Você
recomendou-me que eu procurasse
apoio na igreja, familiares, medicina alternativa e convencional como
psiquiatria para que eu pudesse aprender
a lidar com a rejeição. Eu não quero aprender a lidar com a galharda, é mais um
equívoco seu, inclusive, já mandei serrá-la, rente ao couro cabeludo e as
raízes foram extirpadas com o buticão de
um bom veterinário. Quem precisa se
curar do complexo de segundo lugar, preterida é você e não adianta aprofundamento espiritual
e crendices populares, nada disso lhe
devolverá a sua autoestima porque a sua
cura depende da minha medicação
personalizada que você conhece de um passado longínquo, e era boa, pois sem
querer, implantei em você a paixão, o
prazer de me amar e ser amada, por mim.
A poção mágica
capaz de libertá-la desse grilo psicótico, que você está a sentir
com relação à minha pessoa é
exclusividade minha e deve ser ministrada
em doses homeopáticas até aliviar o seu ego machucado, a questão é: será
que eu tenho tempo e disposição para cuidar do
faniquito que você diz que lhe causei
em nosso último jantar? Abra a sua comporta emocional e deságue esses pensamentos equivocados em outros rios porque eu sei que após a nossa separação você se
envolveu em outros relacionamentos e
agora acusa-me de ser o responsável pelas suas dores de amor. Eu não vou
assumir uma carga que não é minha, procure outra transportadora e doravante não mais lerei a sua correspondência.
A partir de hoje, minhas manhãs serão
dedicadas a leitura de textos enviados
por uma pessoa inteligente cujos trabalhos possuem frases concatenadas
capazes de adequar as necessidades pessoais, intelectuais do leitor que por si
mesmo, vai detendo em uma ou outra imagem que o faz viajar mentalmente
para locais distantes que deixaram saudade ou que desperta-lhe o interesse de conhecê-los.
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