quarta-feira, 29 de julho de 2020

Diário da quarentena - 134ºdia

                       
  1.             Acordei com vento e chuva e assim foi durante todo o dia e a friagem está de doer os ossos, estou pensando seriamente em deixar o banho para amanhã, estou gelada.  Desanimada e tiritando de frio, peguei  aleatoriamente um livro na instante e  no decorrer da leitura, eis que eu depare com uma sugestão de atividade e  eu, como leitora obediente, cogitei em fazê-la, mas  mudei de ideia já na primeira pergunta e você, caro leitor,  a de concordar comigo  que neste momento de incerteza em que estamos vivendo em  virtude da pandemia  não há como responder com sinceridade tais questões.                          .
    I -  Quais são as mudanças criativas que você gostaria de  efetuar nos próximos seis meses? R. Sinceramente eu não sei. Posso mudar os móveis de lugar, pintar  os cabelos com uma cor ousada para a minha idade, ou as  unhas com desenhos coloridos em contrastes com o esmalte e meu tom de pele. Em pelo isolamento social consigo pensar somente nestas opções.
  2. I -  Quais são as mudanças criativas que você gostaria de  efetuar nos próximos seis meses? R. Sinceramente eu não sei. Posso mudar os móveis de lugar, pintar  os cabelos com uma cor ousada para a minha idade, ou as  unhas com desenhos coloridos em contrastes com o esmalte e meu tom de pele. Em pelo isolamento social consigo pensar somente nestas opções.
  3. II – Quais são os novos sentimentos que gostaria de ter nos próximos seis meses? R. Esta é fácil: gostaria de sentir segurança  para sair as ruas sem ser assaltada,  de frequentar  o comércio e as atividades culturais sem medo de ser contaminada pela Covid-19. Tranquilidade para conversar com as pessoas sem ter que estar sempre a dar um passo atrás para manter  a distância segura. Mas com a notícia de que chegou ao Brasil mais de cem linhagens do Covid-19 já estou descrente até da eficácia da vacina.
  4. III - Quais as mudanças concretas e práticas que você gostaria de ver? O fim da quarentena e a abertura completa da economia, a volta as aulas e  uma campanha maciça  de orientação  sobre a importância do distanciamento social, uso da máscara e álcool gel e o mais importante, orientações sobre os cuidados para não serem contaminado pela  roupa, cabelo, compras. Particularmente eu não acredito que em seis meses  o risco  esteja baixo. Tenho observado o comportamento da população, inclusive do grupo de risco e eles não estão preocupados em se  protegerem. Bem, está muito frio e eu vou para a cama e com a benção de meu Anjo da Guarda pegarei no sono rápido para acordar somente amanhã e quiçá eu tenho bons sonhos, o sonho desta noite foi intrigante. Eu ainda morava com meus pais e  estava  com vontade de expulsar de casa minha irmã  que já estava casa e de visita e  mais um  grupo de ciganos que pediram pouso  e minha mãe os acolheu. O fim da história  eu não  sei, pois acordei no ápice de minha revolta. Este sonho reflete a angústia que estou vivendo  neste isolamento social. Quero botar para fora o medo, a  incerteza, a inércia e o tédio de permanecer presa em casa.
  5.             Sei que é errado reclamar, devo agradecer por eu ter o privilégio de estar cumprindo  a minha quarentena em minha casa, enquanto tantos perduram tudo, até a dignidade. Estou em casa sim, mas  tenho alimento, cama, agasalho, água potável, assim, devo repetir  mil vezes. Eu sou grata! Eu sou grata! Eu sou grata!

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