O dia amanheceu nublado e com fortes
rajadas de vento e ao ligar o televisor, a primeira notícia que vi já me deixou
triste. Um ciclone extratropical, popularmente conhecido como “ciclone
bomba” atingiu Santa Catarina, com rajadas superior a
100km/h e juntamente com as chuvas que atingem o estado, já se contabilizou
seis mortes e um número grande de
estragos. Aqui a ventania está com apenas 80 km/h e que eu saiba,
ainda não houve estragos e que assim continue, já temos problemas demais com
esta quarentena que não acaba nunca. Falta exatamente um mês para agosto, época
tradicional das grandes ventanias e aqui em São Paulo , o viajante
dos mares já está a 80 km/h ,
como será em sua época certa? Tempo de
incerteza!
Ontem eu saí para comprar tinta para
os cabelos, vitaminas, colírio e já
ventava forte, o lenço de minha cabeça
foi arrancado, e por sorte, não passava
carro e eu pude resgatá-lo bem no meio
do cruzamento e novamente cobrir a cabeleireira
branca, e já cheguei direto para o chuveiro para lavar as madeixas. Está muito difícil viver com este medo de ser contaminada. Assim que o sol
firmar, eu vou pintar os cabelo, assim, quem sabe, ameniza a tristeza que sinto com este
afastamento de tudo. Ficar em casa,
esperando o passar dos dias e sempre a temer o inimigo invisível é somente para os fortes. Admito que estou saturada e vou retomar, pelo menos, as caminhadas em um horário de sol a pino de comércio aberto. Preciso perder
os quatro quilos acumulados nestes cento e cinco dias de
confinamento.
A
umidade relativa do ar esta bem baixa, 54% e após o almoço, farei uma boa faxina na
casa que está imunda. Aprecio vento e
deixei as janelas somente com as telas
para o correr o ar, porém, as telas impedem somente os pernilongos de
entrar, não a poeira. Mas tudo bem, renovação do ar é a melhor prevenção para
as doenças respiratórias. Felizmente,
ontem eu lavei a roupa de cama porque
uma frente fria está para chegar, com tudo limpo, ficarei jogada no sofá
com o controle remoto em mãos,
esperando o passar lento das horas.
Hoje, dia 1º de julho começa o segundo semestre e eu tenho fé que há de ser
melhor, ou pelo menos, pensaremos que será melhor porque
discurso terrorista da mídia sobre a gravidade da pandemia já está sendo
minimizado e já noticiam os altos índices de cura da Covid-19.Finalmente,
governadores e prefeitos estão entendendo que não é possível permanecer em quarentena por períodos longos, não somente pela quebra
da economia, mas pelo estado emocional das pessoas, ninguém consegue ficar em
casa com fome ou vendo a falência de seu negócio.
Estamos vivendo a era das notícias falsas,
da corrupção desenfreada e eu já estou
começando a pensar na possibilidade de dar razão ao Presidente Bolsonaro que
desde o início da pandemia já alertava para a necessidade de encontrar
um meio-termo e salvar vidas sem
destruir a economia. Com o país quebrado, resta
ao pobre, somente a única opção
de morrer de fome. Talvez, se tivesse sido
adotado o isolamento vertical e
orientação maciça à população sobre como evitar o contágio, hoje o
Brasil não estaria nesta situação calamitosa, mas ganância prevaleceu.
Discursos humanitários e prática constante de superfaturamento, desvios de
verbas denunciando pela imprensa tradicional e redes sociais, e críticas
severas ao Chefe da Nação que apenas dizia: “ Não vamos esquecer a
economia.” Verdade, verdade, onde anda você? Estamos em um ano eleitoral e o
coronavírus avançando rápido e graças a Deus, a cura também.
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