Não é verdade
que as pessoas se acostumam com a violência;
acontece que elas não têm outra opção, já que não está em sua alçada resolver as questões de
segurança pública, verdade que elas são portadoras da força do voto, porém,
a nação brasileira ainda não está
politizada o suficiente para fazer uma escolha criteriosa de seus
representantes, e consequentemente, o medo faz parte da rotina de toda a população, nem mesmo os indigentes
podem dormir sossegados nas ruas frias das cidades.
Não é raro à
mídia noticiar que mendigos foram mortos a pauladas, tiros e por queimaduras
enquanto repousam nas calçadas geladas
das grandes cidades. Militares que fazem ronda noturna e adentram em zonas mais
perigosas tem sua vidas ceifadas a
queima roupa e em
emboscadas. Os
trabalhadores, quando em casa, estão sempre de sobreavisos, com medo de terem
suas casas arrombadas, ao sair para o trabalho, sempre em alerta preocupados com a possibilidade de
serem a próxima vítima e ficar sem a carteira com documentos e o pouco dinheiro
para a condução e refeições, e quando no exercício da função, não podem baixar
a guarda porque estabelecimentos comerciais sempre são invadidos por bandidos impiedosos e
fortemente armados, razão pela qual é comum ver em periferias, funcionários atender os clientes protegidos por uma grande. Quando surgiu o cartão
para saque em bancos, os mais ingênuos respiraram aliviados por
acreditar que já não seriam o alvo
predileto dos meliantes, mas não foi assim, a situação ficou pior, surgiu uma nova modalidade de crime: o sequestro relâmpago,
no qual o padecente ficava em poder dos marginais até eles conseguiram
limpar a conta e doravante os trabalhadores passaram a
suspirarem de pavor e com o advento da popularização da máquina de cartão, estas logo foram parar em mãos
erradas e é muito comum atualmente, ao serem abordadas, os ladrões exigirem o
cartão e a senha e não satisfeitos em
fazer a transferência de todo o dinheiro, vão embora levando a carteira com
todos os documentos e o cartão o que causa um grande transtorno à vítima e não
adiante ficar em casa e fazer tudo pela internet porque os cibercrimes são bem
comuns.
Não há nenhuma esperança a vista porque não
existe uma política pública de valorização
da vida e regaste de valores universais. Quem sabe, nos próximos quinhentos anos, os trabalhadores brasileiros possam caminhar serenos pelas ruas
e dormir tranquilamente o sono dos justos isto se a comunidade, a igreja e o estado se unirem em
prol da vida.
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