Eita final de ano solitário! A mídia fazendo terrorismo com a nova cepa do coronavírus na Europa e ainda, em pleno verão, época do ataque anual do Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue, ele está esquecido pelas autoridades e meios de comunicação de massa. Há quem pense que o coronavírus matou o antigo forasteiro e apossou de suas vítimas. A questão que está na boca do povo é: esse alarde todo é para preparar o povo para a vacinação em massa? Profissionais conscientes e com foco na cura já perceberam que existe medicamentos antigos capazes de conter o avanço do vírus no corpo humano, assim, a única saída para os laboratórios ganharem rios de dinheiro é com a vacina, especula a população. Ninguém sabe a verdade e o que realmente está por trás desta pandemia, então, a única opção para as pessoas do grupo de risco é ficarem em casa, feito homens das cavernas, apenas a desejar a presença da pessoa amada ao seu lado, a fazer-lhe um cafuné enquanto esperaram o passar das horas, que estão cada dia mais lento, e quando as doces lembranças se perdem no ar feito fumaça, o ciúme corrói o coração, ao pensar na possibilidade da pessoa amada estar aconchegada em outro ninho, o que pode ser perigoso. As doenças vêem para que a população entenda a importância da exclusividade, promiscuidade representa um perigo para a perpetuação da espécie.
Durante o confinamento, quando o tédio
dá uma trégua, o ser solitário, reflete sobre as injustiças para com as
pessoas antes do convívio diário, agora separadas pela Covid-19 e o solitário percebe o quanto foi injusto ao
chamar o seu irmão de estranho. Sendo ele, a terceira geração de “ Manoel” com
certeza, já deve ter assimilado a sabedoria dos ancestrais e somada às vibrações do nome que vem do hebraico – Immanuel: Deus conosco” e no
silêncio da caverna, onde está hibernado, conclui que o seu irmão é um homem sábio,
que encontra sua força na solidão e no silêncio, e não há nada de estranho nele
e que ele deve ter alma de cientista e talvez, as coisas corriqueiras do dia a
dia sejam-lhe terrivelmente tediosas. Em vez de criticá-lo, o certo seria
pedir o seu parecer referente as decisões
relacionadas ao patrimônio da família e sobre as mazelas da vida. Além das reflexões, o isolamento social traz à
tona os cheiros e sabores de outrora encontrados em viagens, como o Canastra,
que é o orgulho do Centro Oeste Mineiro, produzido na região da Serra da
Canastra, amarelo e de sabor forte, delicioso e único, cuja forma de produção é tombada como patrimônio imaterial.
Que venha logo esta vacina, senão muitos neurônios serão queimados de tanto
pensar, que por sinal, é a única
opção daqueles que possuem comorbidades.
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