segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Em confinamento

                                Eita final de ano solitário! A mídia fazendo terrorismo com a nova cepa do  coronavírus na Europa e ainda, em pleno verão, época do ataque anual do Aedes aegypti, popularmente conhecido como mosquito da dengue, ele está esquecido pelas autoridades e meios de comunicação de massa. Há quem pense que o coronavírus matou  o antigo forasteiro e apossou de suas  vítimas. A questão que está na boca do povo é: esse alarde todo é para preparar o povo para a vacinação em massa?  Profissionais conscientes e com foco na cura já perceberam que existe  medicamentos antigos capazes de  conter o avanço do vírus no  corpo humano, assim, a única saída  para os laboratórios ganharem rios de dinheiro é com a vacina, especula a população. Ninguém sabe a verdade e o que realmente está por trás desta pandemia, então, a única opção  para as pessoas do grupo de risco é ficarem em casa, feito homens das cavernas, apenas a desejar   a presença da pessoa amada ao seu lado, a fazer-lhe um cafuné enquanto esperaram o passar das horas, que estão cada dia mais lento, e quando as  doces lembranças se perdem no ar feito fumaça, o ciúme corrói o coração, ao pensar   na possibilidade da pessoa amada estar  aconchegada em outro ninho, o que pode ser perigoso. As doenças vêem para que a população entenda a importância da exclusividade, promiscuidade representa um perigo para a perpetuação da espécie.

            Durante o confinamento, quando o tédio dá uma trégua, o ser solitário, reflete sobre as injustiças  para com as  pessoas antes do convívio diário, agora separadas pela Covid-19 e  o solitário percebe o quanto foi injusto ao chamar o seu irmão de estranho. Sendo ele, a terceira geração de “ Manoel” com certeza, já deve ter assimilado a sabedoria dos ancestrais  e somada às vibrações do nome que vem  do hebraico – Immanuel: Deus conosco” e  no silêncio da caverna, onde está hibernado, conclui que o seu irmão é um homem sábio, que encontra sua força na solidão e no silêncio, e não há nada de estranho nele e que ele deve ter alma de cientista e talvez, as coisas corriqueiras do dia a dia sejam-lhe terrivelmente tediosas. Em vez de criticá-lo, o certo seria pedir  o seu parecer referente as decisões relacionadas ao patrimônio da família e sobre as mazelas da vida.  Além das reflexões, o isolamento social traz à tona os cheiros e sabores de outrora encontrados em viagens, como o Canastra, que é o orgulho do Centro Oeste Mineiro, produzido na região da Serra da Canastra, amarelo e de sabor forte, delicioso e único, cuja  forma de produção é tombada como patrimônio imaterial. Que venha logo esta vacina, senão muitos neurônios serão queimados de tanto pensar,  que por sinal,  é a única  opção daqueles que possuem comorbidades.

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