O
carnaval acontece em todas as regiões brasileiras e movimenta a economia, razão
pela qual, os prefeitos de cidades
pequenas, com o mínimo de tino
administrativo, apoiam iniciativas particulares de blocos de rua e, quando há
recursos disponíveis, a Prefeitura
patrocina as festividades de olho no
retorno. A Secretaria de Saúde,
prevendo gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, que oneram o
SUS, (Sistema único de Saúde), com o
objetivo de evitar este custo, promove campanha educativa de
orientação e prevenção à população,
incluindo a distribuição gratuita de folders e preservativos. As mulheres
solitárias esperam ansiosamente pelas quatro
noites de folia, na expectativa de viver
a tradicional e efêmera paixão de carnaval.
Por ser uma festa anual a mercadoria
fica estocada durante 11 meses e os
lojistas, ávidos de lucro, ajustam os preços com valores bem acima do que realmente vale o
produto. Para brincar o carnaval seja na rua ou em clube; o custo da produção feminina é alto e
as solteiras disponíveis na pista, são obrigadas a parcelar no cartão as fantasias escolhidas porque precisam de
dinheiro vivo para os cuidados corporais, como depilação, hidratação do cabelo,
maquiagem, unhas e por aí afora. O sonho fica bem acima de suas reais posses e ainda precisam se preocuparem com o táxi,
caso se perca do eleito no final da festa.
Durante as quatro noites de carnaval,
não medem esforços: Seguem trio
elétrico, brincam no clube, percorrem
bares mais movimentados, se aventuram
até no Rebanhão promovido pela Igreja
Católica e no churrasco em casa de parente e nada! Ao retornar ao lar após a maratona de quatro noites sem a lembrança sequer
de um beijo roubado, com o coração repleto de frustração e os pés em chaga aberta, só resta às solitárias
contabilizar os prejuízos porque em tempos
de crise é mais fácil acertar na mega-sena do que encontrar um homem disponível
na pista.
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