quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

De férias, fotografando

                  Férias é ótimo! Principalmente para os adultos, sem filhos, ou aqueles  cuja prole já   disse adeus ao ninho e voou  para bem longe para  dar continuidade à família sem a tutela dos progenitores. Mas para os  pais, que moram em apartamentos pequenos, sem espaço destinado a recreação, garantir a diversão das crianças, sem incomodar os vizinhos e desrespeitar as regras do condomínio pode ser uma tarefa quase impossível, principalmente, quando o orçamento familiar está apertado e Colônia de Férias, somente em sonhos. 
            O período de férias escolares é ideal para fortalecer os laços afetivos, divertir, descansar  e  também, ampliar o conhecimento de um jeito lúdico, sem cobranças e sem comprometer o orçamento. Diante da crise política e financeira que o  país atravessa, é um bom momento para ensinar economia doméstica, ao analisar  as possibilidades  para sair da rotina. Resgatar o antigo  hábito de escrever cartas é uma boa  opção em virtude do baixo custo, desenvolvimento da leitura e da escrita e do carinho envolvido em  toda correspondência pessoal.
Todas as formas de inscrição gráficas surgiram da necessidade humana de se comunicar e expressar  sentimentos.  Vasta literatura relata que o desejo do homem de comunicar-se à distância precedeu o uso da escrita e  faziam uso dos recursos disponíveis como os sinais de fumaça,  toque de tambores.
O  selo postal  contribuiu para o desenvolvimento da comunicação à distância, e pela seriedade  com que são emitidos, passando pelo crivo da Empresa Brasileira de  Correios e  Telégrafos, Ministério das Comunicações, Comissão Filatélica Nacional os selos postais conquistaram   as famílias  por ser um artefato que expressa graficamente um ato comunicativo; e é um eficiente  veículo de divulgação da cultura nacional no exterior e, com a criação dos selos personalizados, uma ferramenta  de fácil manuseio, de baixo  custo que ser ótima uma opção para  atividades diferentes com os filhos, nas férias escolares.
A democratização  da fotografia ocorreu  no século XIX, com o lançamento da primeira câmera comercial e do filme flexível. No final da década de 1980,  são lançadas as câmeras digitais  e com o advento da internet e  site de relacionamentos  é  largamente usada por crianças  e adolescentes que  postam  fotos pessoais  de familiares e amigos. Com o distanciamento que as crianças urbanas têm da natureza, e dos problemas ambientais enfrentados, uma opção de  diversão e conscientização, juntamente com os  responsáveis é fotografar os pequenos seres que tiveram que se adaptar  a vida nas cidades como os pardais, lagartixas  e outros.
A visão é  um dos sentidos mais aguçados dos seres humanos e  na sociedade atual, dominada pela imagem, acredita-se ser necessário  ensinar aos  filhos a leitura de imagens, sensibilizá-los e informá-los por meio da  beleza, mediado por fotografias de  profissionais especialistas em natureza e  de fotos produzidas por eles da biodiversidade local. Apresentar aos pequenos, fotografias, por exemplo,  de Luiz Cláudio Marigo e  Adriano Gambarini, é uma excelente oportunidade de direcionar o olhar  para a riqueza do bioma brasileiro; sem conhecimento  não  há amor e sem amor, não existe o cuidado necessário para com a terra.
Após   a pesquisa  online, convide os filhos para um trabalho de campo: Fotografar a fauna e flora urbana, não esquecer sequer das formigas, daquela  flor que desabrochou em um lugar improvável, como a  fenda  em um velho muro. Escolha a   foto mais significativa, vá com eles  a Agência Central de Correios e faça a um selo personalizado, estimule-os a escreverem  cartas aos parentes e amigos distantes;  além de fortalecer os laços de amizades, divulgar o trabalho da criança, todos os envolvidos terão a chance de  se conectaram com a beleza real da cidade,  que na correria diária, com os olhos fixos na tela do celular, passam despercebidos.  Pode ser uma opção de férias diferente e nem por  isso, menos divertida.

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