Embora de família de boa condição financeira, Celeste não teve
nenhum apoio e abdicou dos prazeres da juventude, trabalhando, economizando,
estudando, tudo por uma realização profissional. Deixou de viver e o
sonho profissional tornou-se um pesadelo, sua vida financeira, uma
carestia crônica.
Idosa, frustrada profissionalmente, se ajoelha para agradecer mais um
contrato de trabalho com um baixo salário, em uma empresa onde as
relações entre os colegas são difíceis, mas é tudo que conseguiu e
agradece a Deus por ele, porque pingar é melhor do que faltar e, o mais triste,
não tem a quem culpar pela sua atual situação financeira, porque é fruto
de suas escolhas erradas, na juventude e maturidade. Ela não aprendeu com os
erros. Valorizou a fantasia e esqueceu da realidade: A velhice chega
para todos e com ela, a fraqueza, o cansaço, remédios, necessidade de
ajuda e menos oportunidade no mercado de trabalho.
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