O dia amanheceu frio e com uma garoa
persistente, como nos velhos tempos, em que o bonde circulava pelas ruas da
cidade. A manhã começou com a triste
notícia do crescimento de 44,9% da violência
contra a mulher durante a quarentena. O isolamento social, segundo as autoridades sanitárias, é a medida mais
eficaz para minimizar os danos da Covid-19, porém, para centenas de milhares de
mulheres brasileiras tem sido um verdadeiro calvário porque estão sendo obrigadas a conviverem com seus
algozes vinte e quatro horas por dia, em moradias precárias e com a renda reduzida ou até inexistente, dependendo da
caridade da Igreja ou do Estado. As autoridades acreditam que estes números
continuarão a crescer porque durante períodos
de escassez é comum florescer sentimentos nobres como compaixão e solidariedade
em alguns corações daqueles que não
medem esforços para ajudar o próximo, mas assim como floresce o amor, cresce
também a revolta, desespero e o sujeito acaba tomando as piores decisões com consequências
funestas para a família.
O medo tem sido o fiel companheiro
dos brasileiros nesta quarentena. Medo do inimigo invisível, o Coronavírus, da
perda da renda, dos presidiários que estão sendo soltos diariamente com a argumentação de que
pertencem ao grupo de risco. Os reflexos do fechamento do comércio, indústria e
prestação de serviços já é uma dura
realidade. Tem crescido a cada dia, a procura de vagas em escolas públicas. Milhares
de país já não podem manter o filho em
uma instituição particular porque o seu negócio faliu e doravante, o patrão virou empregado, mais um na fila do
desemprego. Dizem que toda crise deixa
um grande ensinamento e eu espero que o
maior legado desta pandemia seja uma
precaução financeira para o futuro porque já lí umas
duas notícias especulando a
possibilidade da pandemia do Coronavírus tornar-se endêmica.
A pandemia vai passar por enquanto e faz-se necessário uma atenção especial com a vida financeira
pessoal para que a vida retome o seu curso
natural de compra e venda, seja de serviços ou produtos manufaturados, artesanais. Após a
amarga experiência de escassez de fechamento da economia, voltar a atenção para uma educação financeira é
necessário para minimizar o sofrimento
em possíveis novas crises como esta que
estamos enfrentando e perguntas básicas devem ser feitas e respondidas com
sinceridade, pés no chão e compromisso com o futuro próximo e distante.
I
- Quais são seus objetivos e prioridades? Questão difícil de responder por que
normalmente o que vem à mente com rapidez é pagar as contas e botar comida na
mesa. Além das contas fixas e despesas com alimentação é necessário computar
os custos com o lazer, depreciação da mobília e eletroeletrônicos, emergências como
doenças, reparos na infraestrutura do imóvel
residencial e para gozar de uma velhice
digna.
II
– Minhas atitudes estão me levando para perto ou para longe de meus objetivos? Esta
reflexão parece difícil e dolorosa, mas não é,
com um pouco de serenidade, boa vontade, papel, caneta e
calculadora na mão, é fácil ver por onde o dinheiro está vazando e estancar
logo a sangria.
III
– O que estou disposta a renunciar para
equilibrar as minhas finanças? Está reflexão é difícil porque abrir mão
dos excessos é doloroso, mas com uma boa
reflexão e determinação é possível mudar hábitos antigos como
o de comer por ansiedade e não apenas para alimentar o organismo. Trocar
a alimentação processada e exagerada por uma
mais natural e equilibrada, além da economia do mercado, haverá outra: a da farmácia já que é sabido
por todos que alimentação saudável é sinônimo de sáude. Uma boa organizada no guarda-roupa e o estudo de outras possibilidades de combinação de
peças significa economia em lojas.
São as pequenas
atitudes que levam a grandes resultados
e sempre que a gana de sair às compras aparecer pense:
O
que eu quero?
O
que eu preciso? E compre somente aquilo
que de fato precise e invista
o que economizou em compras de impulso, porque a recuperação da economia de um país não acontece
em curto prazo e esta carestia ainda perdurará
por um longo tempo e sempre há a
possibilidade de novas pandemias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário