Uma
tristeza imensa abateu sobre mim ao ouvir o anúncio do governador João Dória,
prorrogando o isolamento social até a segunda quinzena de maio. Ele sequer esperou dia 22 de abril, para analisar a
situação e tomar as medidas necessárias. Com o avanço das pesquisas com os medicamentos nacionais já utilizados há bastante tempo no Brasil e
o alto índice de cura, eu tinha esperança, que em 22 de abril, o governador iria
anunciar o fim da quarentena horizontal e
adotar a vertical. Mas não foi o que aconteceu. Mais um mês confinada
sem poder aproveitar o sol de outono para aumentar a reserva de vitamina D, o
inverno está chegando e com ele o frio e
o desânimo.
A criatividade
dos presidiários é ilimitada e inescrupulosa. Mais de 70 mil detentos tentaram burlar o sistema e receber os
R$600,00 do auxílio emergencial, o qual tem direito os
trabalhadores, de acordo com os critérios estabelecidos pelo governo. Nos presídios, eles têm garantido quatro refeições
diárias e há famílias inteiras, que sequer podem saborear uma sopa rala, uma vez ao dia.
Ouvindo uma entrevista com um dos profissionais responsáveis pelo auxílio
emergencial, a pergunta de uma brasileira que reside no exterior, não me recordo em qual país, indagou se ela tem o direito de receber ajuda do governo brasileiro porque ela trabalha sem carteira assinada. O programa do governo é
auxiliar o povo, enquanto dura o
isolamento social no Brasil, o problema
está aqui. Meu Deus!
No mais,
o dia foi normal, apenas fiz uma faxina
pesada na casa, a única maneira que eu tenho para descarregar a tensão, já que
não posso usufruir da eficiente terapia popular: uma trouxa de roupa bem grande
para lavar. Claro que eu posso dar um
descanso para a máquina de lavar,
mas em confinado, até roupa suja é
mercadoria escassa.
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