Além de sentir na pele, a demora no atendimento, eles ainda teriam a
oportunidade de conversar com os seus
eleitores, de igual para igual, uma vez que todos estariam na fila de espera
para atendimento médico, passando mal,
muitas vezes com fome e sozinhos.
Durante a longa espera, ele poderia
ouvir o lamento de um trabalhador rural,
com mais de 75 anos de idade, que começou a labuta com a enxada nas mãos aos sete anos de idade, debaixo de chuva fria ou sol escaldante e, em virtude dos
baixos salários pagos na zona rural,
sequer conseguiu comprar um casinha
modesta, na periferia, para o repouso do
corpo cansado e sem força na velhice.
Sua energia ficou na saca de feijão,
arroz, milho, café que alimentou do mais pobre ao mais rico do país e,
agora, com tantos janeiros nas costas,
com uma pequena aposentadoria que mal dá para o sustento da casa, quase tem que
implorar por atendimento médico e
remédios de amostra grátis, porque nas
farmácias públicas, estão sempre em falta e com a renda mensal que tem, ou
compra comida e paga o aluguel ou avia a receita. Escolha difícil!
Se os políticos brasileiros sentissem na pele, a dura realidade dos idosos, ouvissem de coração aberto a história
de suas vidas permeadas de muito
trabalho e carestias, talvez criassem
políticas públicas que propiciassem a
todos uma vida digna, na qual, a aposentadoria do trabalhador rural desse
para suprir as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde e até
lazer. Aquele que trabalhou na lavoura, alimentou milhares
de pessoas e, na velhice, passar fome
é uma vergonha nacional!
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