sábado, 18 de julho de 2020

Diário da quarentena-123º dias

O sábado  amanheceu  nublado, depois o sol apareceu e aqueceu os nossos corações por aproximadamente umas duas horas e já está novamente, coberto de nuvens e uma boa chuva,  lá na  Serra da Mantiqueira seria uma benção para que a vida pudesse renascer após o  incêndio que  teve início   na manhã de sexta-feira, dia 17 de julho e provavelmente  foi provocado pela queda de algum balão ou por fogueiras produzidas por campistas clandestinos. Moradores da região relataram terem visto quatro homens desceram a serra em passos  rápidos e    recusaram-se a se identificar. As chamas surgiram  no Pico da Pedra da  Mina,  que tem 2.798 metros de altitude e fica na Serra Fina,  no lado mineiro e depois alastrou para o lado paulista.  Felizmente os bravos guerreiros do fogo armados com os seus abafadores controlaram  o fogo  em bilhões de vidas  foram salvas. Sim, a Serra  da Mantiqueira abriga  incontáveis seres importantes para o equilíbrio do planeta. Salve os  valentes  Bombeiros!

            O ambientalista John Muir disse: “Todos precisamos da beleza, assim como do pão, lugares onde brincar e onde rezar, onde a natureza pode  curar-nos, alegrar e fortalecer o corpo e a alma.” E ele tem razão!  A partir do momento em que foi decretada a quarentena,  meu anglo de visão ficou reduzido a minha janela, porque raramente saiu e quando isto aconteceu, meu olhar está sempre voltado para  os transeuntes, se estão com máscara, se estão vindo em minha direção com a intenção de subtrair os  meus pertences e não tenho observado a  beleza das árvores, dos escassos  pássaros que fizeram da selva de pedra a sua moradia e borboletas, nem lembro mais quando vi. Lendo está frase, aflorou uma saudade profunda, doída e quando  os riscos de contaminação   estiver próximo de zero, quero fazer uma viagem para uma cidade pequena ou para um hotel fazenda, onde eu possa desfrutar destes pequenos prazeres que tanta falta tem feito. Mas o que temos para hoje é  a clausura, e não  há nada que eu possa fazer para mudar esta realidade porque está na boca do povo que não há interesse em curar os pacientes com remédios já existentes e baratos, mas no desenvolvimentos de novas drogas e  bem caras e também a de uma  vacina que renderá aos cofres  dos laboratórios anualmente, bilhões de reais.Verdade ou mentira? Não sei, mas sempre fico com um pé atrás  com a circulação destes  boatos, afinal, onde há fumaça, há fogo diz um velho ditado popular.


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