sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Escolhas erradas

                           “Se você trabalhar no que quer, corre o risco de viver como não quer”  Celeste ouviu esta frase, de seu gerente, em uma conversa informar sobre realização profissional, qualidade e padrão de vida. Estas palavras  tiveram forte impacto sobre ela, bem mais do que anos de terapia, porque, a partir delas,   iniciou uma dolorosa reflexão sobre as escolhas erradas que fez, perseguindo o sonho de um trabalho prazeroso, porém, mal remunerado.
             Embora de família  de boa condição financeira, Celeste não teve nenhum apoio e abdicou dos prazeres da juventude, trabalhando, economizando, estudando, tudo por uma realização profissional.  Deixou de viver e o sonho profissional tornou-se um pesadelo, sua vida  financeira, uma carestia crônica.
            Idosa, frustrada profissionalmente, se ajoelha para agradecer  mais um contrato de trabalho com um baixo salário, em uma empresa onde as relações  entre os colegas são difíceis, mas é tudo que conseguiu e agradece a Deus por ele, porque pingar é melhor do que faltar e, o mais triste, não tem a quem culpar pela sua  atual situação financeira, porque é fruto de suas escolhas erradas, na juventude e maturidade. Ela não aprendeu com os erros. Valorizou  a fantasia e esqueceu da realidade: A  velhice chega para todos e com ela, a fraqueza, o cansaço, remédios, necessidade de ajuda  e menos oportunidade  no mercado de trabalho.

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