quinta-feira, 18 de junho de 2020

Diário do isolamento social - 93º dia

                           Acordei cedo para dar continuidade à tarefa de  lavar, passar e embalar em sacos plásticos as roupas de pouco uso  na grande expectativa de que resolva de vez o problema do forte cheiro de mofo bastante comum durante o outono e o inverno.  Sem tempo para assistir televisão, optei pelo rádio e de manhã até a noite, não se falou em outra coisa a não ser a prisão preventiva do  Queirós que se envolveu no esquema das famosas “rachadinhas”, bastantes comuns nos gabinetes dos deputados e da demissão do Ministro da Educação e pelo que eu entendi, já foi tarde.
            Antes mesmo do café da manhã, eu coloquei a roupa  para bater. Lavei três máquinas de roupas e, enquanto esperava que elas secasse para retirá-las do varal, saí para fazer umas compras e pagar  contas e  a falta de cuidado da população é assustadora. Grupos de jovens sem máscaras,  mães com carrinhos de bebê em  ruas movimentadas indiferentes à pandemia. Os preços subiram  e eu gastei bem mais do previsto. Doravante  terei que sair com uma calculadora e pechinchar bastante.
            O que chama atenção é o fato de o agronegócio, que segundo os  especialistas,  foi o único seguimento da economia que não foi atingido pelo crise e estão com  os preços  altos também. Amanhã terei que sair novamente, desta vez para comprar  sabão em pó, amaciante  e água sanitária porque estes dias dedicados a arrumação da casa esgotou o meu estoque.  Estou cansada desta clausura.  Em dias ensolarados, sairei para  dar uma volta, com turbante, duas máscaras e álcool gel a tiracolo.

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