segunda-feira, 29 de abril de 2019

Falácia de um trabalhador


          Eu não  enjeito  e nem tenho medo de serviço, seja domingo ou feriado santo, apareceu trabalho remunerado, eu compareço. Levanto cedo, tomo meu café na padaria e  lá vou eu para o batente, ao contrário de alguns  colegas que chegam aos postos de trabalhos, fumam um cigarro, olham as mensagens do whatsApp e depois de uma meia hora  iniciam as suas atividades. Durante a minha  jornada,  se preciso efetuar uma chamada para resolver alguma questão profissional pendente e por descuido, clico no contato de uma, das minhas namoradas, sem a menor cerimônia  peço desculpas pelo equívoco. Horário de trabalho é sagrado e não dou prejuízo ao contratante que  paga para eu trabalhar e não papear com as meninas.
          Dizem que eu sou “Caxias e puxa saco de patrão” não é nada disso, eu labuto pesado não por amor ao ofício, mas por amar perdidamente o dinheiro  resultado da  venda da minha força de trabalho e nem  quero saber dessa tal de “mais-valia” que os filiados aos sindicatos tanto falam. Em meu entendimento as coisas são mais simples: eu ponho o preço no serviço, o  patrão  paga e fecha-se o acordo  entre homens de palavra, e não  há quem duvide da máxima que diz: com dinheiro no bolso qualquer homem é bonito e atraente.
          Como sou um profissional bastante requisitado em virtude  do meu profissionalismo, quase não tenho  tempo para o ócio, mas  quando disponho de uma pequena folga, eu gasto mesmo; em sofisticadas padarias, finos restaurantes, luxuosos teatros  e até mesmo em lugares modestos em companhias alegres  bebendo e comemorando a  vida, e se gasto em um dia, o que levei um mês  para ganhar, não é da conta de ninguém, porque quem levanta parede, bate laje, descarrega  caminhão, sou eu, portanto não tenho que dar satisfação. Minha sina é trabalhar, divertir e pagar a conta!
           

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