A segunda-feira amanheceu com sol forte, mas
de repente, nuvens cinza cobriram o azul do céu, o astro rei disse adeus e a
temperatura caiu, porém, não está ventando. Pela manhã fui pagar a conta de luz
e comprar remédios e cigarros para a vizinha da esquerda que está com uma forte
dor na virilha e quase não consegue andar. Aproveitei que já estava na rua e
fui ao Posto de Saúde saber
quando irão agendar consultas pois ela tem medo de ir a UPA e
ser contaminada pelo coronavírus. E este não é um temor só dela, há
relatos de várias pessoas que perderam familiares pque apresentaram sintomas de alguma enfermidade
e com receio, preferiram ficar
em casa confiando na divina providência
e não há como criticá-los, pois com a politização da pandemia, a população está com medo de tudo e de todos.
O comércio está aberto e alguns
seguem rigorosamente o protocolo do seguimento, porém, a maioria dos
estabelecimentos de rua estão relapsos e deixam o frasco de álcool gel vazio e,
vendedores permitem provar roupas. Eu não saí com o intuito de comprar roupas,
mas vi uma bermuda em promoção, mas
comentei que achava que ela ficaria apertada, e a atendente, com a maior naturalidade
disse para eu provar e tirar a dúvida, claro que eu não fiz, e nem tinha razão
para isto já que saí apenas com o dinheiro
para pagar a conta. Atualmente é assim, não se deve carregar um real a
mais, meliantes à espreita de idosas sempre
houve, mas com a fome rondando os lares, o desemprego crescendo, a tendência
é que os pequenos furtos aos transeuntes aumente, o comércio não está tão
atrativo, está vendendo pouco, as lojas estão vazias. Um dia destes ouvi uma
entrevista com um lojista da 25 de Março e ele disse que o poder de compras da
população caiu muito, antes o valor médio
de compra por pessoa era de R$150,00, e com a pandemia, caiu para
R$50,00, isto quando adquire algum produto. No mais, apenas a rotina de sempre.
Tristes são estes dias de quarentena.
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