Mais um dia frio, chuvoso e triste. Sei
que tenho somente a agradecer porque tenho onde morar e a pensão que permite o
meu sustento, com economia sim, porém, sinto-me privilegiada e abençoada por
Deus por não ter que estar a rua batalhando o pão de cada dia como tantos, em
meio a uma pandemia. Somente hoje eu soube
do falecimento do sertanejo Léo Canhoto
ocorrido na madrugada do dia 25 de julho, em São Paulo. O coronavírus tirou de nós
até a oportunidade de despedia do ídolo. Eu
procurei informações sobre o velório e não encontrei nenhuma nota a
respeito. Hoje eu o vejo como um cara
com hábitos de vestir espalhafatosos, mas, confesso que em minha
juventude, eu era super fã da dupla Léo
Canhoto e Robertinho e nutri por muitos anos um amor platônico pelo Robertinho,
com seus cabelos longos e encaracolados. Nos idos tempos em que a carta era a
maneira mais eficiente do púbico contatar o seu artista favorito, eu guardei
por muitos anos a resposta a minha missiva e a foto deles e colorida, o que era uma novidade na época e sinal de carinho com os fãs.. Assisti vários
shows deles em circos e não tenho
vergonha de dizer que esperei mais de
uma hora na fila para ganhar autógrafo. Eram outros tempos! Apesar dos 84 anos de idade ele
continuava a encantar a sua legião de fãs.
Alguns sucessos da dupla ficaram
registrado em minha mente: “A Gaivota, Soldado sem farda, Meu velho pai, O último julgamento, Delegado Jaracucu, o Homem
mau.” Saudades! Vá cantar no céu. Aqui
na terra seu legado continuará a
influenciar as novas gerações
de jovens sertanejos.
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