O ipê é uma planta
nativa do Brasil e está presente em todos os biomas e se divide em dois grupos: o do cerrado, mais
baixo, com aproximadamente dez metros de altura e os da mata que atinge vinte
metros. São árvores generosas com seus galhos retorcidos e raízes profundas oferecem
sombra aos viajantes exaustos, abrigam pássaros, insetos, e de junho a agosto, o
verde das matas é realçado com o contraste de sua florada.
Em junho as
paisagens são enfeitadas com abundantes flores roxas, cor ligada à espiritualidade, magia e misticismos.
A beleza que oferece sombra, que acalenta quando o vento bate em suas folhas é um convite a uma reconexão com o Criador
e com a magia da terra.
De julho até agosto, a cor do cerrado vai transformando e o amarelo desponta com simplicidade
e elegância! É a vez da florada do ipê amarelo, espetáculo de tamanha
beleza que em 1961, o então presidente
Jânio Quadros, declarou-a, “flor símbolo Nacional.” É um presente da natureza
para o homem para que ele possa recarregar suas energias e inspirá-los a se tornarem pessoas melhores. E
para fechar o ciclo, já no final de
agosto, o observador atento pode
distinguir entre o verde, as flores do ipê branco, como a convida-lo
para deixar a paz entrar suavemente em seu coração.
Este é um espetáculo que a natureza oferece anualmente e abençoado são aqueles que podem
agraciar os olhos cansados dos cinzas das cidades com as cores que duram
em média cinco dias, porém, a imagem
acalenta a alma até a próxima florada, que independente da vontade do homem, segue o seu ciclo natural, como a lembra-lo
da efemeridade da vida terrena e a lindeza das flores caídas no chão o conduz a
uma reflexão: Quais são os mistérios do ciclo nascimento, vida e morte?
Bem – aventurados são aqueles que cresceram observando o ciclo
da vida no cerrado, a caixa d’ água do Brasil, subiram em árvores, colherem flores e frutos e
cochilaram à sombra das árvores ouvindo os
pássaros cantar, sentido o cheiro da terra enquanto o vento soprava leve. As árvores dos cerrados são
resistentes. Com seus troncos e galhos tortuosos e raízes profundas,
sobrevivem ao tempo das águas e das secas e observam as sucessivas gerações humanas que desfrutam de sua generosidade.
Se você gostou desta crônica, escreva
nos comentários, sobre a árvore que lhe viu crescer.
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