O sonho de grande maioria de pessoas solitárias,
sensatas e pobres que acreditam que a
vida é bem mais do que trabalhar, cuidar da casa, e no escasso tempo para o ócio, entreter-se com
o whatsapp e televisão é morar em cidade
costeira, para que possa conviver com pessoas diferentes em épocas de temporadas, caminhar na praia e desfrutar o máximo
possível do prazer de banhar-se nas águas mornas do Oceano Atlântico, mas se a
escolha for o litoral paulista, no primeiro outono seu desejo acalentado a
anos estará mofado em virtude da alta umidade do ar e maresias.
A praia e o
mar são como o sol, sempre disponível
para todos, sem discriminação, porém na vida da população de baixa renda para
ter um benefício sempre tem que abrir mão de outro e para desfrutar destes prazeres gratuitamente, que a natureza oferece há que
se travar uma luta diária com o mofo que teima em invadir os armários, paredes, colchões, sofás e abrir mão da cerveja ao entardecer nos
quiosques para economizar dinheiro para
a compra de produtos para combater a praga doméstica denominada bolor e para a
troca de móveis que serão em médio
prazo, consumidos pela maresia.
Levantar cedo
e descansar na praia ouvindo o marulhar é
um sonho que ficou no passado porque a rotina de quem mora no litoral
paulista é levantar cedo, tomar café
e armar-se até os dentes com vassouras, rodos,
panos de chão de limpeza, balde com água e vinagre e outros produtos industrializados que prometem acabar com a praga
do mofo e sair à caça do invasor, que reproduz
mais que coelhos. Em rodas de amigos sempre há uma pergunta básica: Como você faz
para combater o bolor? E aí começa o desfile de dicas domésticas que claro, não tem o poder de acabar com a praga, e quando na intimidade do lar, nada de assistir séries na TV paga, mas pesquisar na internet novos lançamentos da indústria que sejam capazes de ajudá-la a vencer a guerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário