quinta-feira, 2 de julho de 2020

Diário da quarentena -107º dia

                                  Hoje foi um dia produtivo. Levantei ás sete horas da manhã, preparei meu café  e já fui direto para o computador fazer o pedido do livro do cantor sertanejo Reis e  na sequência, fui ao banco pagar o boleto e algumas outras contas, fazer uma retirada para deixar dinheiro em casa para  pequenas compras e para o gás, que está para acabar, e como  na maioria dos casos de cartões clonados, tem funcionário envolvido, entrega em domicílios, eu prefiro não arriscar. Depois fui a  uma outra agência bancária efetuar um depósito para uma vizinha que está com dores nas pernas e não consegue andar, sorte minha que tinha um rapaz educado que ajudou-me, não havia funcionário  para auxiliar e eu não tive outra opção a não ser pedir socorro. Voltar ser ter executado   poderia terminar em inimizades. A convivência entre idosos é difícil. A vizinha da esquerda deixou de falar comigo porque  um dia, eu não fui atender um pedido seu, não por má vontade,  mas porque   eu estava indisposta, além de não ser nada urgente, ela tem o péssimo hábito de pedir outra pessoa para conferir aquilo que você fez. Apesar de eu prezar pela convivência harmoniosa com a vizinhança, neste caso  específico, ela ter torcido o nariz para mim foi um alívio, vivia aqui tocando a campainha sempre a reclamar das mesmas coisas. Eta mulher interesseira  e egoísta,  vive pedindo favores a todos os moradores da rua, mas se um adoece, ela rapidamente informa que não está bem de saúde, e quando o que realmente estava doente melhora, ela tem cura súbita. Depois eu fui à Prefeitura  pedir informações para uma amiga  que está presa em outro município e gostei muito do protocolo, fila respeitando o espaçamento, sai um entra outro, tiram a temperatura e oferecem álcool gel, funcionários todos de máscaras  e  com a fita de isolamento para o munícipe não aproximar. Depois fui ao mercado, que está cumprimento com as orientações, voltei para casa, almocei, e higienizei as compras, guardei-as e fui ao dentista, que também cumpre rigorosamente com as normas e depois fui à casa lotérica fazer uma fezinha que ninguém é de ferro. De retorno ao lar, direito para o chuveiro e a roupa para a máquina de lavar.
            Durante este afazeres observei que esta quarentena horizontal foi  desnecessária, se tivessem adotado a vertical,  o país não estaria quebrado porque da maneira  que estão os protocolos de atendimento, é praticamente impossível ser contaminado, desde que respeitados, o que não tem acontecido por parte de algumas pessoas. Na prefeitura, duas mulheres e um bebê, claro que a criança não estava com máscara. Se eram duas,  em meu entendimento, uma deveria ficar no carro, ou pelo lá fora com a criança enquanto a outra  resolvia as pendências. Na rua vi inúmeras famílias com criança e sem máscaras, adultos com máscara no queixo  ou sem, principalmente os homens. A ganância  foi tanta que os dirigentes não pensaram  em uma campanha educativa séria e em dar exemplo seguindo todas as orientações dos profissionais  de saúde. Tenho observado nos lugares que  frequento, que os funcionários são sempre os mesmo e com aqueles que já tenho alguma intimidade, arrisquei a perguntar se algum deles foi contaminado e a resposta foi não, inclusive na clínica odontológica Protelei tanto o problema dentário  por medo e concluí que fiz besteira, deveria ter ido antes.  É seguro? Sim, mas bem cansativos todos estes cuidados. Hoje eu comprei salsinha para fazer chá, nestes dias frios é uma delícia, mas em vez de fazer infusão, estou fervendo  por medo. Meu Deus! A que ponto chegamos!
           

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