E o dia segue e mais produtivo do que ontem. Após o café
da manhã, entrei no site da empresa de
vendas on-line de doces tradicionais de Araxá, MG, para resolver o
problema do endereço de entrega errado. Eu tenho certeza que digitei da CEP da
cidade de minha amiga correto, mas saiu com o
nome de minha rua e o número da casa dela, acontece que moramos em cidades diferentes, como não tenho como provar que o erro é meu,
vou arcar com este prejuízo porque o frete é três vezes maior que o preço do produto. É
a segunda tentativa que faço para presentear
esta pessoa querida e não dá certo. Desisto de surpreendê-la com um mimo.
Amanhã, irei ao centro de distribuição
dos Correios na tentativa de conseguir retirar a encomenda, quem sabe eu consiga. A primeira
tentativa, com a rosa encantada foi um estresse absurdo e
ainda não recebi a devolução do dinheiro referente ao produto que não
foi entregue.
Finda
esta pendência, tomei um pouco de sol, preparei o almoço, limpei a casa e enquanto esperava o horário para preparar o jantar, assisti uma live que
discorria sobre o feminino. A palestrante fez duas perguntas
pertinentes á situação de confinamento
a que estamos submetidos. A primeira pergunta: Quais são as minhas necessidades
físicas hoje? Ah! São tantas! E a começar pelos cuidados físicos que estou a
desejar; preciso fazer as unhas, as sobrancelhas, depilação, pintar cabelo,
limpeza de pele, massagem redutora, contato com amigos, exercícios físicos e praticar o pecado da gula e comer muitas
coisas gostosas, tomar sorvete e tudo o que é proibido as pessoas da terceira
idade e com restrição alimentar. Segunda
pergunta: Como eu quero ser lembrada
pelos que ficarem quando eu partir
definitivamente? Esta pergunta me fez chorar porque ninguém irá lembrar de mim. Esta quarentena deixou
isto bem claro. Diariamente eu recebo
muitas mensagem via WhatsApp, mas
nenhuma em meu número privativo, para
saber de mim, se estou bem, apenas
repasse de mensagem que estão circulando faz
tempo, fake news e as figurinhas. Nada de afetuoso e solidário. Nesta quarenta eu tive ciência de como eu
direcionei errado as minhas relações familiares e de amizades e por consequência, estou terminando a minha vida solitária e abandonada
nesta quarentena que parece que não
vai terminar nunca.
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