Brasil  e durante 12 meses, de maio de 2013 a maio de 2014,   os brasileiros puderam conhecer vários  aspectos  da cultura germânica, por meio dos 140 projetos que visavam  estimular  a cooperação  entre os meios  cultural científico, empresarial e  governamental.
            Infelizmente,  a maioria das cidades do interior do Brasil  não foi contemplada com  nenhum evento, o que  é lastimável, já  que os dois países têm uma história de mais de 500 anos de amizade e parcerias  e há mais de  mil empresas alemãs em  território nacional.  Seja no pioneirismo dos imigrantes alemães,  ou no talentos  de artistas e cientistas alemães, cuja produção  atravessaram  as fronteiras e se faz presente  no dia – a - dia dos brasileiros desde 1500, contribuindo assim  na formação da alma brasileira.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Apender com os mestres do passado

 “Se você tem uma mente calma, será uma pessoa bela.
Se você é uma pessoa bela, criará um lar harmonioso.
Se o seu lar está em harmonia, sua nação se encontrará em ordem.
Se em sua nação há ordem, haverá paz no mundo.” Lao Tzu

            O lendário e misterioso Lao Lzu, por alcunha: “O GRANDE SENHOR OU VELHO MESTRE” viveu no século VI a. C. segundo uma linha de pesquisa, outra, afirma que foi dois séculos depois. Há também aqueles que  acreditam  que uma das principais personalidades do Taoísmo nunca tenha existido, que foi apenas uma criação dos fundadores da escola filosófica  DAOJIA. Personagem real ou imaginário, isto não importa. Seus ensinamentos atravessaram fronteiras e, as três  virtudes principais, preconizadas por ele: Coragem, Generosidade e Liderança, se fossem levadas a sério por pais, professores e demais  profissionais responsáveis pela formação das crianças e adolescentes, provavelmente as pessoas de bem não estariam hoje, vivendo trancadas em suas  casa, com medo da violência.
          Se tivéssemos  compreendido a profundidade  dessas três virtudes, não  estaríamos hoje, testemunhando crimes atrozes, protagonizados por adolescentes com anuência  dos pais. É fácil culpar os meios de comunicação de massa, a responsabilidade pela perda dos valores morais, porém, não se pode esquecer que, se as crianças e os adolescentes assistem programas que incitam a violência, a banalização da vida é porque   o adulto permite. O adolescente é rebelde e contestador por natureza. Cabe ao responsável orientar sobre os modelos  sociais da moda que os jovens imitam e leva-los a refletir sobre o sentido da vida.
          Segundo Jonathan Crane, sociólogo da Universidade de Illinois, quando a quantidade de pessoas que servem como modelos sociais fica abaixo de 5%, a comunidade torna-se disfuncional, como demonstram os aumentos dos índices de gravidez na adolescência, abandono escolar, envolvimento com drogas e violência. Por outro lado, se o número de pessoas que servem como modelo ( comerciantes, professores, gerentes) está entre 5% e 40% as comunidades mantêm-se estáveis e funcionais.

          Muitos crimes hediondos  poderiam ter sido evitados se os pais tivessem seguido as sábias palavras do velho mestre da epígrafe acima.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Goteiras e infiltrações

Goteiras e infiltrações

          As  chuvas mansas e contínuas da primavera são uma realidade em climas tropicais. Porém, parece que os construtores de pequenos prédios residências, levantados com parcos recursos, não sabem  disso e, não dão o devido acabamento em suas famosas lajes, já que telhado está fora do orçamento e, quem vai sofrer por longo tempo são os moradores do último andar que sofrerão com infiltração e até com água descendo pelo cano que leva o fio da televisão a  antena espinha de peixe,  na laje. Esta antena é a  mais comum entre as pessoas que lutam para pagar o condomínio na data certa. Os caloteiros preferem pagar uma TV por assinatura  à manter em dia  esta taxa, já que o processo para o apartamento ir a leilão é longo e eles  ficam à espreita esperando o momento certo para negociar. Quanto à assinatura, se não pagar corta, simples assim.
          Nunca morei em apartamento, mas já ouvi relatos de amigos (as) sobre  a desagradável surpresa de  acordar pela manhã, com o chão molhado,  com água que desceu pelo cano. Parece estranho! Conheço de longa data a tradicional goteira. Assim, fico imaginado o risco  que os moradores  inexperientes em questões elétricas, correram, já que  a água é condutora de energia. Será que eles podem  morrer eletrocutados? Se sobreviverem, terão seus neurônios danificados? Quais serão os  outros danos físicos e mentais? Será que todas as pessoas precisam fazer um curso básico de eletricidade, antes de se aventurarem a morarem sozinhas?
          Fui procurar respostas  junto ao professor mais popular da atualidade: Google, porém, minhas dúvidas não foram sanadas. Encontrei uma gama de temas relacionados, assuntos complexos que estão aquém dos meus conhecimentos relativos à área. Se (você caro (a) leitor a) decidir aprofundar no assunto, deixo – lhe algumas sugestões temáticas:
-Sobre fios:
Fio terra;
Fio positivo;
Fio negativo;
Fio neutro.

-Tensão:
Baixa tensão;
Alta tensão.

Para quem tempo e disposição para pesquisar  mais sobre eletricidade, será necessário  estudos profundos para se esgotar o tema. Eu prefiro ficar com a máxima de meus antepassados: “Água e eletricidade são inimigas mortais.” Assim, encerro este texto e desligo rápido o computador; uma tempestade forte se aproxima e raios são uma realidade constante  no Brasil. É melhor não arriscar!








segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Aniversário

Hoje, 06  de janeiro  de  2014, meu  papai  querido completa, com  as bênçãos  do  universo, 79  de idade, lúcido,  amado e  com a sensação  de  dever cumprido.  Que  bom que eu sou   herdeira  legítima  desta boa genética e exemplo de  vida: trabalho, trabalho e trabalho.  

Em 2015, 80 anos de idade!  Quanta  Felicidade!  E claro, chegarei lá também, com muita saúde, física e mental e quiçá, amada. Agora vou parabenizá - lo  e pedir a Deus que lhe dê no mínimo mais  25 anos de vida com muita saúde. Pai, é a certeza de se ter para onde  voltar. Isto é maravilhoso!.  Deve ser deprimente não  poder  voltar, nem quero pensar nisto, tenho que focar  é na vida.  Éste ano completo 54 anos de idade. Quanta felicidade!  Neste dia usarei o  perfume cerejeira em flor, para lembrar a efemeridade da vida e que ela deve ser vivida em toda a sua plenitude, com muito amor, carinho, dedicação, compaixão, solidariedade e  equilíbrio. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Preservação ambiental



Está  é a palavra da moda! Da criança ao idoso!  O triste é que somente falam, falam e falam e, neste falatório todo, esquecem o mais importante: Atitude! Em meu círculo de convivência  não conheço uma dona de casa que leve sacola retornável ao fazer suas compras e, o resultado disso é um acúmulo de sacolas plásticas em casa que, elas já tem a resposta na ponta da língua: para colocar o lixo.
Eventualmente eu, propositalmente, não levo a minha sacola  retornável às compras. Faço isso, somente quando as sacolinhas  do meu estoque chegam ao fim e, assim, em vez de comprar sacos plásticos para esta finalidade, reutilizo-as.  Também adquiri o hábito de  usar potes de geleias, massas de tomates e outros para armazenar alimentos  na geladeira. Garrafas  de vinho,  cachaça mineira e refrigerantes  vão para o ateliê de uma vizinha que ganha a vida fazendo artesanato. Embalagens plásticas grandes, reutilizo-as para plantar temperos. Por que comprar um vaso plástico, se já tenho em casa? Também reutilizo  embalagens de presente. Roupas, sapatos, bolsas, bijouterias em  condições de uso, tem um destino certo: Pessoas  carentes que tenho certeza, farão bom uso delas. Nunca compro pano de chão, reutilizo as toalhas velhas.

Com estas pequenas atitudes diárias, recebi a alcunha de miserável, sovina. Assim, pude perceber quanto distante está o discurso  da prática. Falar  em preservar, todos falam, porém, sem as pequenas atitudes diárias das pessoas, nada vai acontecer, porque nada muda, se você não mudar. O poder público, sozinho não é capaz de resolver todos os problemas ambientais, é preciso ações diárias da população.