Com o déficit de homens no mercado, as mulheres que anseiam por um companheiro precisam usar de inteligência e estratégias para afugentar as rivais sem que o escolhido perceba as suas reais intenções. Assim como tantas, Rosalina precisou fazer uso de algumas artimanhas já utilizadas antigamente, pela matriarca da família, quando o casamento era a melhor opção para o sexo feminino. Quando ela conheceu Raul, ele lhe disse que estava separado, porém, a ex-esposa, permanecia em sua casa de campo por duas razões: não tinha para onde ir e cuidava da propriedade, sendo desnecessário pagar um administrador, o que era bom para ambos. Embora achasse suspeita a explicação, a jovem não contestou, aparentemente esqueceu o assunto, mas esperou o momento propício para sanar a dúvida. Ás vésperas do dia dos namorados, enviou-lhe um cartão postal, sem nada escrito, mas com marcas de beijos, feitas com o auxílio de um batom vermelho escuro.
Após um dez
dias da postagem, ao abrir a sua caixa
de e-mail, deparou com uma mensagem do namorado, que estava furioso, pois aquela que ele dizia sua ex-esposa, fora à
cidade fazer umas compras e aproveitou para pegar as correspondências no Correio
e encontrou o cartão, o que a deixou transtornada e ao gritos, dizia que o postal, embora não
estive assinado, era sim, dela. E
continuou a desfilar seus impropérios, que Rosalina não deveria ter feito isto,
porque aquele era o endereço de correspondência da casa de campo, que pertencia
a outro municio, que deveria ter enviado
para o seu endereço residencial, e também, que não estava sabendo que era seu namorado.
E ele tinha certeza, que Rosalina fizera aquilo para provocar a ex-esposa, e
que nunca, nunca, nunca mais fizesse isso porque ele já havia notado que a simples menção do nome de
Rosalina altera o equilíbrio emocional dela e que apesar da separação, alguma
coisa relativamente ao psiquismo dela, a
prende a ele, o ex-esposo. E para completar, ele alegou que não se sentiu nem
um pouco lisonjeado com o recebimento do cartão, porque não aprecia este tipo
de correspondência, sem remetente, e que caso o
postal fosse dela ( Rosalina) que lhe explicasse detalhadamente o
motivo, já que ele não considera namorado dela. Que ele tem ciência de que
muitas mulheres, inclusive ela, nutrem por ele, um amor incondicional, outras que o odeia com todas as suas forças e
também há aquelas que querem apenas judiar dele, sem qualquer motivo para fazer
isto e ainda há aquelas que lutam por
ele, mesmo sabendo que o tempo e a oportunidade delas passou. Por exemplo, a este último grupo
de mulheres, e são inúmeras, estão a Tânia, que ele nunca conheceu, apenas
trocaram cartas calientes e faz 25 anos que ela não esquece um dia festivo e
lhe envia cartão, agora somente virtual; no momento, com o coração e
sentimentos queimados, em face de desavenças amorosas, que fiquem bem claro,
que ele não quer namoro sério, apenas
aproveitar a vida de preferência em companhia feminina. Que ao seu lado quer
apenas mulheres cultas, livres e situação financeira definida. Finda a leitura
da mensagem, Rosalina, fez o que qualquer mulher inteligente e bem resolvida
faria: Deletou-o de sua vida, a
estratégia dera certo, suspirou aliviada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário