terça-feira, 12 de maio de 2020

Diário do isolamento social - 56º

                                      Esta terça-feira amanheceu ensolarada, quente e com baixa umidade do ar, dia propício para dedicar-se as tarefas domésticas, porém, deixarei tudo para amanhã porque vai faltar energia para manutenção da rede. Em outros tempos, com a luz desligada, eu sairia  em busca de uma atividade cultural como exposição de arte, umas compras na Rua  25 de março, mas em quarentena,  irei limpar a geladeira e os armários da cozinha. É o melhor que eu tenho a fazer. O estoque de alimento está  quase no fim, terei que sair um dias destes para repô-lo. Estou esperando o retorno da empresa, referente ao dinheiro da compra da rosa encantada,  hoje enviei os dados exigidos por eles. Confesso que fique bem chateada, quero tanto presentear  a minha amiga querida com algo inusitado e, assim que cair o dinheiro em minha conta, vou comprar  o doce de queijo ameixinha, não conheço o produto, mas como é fabricado em Araxá, MG, tenho certeza que  será bom. Quanto ao mimo que substituirá a rosa  para o meu Crush, será um doce de abóbora simplesmente porque o produto e o frete são mais barato e  é o preferido dele, depois  ele não merece que  eu gaste quantia elevada  porque é um sovina e eu quero mesmo é causar.
             As preocupações com as consequências da quarenta  crescem a cada dia.  O meu temor ao sair de casa para cumprir tarefas essências como pagar  as contas e fazer compras é de encontrar com  meliantes porque vários deles,  cujos advogados  alegaram que  pertencem ao grupo de risco estão em prisão domiciliar, e não é segredo para  ninguém, que eles  não cumprem a determinação e retomam  a atividade seja no tráfico,  assalto. Soube hoje, que vários presos condenados pela Lei Maria da Penha estão em liberdade e  voltaram aos seus lares, para juntos de  suas vítimas. Imagino o pavor destas pessoas, que agora têm que conviver com os seus algozes e sem esperança que eles retornem aos presídios. São prioritariamente, mulheres, crianças, idosos, adolescentes, que doravante estão desprotegidas. Será que não havia  uma outra alternativa? Onde estão os Direitos Humanos para olhar pelos seres humanos mais fragilizados? A  pergunta que não quer calar é : Qual vírus é mais letal? O vírus da fome? O vírus do medo? O Covid-19?
Externe sua opinião nos comentários. Grata.
             
                                  

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