O que faz o isolamento social? Até conversar com as paredes. Eu disse que ia trocar a terapia de – de leitura para a escrita, porém, esta semana tive muito trabalho extra, preparando a chegada dos meus novos pimpolhos, e já no primeiro dia, identifico o meu primeiro ajudante, sempre aquela criança carente de tudo: beleza física, segurança emocional, fluência verbal, espontaneidade e poder aquisitivo e o meu objetivo com esta atitude é que ele sinta-se incluído e desenvolva as habilidades que lhe falta. Estou ciente que as aulas presenciais retornarão em fevereiro de 2021 e já estou trabalhando o tema para a recepção dos educandos que será: A paz do mundo começa na escola. Parede, você sabe o que justifica a escolha deste tema? Não precisa responder, eu sei que as pessoas estão com os nervos à flor da pele e temo uma explosão de conflitos com o retorno as aulas, após um ano de reclusão.
Com tantas tarefas a serem realizadas,
eu caí na escada, por sorte não quebrei nada, mas como firmei com as mãos, elas
também estão doloridas e eu vou ter repousar
por uns três dias e aproveito para assistir as live dos artistas e
demais profissionais em busca de seus quinze minutos de fama. Sinto falta dos
eventos presenciais, até a despedida do
nosso pároco foi virtual. Contradizendo o ditado popular que diz “que ninguém é
insubstituível, posso dizer que este
religioso é: Ele é um franciscano autêntico! Humilde, culto, sábio. Fiel a espiritualidade da Ordem, ele
acolhe com sabedoria e respeito as minorias e suas tradições. Foi pioneiro ao
levar os festejos de raízes africanas como o Reinado e a Congada para dentro da igreja e a igreja para o parque de
exposição agropecuária em um sincronismo religioso emocionante. Com mais de
setenta anos de idade, esbanjando vitalidade, ele celebra, abençoa, participa
das missas conga, sertaneja, seminários, lançamentos de livros e muito mais. Admiro pessoas como ele, que
consegue acompanhar a evolução social
sem perder as suas raízes. Infelizmente, são poucas as pessoas, formadoras de
opinião que conseguem conviver em harmonia
com as diferenças.
Aproveitei estes dias em que estava de
repouso para reler o clássico da
literatura infantil, que encanta também os adultos, Bambi, do escritor
austríaco, Feliz Salten. Os livros precisam repousar em várias mãos para
cumprirem sua missão, assim, o doei para a Anita, filha da Tânia, da padaria da
esquina. Esta geração conectada precisa
ter contato com o papel e leituras mais longas. Acredito que vá gostar, é uma
leitura leve, poética e que nos deixa mais ternas. A sensibilidade do autor ao descrever a vida na floresta é impressionante! Ele
entende os sentimentos dos animais. O
trecho que jamais esquecerei refere-se à despedida do gamo chefe, quando ele
diz ao Bambi que lhe ensinara tudo que sabia. Agora estou lendo A mitologia na
vida cotidiana. Leitura interessante, porém, cansativa. Estou a pensar em mudar
o visual, cortar uma franja, mudar a cor, colocar borgonha, o que você acha, em
parede?
Pensei em enviar um áudio para a Tereza, falando sobre a minha queda,
mas como ela é ex-futura médica
frustrada, por ter abdicado da carreira
em prol do amor, não exitaria em
receitar-me um remédio dispersível, destes
em que pegamos o comprimido, colocamos em um copo com água até a metade,
com uma colher, vamos rodando, rodando,
rodando dentro do copo, até o comprimido ficar dissolvido,totalmente. Então,
bebemos aquela água, de seis em seis horas e quando a dor estiver passando,
aumenta-se o intervalo para de oito em
oito horas até sarar. Como vê parede, já decorei a receita dela. O que faz uma
quarentena! Tornar-se-a amiga de infância da parede.
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