Hoje foi um dia produtivo.
Levantei ás sete horas da manhã, preparei meu café e já fui direto para o computador fazer o
pedido do livro do cantor sertanejo Reis e
na sequência, fui ao banco pagar o boleto e algumas outras contas, fazer
uma retirada para deixar dinheiro em casa para
pequenas compras e para o gás, que está para acabar, e como na maioria dos casos de cartões clonados, tem
funcionário envolvido, entrega em domicílios, eu prefiro não arriscar. Depois
fui a uma outra agência bancária efetuar
um depósito para uma vizinha que está com dores nas pernas e não consegue
andar, sorte minha que tinha um rapaz educado que ajudou-me, não havia funcionário para auxiliar e eu não tive outra opção a não
ser pedir socorro. Voltar ser ter executado
poderia terminar em
inimizades. A convivência entre idosos é difícil. A vizinha
da esquerda deixou de falar comigo porque
um dia, eu não fui atender um pedido seu, não por má vontade, mas porque eu estava indisposta, além de não ser nada
urgente, ela tem o péssimo hábito de pedir outra pessoa para conferir aquilo
que você fez. Apesar de eu prezar pela convivência harmoniosa com a vizinhança,
neste caso específico, ela ter torcido o
nariz para mim foi um alívio, vivia aqui tocando a campainha sempre a reclamar
das mesmas coisas. Eta mulher interesseira
e egoísta, vive pedindo favores a
todos os moradores da rua, mas se um adoece, ela rapidamente informa que não
está bem de saúde, e quando o que realmente estava doente melhora, ela tem cura
súbita. Depois eu fui à Prefeitura pedir
informações para uma amiga que está
presa em outro município e gostei muito do protocolo, fila respeitando o
espaçamento, sai um entra outro, tiram a temperatura e oferecem álcool gel,
funcionários todos de máscaras e com a fita de isolamento para o munícipe não
aproximar. Depois fui ao mercado, que está cumprimento com as orientações,
voltei para casa, almocei, e higienizei as compras, guardei-as e fui ao
dentista, que também cumpre rigorosamente com as normas e depois fui à casa lotérica
fazer uma fezinha que ninguém é de ferro. De retorno ao lar, direito para o
chuveiro e a roupa para a máquina de lavar.
Durante este afazeres observei que
esta quarentena horizontal foi desnecessária,
se tivessem adotado a vertical, o país não
estaria quebrado porque da maneira que
estão os protocolos de atendimento, é praticamente impossível ser contaminado,
desde que respeitados, o que não tem acontecido por parte de algumas pessoas. Na
prefeitura, duas mulheres e um bebê, claro que a criança não estava com máscara.
Se eram duas, em meu entendimento, uma
deveria ficar no carro, ou pelo lá fora com a criança enquanto a outra resolvia as pendências. Na rua vi inúmeras
famílias com criança e sem máscaras, adultos com máscara no queixo ou sem, principalmente os homens. A ganância foi tanta que os dirigentes não pensaram em uma campanha educativa séria e em dar
exemplo seguindo todas as orientações dos profissionais de saúde. Tenho observado nos lugares
que frequento, que os funcionários são
sempre os mesmo e com aqueles que já tenho alguma intimidade, arrisquei a
perguntar se algum deles foi contaminado e a resposta foi não, inclusive na clínica
odontológica Protelei tanto o problema dentário
por medo e concluí que fiz besteira, deveria ter ido antes. É seguro? Sim, mas bem cansativos todos estes
cuidados. Hoje eu comprei salsinha para fazer chá, nestes dias frios é uma delícia,
mas em vez de fazer infusão, estou fervendo
por medo. Meu Deus! A que ponto chegamos!
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