domingo, 26 de julho de 2020

Diário da quarentena - 131º dia

                           Mais um dia frio, chuvoso e triste. Sei que tenho somente a agradecer porque tenho onde morar e a pensão que permite o meu sustento, com economia sim, porém, sinto-me privilegiada e abençoada por Deus por não ter que estar a rua batalhando o pão de cada dia como tantos, em meio a uma pandemia.  Somente hoje eu soube do  falecimento do sertanejo Léo Canhoto ocorrido na madrugada do dia 25 de julho, em São Paulo.  O coronavírus tirou de nós até a oportunidade de despedia do ídolo. Eu  procurei informações sobre o velório e não encontrei nenhuma nota a respeito. Hoje eu o vejo como um cara  com hábitos de vestir espalhafatosos, mas, confesso que em minha juventude, eu era  super fã da dupla Léo Canhoto e Robertinho e nutri por muitos anos um amor platônico pelo Robertinho, com seus cabelos longos e encaracolados. Nos idos tempos em que a carta era a maneira mais eficiente do púbico contatar o seu artista favorito, eu guardei por muitos anos a resposta a minha missiva e a foto deles e  colorida, o que era uma novidade na época  e sinal de carinho com os fãs.. Assisti vários shows deles   em circos e não tenho vergonha de dizer que esperei  mais de uma hora na fila para ganhar autógrafo. Eram outros tempos!  Apesar dos 84 anos de idade ele continuava  a encantar a sua legião de fãs. Alguns  sucessos da dupla ficaram registrado em minha mente: “A Gaivota, Soldado sem farda, Meu velho pai, O  último julgamento, Delegado Jaracucu, o Homem mau.” Saudades! Vá cantar no céu. Aqui  na terra seu legado continuará a  influenciar   as novas gerações de  jovens sertanejos.

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