quarta-feira, 16 de março de 2016

A força do Aedes aegypt

            A  história milenar dos faraós encantou, encanta e encantará o mundo por centenas de milhares  anos ainda,  se o Aedes aegypt  permitir.  Este egípcio nato  desembarcou em terras brasileiras determinado a  criar a dinastias dos invencíveis.  Registros afirmam que ele viajou nos porões   de navios negreiros no século XVIII  e foi se espalhando pelas regiões tropicais. Atualmente, no  Brasil ele é encontrado em todos os estados.
            O legado cientifico do Egito é grande, destaco a geometria, medicina, astronomia, engenharia civil, naval e hidráulica e tantos outros conhecimentos que, de tão incorporados à  cultura brasileira  as pessoas pensam que são criações nacionais.
             O poder e luxo dos  antigos faraós  hoje são apenas atrações turísticas e fonte de pesquisa de antropólogos e arqueólogos, mas, o  pequeno mosquito continua  formando dinásticas poderosas pelo mundo, diante da inércia das pessoas que, perderam a capacidade de cuidar do espaço em que habitam.
              Querendo, até um criança é capaz de vencer    as fêmeas forasteiras, ávidas para deixar uma prole numerosa em qualquer possa d’água.  Não deixe água parada, vire as garrafas, troque a água dos animais domésticos, coloque areia no pratinho das plantas, deixe o agente adentrar á sua residência, são palavras repetidas a exaustão.
             É  difícil entender, como as pessoas em plena Era do Conhecimento, de posse da informação, não são capazes  executar a  ação. Assim, o pequeno mosquito vai mostrando a que veio, que é mais forte que  o país inteiro. É um inseto adaptável, aprecia sangue humano, transmite a dengue,  a febre Chikungunya e o terrível Zica vírus,  acusado de ser  um dos responsáveis pelo nascimento de crianças  com microcefalia, inocentes condenados a uma vida de limitações.
            Volto à questão: por que as pessoas não conseguem cuidar do espaço que  habitam? De que adianta o  fumacê passar  uma vez por semana, se dentro das casas há  incontáveis criadouros de Aedes aegypt ?

Amélia Justina, março de 2016

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