A esperança é a fonte de luz que concede ao coração em
isolamento social uma infinita força para continuar a esperar o passar das
horas depois de já ter limpado todas as gavetas, esfregados todas as
prateleiras, armários, estantes,
catalogados os livros e separado
para a reciclagem, a papelada acumulada no decorrer dos anos onde colônias de ácaros e
traças disputavam espaços
mais apropriados à sua espécie para proliferarem e sema menor
consciência de invasão de propriedade alheia. Para as mulheres modernas, na
correria e na pressa do cotidiano, fator
gerador de ansiedade o acúmulo é natural porque
compra-se mais para uma satisfação emocional do que para uma realidade
prática e neste momento, em que o mundo
parou em virtude da pandemia, descobertas de inutilidades estão sendo
feitas a todo o instante e em todo o
planeta e o momento do bota fora é agora porque a economia já está para abrir,
como já estão abertas os portões das penitenciárias e levas de presos perigosos
estão sendo soltos diariamente, com a desculpas de que pertencem ao grupo de risco e não podem
permanecer encarcerados. Esta é uma alegação curiosa, porque irão se
expor ao coronavírus em suas
residências e também, quando retornarem à prática de delitos. Com a
abertura prevista para os próximos dias, a monotonia ficará no passado e
corre corre diário novamente será parte da rotina.
Curiosamente a quarentena teve seu
início em março, mês
dedicado ao deus Marte, o deus da guerra, segundo a mitologia romana. E foi o início de um combate diário dos profissionais da saúde e de seus pacientes pela vida. Mês em que os governantes, como em uma guerra,
tiveram que reunir-se em busca de estratégias
para alimentar a população sem salários
e também para evitar uma possível
desordem social porque todo pai se torna
um guerreiro quando é o pão que se disputa para alimentar a sua família. Iniciou-se também, a luta diária das pessoas
em isolamento social, sempre a temer a chegada do inimigo invisível,
que não marca hora e nem dia e está por
toda a parte. E como em toda guerra,
pessoas inescrupulosa não mediram esforços para abocanhar o que não lhes
pertence e fraudes e uso de má fé no projeto de auxílio emergencial, destino as pessoas em situação
de vulnerabilidade, são denunciadas
diariamente, como também, o superfaturamento
de produtos essenciais para o combate a Covid-19. Em alguns postos
do Samur, máscaras que são encontradas em farmácias por R$1,00
a unidade, foram compradas
por R$4,98. Enquanto uns
morrem outros enriquecem de maneira ilícita.
Assistir o noticiário é acumular
dor e revolta ao saber que a pandemia escancarou a desigualdade social
no país e que o sofrimento coletivo não aplacou a ganância de
alguns de novos governantes que estão
mais preocupados em tirar
proveito da calamidade do que em ajudar a amenizar o sofrimento diário
de seus eleitores. Palavras bonitas e discursos inflamados se ouve a todo
instante, porém, os mais eloquentes são os
que menos atitudes têm e a fome e o desespero continuam a rondar os lares dos
mais pobres. A fome é diária e não pode esperar
até as próximas eleições, quando cestas básicas são distribuídas generosamente
nas periferias, pelos candidatos que não
respeitam as normas da Justiça Eleitoral. Eu não soube de nenhum vereador que abdicou de sua verba de gabinete de demais gratificações para ajudar crianças famintas que estão perambulando
pelas ruas da cidade. Admiro a coragem dos jornalistas que estão denunciando os
desmandos que estão acontecendo diariamente e em todo território nacional.,
entre estes profissionais corajosos está
o jornalista investigativo, Agostinho Teixeira.
Mas nenhuma escuridão dura para
sempre e a luz em breve, voltará a
brilhar para todos, se Deus quiser!
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