O inverno chegou com temperatura
alta e baixa umidade do ar, mas este é o menor dos problemas. Pelas noticias veiculadas não há esperança que
a vida volte ao normal nesta estação
porque o Brasil que já contabilizava 29 milhões de profissionais informais com o alto número de falências terá este número
aumentado e muito. Outro triste número é
o de desempregados, mais de um milhão durante o outono, e infelizmente, sem
perspectiva de conseguirem ocupação a
curto e médio prazo. Ironicamente, no outono, estação da colheita e da fartura
na natureza, os brasileiros colheram a miséria e o desespero, consequentemente, violência e
medo.
Além do horizonte não há esperança a
vista de que possamos caminhar livremente pelas ruas e nem entregar-se
serenamente aos braços de Morfeu porque
cresce a cada dia o número de arrastões em condomínio e invasão de residências e eles não
tem misericórdia. Um casal de
idosos, acima de oitenta anos de idade, moradores de uma chácara, teve
a sua casa invadida por um grupo de meliantes que sequer deixou
um celular para que eles pudessem pedir ajuda após o furto. Lá ficaram sem comunicação até que o filho, após estranhar
o fato de eles não atenderem o celular, desconfiou e foi ver o que havia acontecido.
As confusões com as melhores medidas
a serem tomadas continuam. Abrem-se shopping, mas os parques continuam fechados
o que confunde as pessoas, ninguém mais sabe qual é o ambiente mais propício a contaminação
comunitária se circular dentro de um ambiente
fechado e com ar condicionado ou caminhar livremente ao ar livre. O Prefeito entrevistas afirmando que é necessário evitar aglomerações, porém, retoma o rodízio de veículos o que
automaticamente, superlota o transporte
público.
Prefeito de São Paulo, Bruno Covas
ameaçou em público demitir o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, caso
ele não conseguisse com que os ônibus
rodassem somente com passageiros sentados,
medida que gerou polêmica pela dificuldade de ser cumprida pelos
motoristas e cobradores. Mas esta medida já foi revogada após duas semanas de implantação
com alegação baseada em uma consulta à
Vigilância Sanitária que esclareceu que a posição em que o passageiro viaja não é fator preponderante na transmissibilidade
da doença. Usar máscara e álcool em gel, é fácil para o usuário, mas o distanciamento social, numa
condução em horário de pico fica difícil. Circula pelas redes sociais mensagem
de esclarecimentos que afirmam que o transporte é o segundo local de maior contaminação
comunitária. Afinal, quem está com a razão?
Para completar o pânico que já assola os brasileiros com o mínimo de discernimento, a imprensa
ressuscitou a terrível gripe espanhola
que assolou o Brasil em 1918, durante a sua segunda onda, cujas orientações
eram as mesmas: Distanciamento social e higiene. Bares, fábricas e teatros
foram fechados, como agora.
Com
a politização da pandemia e a disseminação de fake news, fica impossível saber
o que de fato está acontecendo. Fale-se muito e esclarece pouco.
Um grupo defende medicamento X, já grupo Y diz que X é placebo e afirma que a solução é o respirador. Aprece outra corrente que
atesta com veemência que a solução chegará
com a vacina e ponto final. E
diante destas falácias eleitoreiras a insegurança perdura na população
que ainda nem sabe se já atingimos
o pico da pandemia e espera aflita pela
segunda onda, como na gripe espanhola, temendo sem o próximo a partir para a pátria
celestial.
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