quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Políticos e eleitores

                   Se fosse de interesses dos políticos brasileiros trabalharem para melhor à Saúde Pública brasileira, eles procurariam  uma Unidade de Pronto Atendimento ( UPA) e constatariam que de  pronto, somente  o nome porque os pacientes esperam em média oito horas para serem atendido, em casos simples, como torções, gripe, sinusite etc.
            Além de sentir na pele,  a demora no atendimento, eles ainda teriam a oportunidade de conversar com  os seus eleitores, de igual para igual, uma vez que todos estariam na fila de espera para atendimento médico,  passando mal, muitas vezes com fome e sozinhos.
            Durante a longa espera, ele poderia ouvir  o lamento de um trabalhador rural, com mais de 75 anos de idade,  que  começou a labuta com a enxada nas mãos  aos sete anos de idade, debaixo de chuva  fria ou sol escaldante e, em virtude dos baixos salários pagos  na zona rural, sequer conseguiu comprar um  casinha modesta, na periferia, para  o repouso do corpo cansado e sem força na velhice.
            Sua energia ficou na saca de feijão, arroz, milho, café que alimentou do mais pobre ao mais rico do país e, agora,  com tantos janeiros nas costas, com uma pequena aposentadoria que mal dá para o sustento da casa, quase tem que implorar por atendimento médico  e remédios de amostra grátis,  porque nas farmácias públicas, estão sempre em falta e com a renda mensal que tem, ou compra comida e paga o aluguel ou avia a receita. Escolha difícil!
            Se os políticos brasileiros  sentissem na pele, a dura realidade dos  idosos, ouvissem de coração aberto a história de suas vidas permeadas de  muito trabalho e carestias, talvez  criassem políticas públicas  que propiciassem a todos uma vida digna, na qual, a aposentadoria do trabalhador rural  desse  para suprir as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde e até lazer.   Aquele  que trabalhou na lavoura, alimentou milhares de  pessoas e, na velhice,  passar fome   é uma  vergonha nacional! 

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