A sexta-feira amanheceu bem fria e
mesmo assim, levantei às 7 horas porque estava com muita fome, nada tinha a fazer, senão saciar a fome e esperar as horas passar. Preparei um bolo de frigideira, tomei o café da manhã e fui direto para o computador
tentar resolver a pendência com a empresa
de vendas on-line que ainda não entregou as rosas encantadas que
comprei no final de abril. Enviei
e-mail, preenchi formulário e ainda não obtive resposta, agora é somente
segunda-feira. Enquanto preparava o almoço, liguei a televisão em buscas de notícias
porque já estava previsto a coletiva do governador sobre a prorrogação do
isolamento social que perdurará até o dia 31 de maio de 2020 por se fez necessário.
O crescimento de contaminação no interior e litoral é de 3.300% e já com
uma ocupação de leitos de 70%. Na grande São Paulo a situação está mais
preocupante, 90% dos leitos já estão ocupados. A desobediência civil continua,
faz-se necessário que no mínimo, 55 % da
população esteja em casa, mas falar é fácil, para quem tem dinheiro na conta e
comida na dispensa. Tenho a impressão
que ouvi que para a possibilidade de uma
flexibilização do comércio, é necessário que 60% da população esteja cumprindo a quarentena, mas a fome é diária e
corroí impiedosamente o estômago de
crianças a idosos.
Não sei se é fake news, mas circulam notícias sobre
terrível previsão de que até o término
da quarentena 40 milhões de pessoas perderão o emprego e pior ainda, um possível colapso econômico e desordem social. Até hoje tem
havido somente desobediência. Eu confesso que sinto medo de sair ás ruas e também
de ficar em casa, não estou segura em
meu próprio lar, o risco de um arrastão em condomínios é o temor que aflige os moradores 24 horas por dia. A história tem mostrado que quando a fome dói
o homem não hesita a entrar em guerras longas e sangrentas que aprofundam o
sofrimento humano.
08 de maio de 2020
18h33 minutos
Temperatura: 22º
Umidade relativa do ar:67%
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