quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Besouros

Em tempos idos, principalmente na zona rural, as pessoas, mesmo as crianças, não se assustavam com os insetos, pelo contrário, quando apareciam as mães tinham que ficar atentas, senão viravam brinquedos e, conseqüente, morriam. Os moradores do campo, empiricamente sempre souberam da  importância de todos os seres vivos para o equilíbrio do planeta, e, com exceção das pragas que atacavam as plantações e que transmitiam doenças, procuravam viver em harmonia com  todas as espécies.
            Os tempos mudaram. A tecnologia  chegou  nas fazendas, a sabedoria dos mais velhos foi substituída pelos técnicos, agrônomos, entre outros.  Os brinquedos dos pequenos agora, são comprados na cidade e, cada vez mais o homem vai se distância da  biodiversidade local, se conhecem é pela, internet, televisão.  É a globalização!

            Inacreditável!  Os besouros da espécie Euchroma gigantea, conhecido popularmente como besouro-joia gigante   foram manchetes nos meios de comunicação nesta primavera, época de reprodução na natureza. O pequeno inseto, que nem sequer possui veneno e capacidade  para atacar  seres humanos.   Ao aparecer  em uma determinada  cidade, de médio porte provocou pânicos  entre os moradores e vários especialistas foram procurados pela  impressa com o intuito de esclarecer a assustada população, que o inseto, para as pessoas, não representa  perigo algum, porém, é   uma praga urbana, já que suas larvas costumam se alimentar  de raízes e troncos de árvores, e, ocas, apresentam risco de quedas. O responsável pelo pânico geral, foi o whatsApp, fotos do inseto viralizou  e,  quem  lia as mensagens, não se preocupavam em pesquisar na internet, livros ou com as pessoas mais velhas. Foram apenas repassando...

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