Hoje é o dia
do trabalho! Lideranças sindicais promoveram festa para o deite dos profissionais de todas as áreas. Será que de fato, existe algo a
se comemorar? Em consonância com as mudanças nas leis
trabalhistas e na Previdência
Social o trabalhador brasileiro está fadado a morrer de inanição em alguma fila de emprego, caso ele tenha
forças para chegar até lá, porque aumenta-se a idade para aposentar e os empregadores buscam contratar cada vez
mais, pessoas mais jovens
Maria, aos
35 anos de idade, cursou pedagogia,
graças ao Prouni, foi aprovado em um concurso, porém, este expirou antes de sua
nomeação, também não conseguiu um contrato na rede
pública porque sua pontuação é zero, e
quando chega a sua vez, não há mais aula
e, em escolas particulares, também ouviu não, alegando que preferem pessoas com
experiência. Aos 47 anos de idade, dois
filhos adolescentes, após o falecimento do marido, que estava desempregado e a
deixou sem pensão, se viu obrigada a retornar à casa materna e quatro pessoas
vivem do salário mínimo que a aposentada recebe e que ela sabe não poder contar com ele por muito tempo porque além da idade avançada, sua mãe está doente, Maria é uma preguiçosa, explorada de idosa? Não, ela é
mais uma vítima da negligência dos governantes para com o povo.
O dia de Maria começa com ela batendo de porta em porta, oferecendo sua força de trabalho e
colecionando não; ela não escolhe
serviço, quer apenas ter condições de sustentar seus filhos dignamente e não
depender da caridade de vizinhos e familiares. Para uns contratantes ela é considerada velha, para
outro, como não tem registro em carteira é vista como incapaz de aprender atividade nova.
Como ter experiência se não lhe é dada a pessoa, a
oportunidade de mostrar o seu potencial?
Como garantir o seu sustento na velhice com a aposentadoria se as portas do mercado
de trabalho se fecham para as pessoas maduras?
Há lutas ferozes contra a exploração da mão de obra infantil
e ao mesmo tempo, fecham-se as portas
trabalhistas para os genitores!
Não a nada que possa ser comemorado porque o desemprego cresce na velocidade da
luz e há um prenúncio de miséria generalizada
entre aqueles que apenas queriam
trabalhar.
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