Distante está
o tempo em que bairros populares as pessoas sentavam à porta de suas casas
para “tomar a fresca” e atualizarem-se
dos acontecimentos diários. Inúmeras pessoas responsabilizam o WhatsApp pela
perda deste costume saudável, porém, o aplicativo não pode arcar sozinho
com o peso da culpa. O que encarcerou as famílias em seus lares foi a violência e verdade
seja dita, nem mesmo atrás das grades estão seguros porque os jovens ladrões adentram em suas casas,
amarram e torturam os moradores, zombam de seus sofrimentos e ainda levam seus
pertences, fruto de trabalho duro e privações porque a realidade do
trabalhador brasileiro é: para conseguir uma coisa tem que abrir mão de outra,
exemplificando: se uma família deseja viajar, ela terá que reduzir as compras
do mercado,das lojas, lazer etc.
Tentar fugir
da violência dos grandes centros urbanos
e transferir a base residencial para cidades de pequeno e médio porte é perda de
tempo e dinheiro, porque estas também
estão violentas e os jovens assaltantes
já não se preocupam em esconder o rosto. Adolescentes, mulheres e idosos são os alvos preferidos e o sexo feminino, as que
mais sofrem, porque não satisfeitos em pegar a bolsa, são revistas pelos meliantes em busca de pochetes, notas escondidas nas meias, nos seios, ou seja, são
violentadas em sua intimidade.
Em bairros residências
andam assustadas, apressadas e procuram sair
somente no intervalo de nove às
dezoito horas, horário em que os moradores estão acordados para o caso de
precisar pedir socorro. Aquelas que conseguiram o seu automóvel não estão seguras,
antes de manobrar para entrar na garagem, dão voltas no quarteirão com medo de
algum suspeito estar à espreita e, apesar deste cuidado, não raro são
surpreendidas por jovens que
aproveitam o carro da vítima para levar também os eletrodomésticos
de valor. Idosos estão sendo obrigados a aprender novas tecnologias para
efetuar pagamentos e transferências online
porque entrar em uma agência bancária
para sacar dinheiro é tão perigo quanto atravessar um campo minado. Triste é o destino das pessoas de bem: assustadas, acuadas, prisioneiras que sequem podem desfrutar
do direito de ir e vir, apreciar as
estrelas do céu e do seu dinheiro ganhado com muito esforço.
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