quinta-feira, 18 de abril de 2019

Fumaça líquida


          Não há  uma data precisa de quando homem desenvolveu a técnica de defumação de alguns alimentos  com o intuito  conserva-lo  para ser consumido em períodos de escassez ou apenas em um futuro próximo. Há  evidências  que mostram que fenícios, egípcios e gregos salgavam e defumavam peixes para transporta-los e que  a carne de bisão e veado era assim preparada pelos índios americanos.
          O processo de defumação consiste em expor a  carne salgada à fumaça, prioritariamente de carvalho e elmo  porque madeiras resinosas  comprometam o sabor  característico original do  alimento. As deliciosas iguarias defumadas são  caras e não estão  ao alcance da maioria da população  assim, as donas  de casas se vêem obrigadas a procurar alternativas similares e entre as muitas opções disponíveis no mercado  está a fumaça líquida, facilmente encontrada em   lojas de temperos e tem atraído a atenção dos consumidores mais pela curiosidade  do que pela expectativa  de acrescentar mais sabor aos pratos. Para muitas pessoas é simplesmente inconcebível  a possibilidade de haver  fumaça líquida, assim, em rodas de conversa gastronômica, já lançam o boato que  se trata de mais um produto químico lançado no mercado com o objetivo de enganar o consumidor, outros, movidos pela curiosidade,    pesquisam   os ingredientes, meio  de produção, riscos à saúde e compram para experimentar, já que a  vendedora afirma que deixa os alimentos com sabor do bacon comum.
          A fumaça líquida é um produto industrial, criado para baixar os custos dos defumados. O processo de fabricação consiste em condensar a fumaça e os vapores resultante da queima, prioritariamente  de  carvalho,  nogueira,  noz, elmo, filtra-la e engarrafa-la. Em produtos industrializados em pratos  gourmet preparados por grandes chef’s,  o resultado é o esperado, porém,   já naqueles preparados pelas donas de casas comuns e adquiridos  em comércios populares o resultado é frustrantes e o custo é maior do que o benefício.



Nenhum comentário:

Postar um comentário