Hoje é
dia das mães e estou triste, não apenas por estar em quarentena, mas por outros dois
motivos: Não ter mais a presença física
de minha mãe, meu porto seguro o colo para onde voltar e se aconchegar nos momentos difíceis e também, por não ter sido abençoada por Deus com a dádiva
de ter gerado um vida. Às vezes fico
horas a imaginar como teria sido o curso de minha se eu tive tido filhos, que me dariam netos,
bisnetos e quem sabe ter a glória de
conhecer tataranetos. Em minha solidão, fico a vagar que mais triste do que
preocupar-se com os entes queridos, é não
ter a quem derramar um lágrima de preocupação e saudade. A velhice torna-se tão
seca e vazia, quando não se deixa raiz, seja descendentes ou uma obra humanitária,
que beneficie milhares de pessoas, mesmo
após a sua morte. Quando se acumula vários
janeiros, a maioria dos laços de afetos familiares são rompidos às vezes pela
distância e também, pelo inevitável: a morte! As amizades construídas na fase adulta não são verdadeiramente sólidas
como as da infância e adolescência. Ah!
Se fosse possível recomeçar! Quantas coisas eu faria diferente!
A
quarenta não impediu os filhos de
homenagearem suas mães, as redes sócias estão repletas de fotos de agradecimento pela cesta de café da manhã, flores, e demais
presentes adquiridos no comércio virtual, entregadores estão exaustos, porém,
felizes com um dinheiro extra no orçamento
nestes tempos difíceis. Pelos
rumores da vizinha, algumas mamães receberam
para festejar, em casa, a sua prole. Mesmo expondo o idoso ao risco de
contaminação, era grande a alegria e não
há como duvidar, sonoras e altas gargalhadas se perdiam na distância.
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