sábado, 26 de novembro de 2016

Ler é alimentar a alma



Que delícia! Hoje acordei  ouvindo a chuva, mansa e continua que caía sobre a terra. Com  muito esforço resisti a tentação de continuar na cama apenas ouvindo do som da água que molhava a terra. Lá pelas oito horas ela parou e o dia continuo apenas nublado e uma temperatura  agradável, quiçá amanhã eu desperte novamente assim.

Ontem eu li até a página 91 do livro  O PROFETA, DE  GIBRAN KHALIL GRIBRAN, edição de 1963, eu tinha três anos  idade quando foi lançado no Brasil. Uau! Um livro especial, delicioso de se ler, é como se estivesse conversando a sós com o autor. Também pudera,, Gibran levou 25 anos para  escrevê-lo, fala das coisas simples  e universais da vida. Não me recordo de quanto tempo está comigo, mas agora é hora de  passar para outras mãos e alimentar outra alma, assim, decidi que amanhã eu vou  deixá –lo em um local público, para que seja encontrado pela pessoa certa, receptiva aos ensinamentos do Mestre, o Universo fará com que  eles se encontrem.
Ontem quando eu o encontrei na estante e decidi relê-lo não pensava em doá-lo, porém quando li o capítulo sobre a dádiva mudei de ideia e tenho certeza que tomei a decisão certa. O Parágrafo é tão lindo, que não resisti e transcrevo um pedaço para você com muita ternura..
(...) “ Tudo que possuis será um dia dado. Daí, portanto, agora para que a época da dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros. Dizei muitas vezes: - ‘eu daria, mas somente a quem  merece.’  As árvores de vossos pomares não falam assim nem os rebanhos de vossos pastos. Dão para continuar a viver POIS RETER É PERECER”

Apreciei também  o que o profeta disse sobre o casamento, é uma lição para pessoas ciumentas, egoístas, autoritárias e possessivas “ (...)  amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão”. É uma pena que muitas pessoas   não entendem que a pessoa amada precisa de espaço,  de liberdade e também ter suas necessidades atendidas, por mais banais que possam parecer.   

 Transcrevo para você também  um parágrafo do  capítulo que o profeta fala sobre o prazer. Um  bom exemplo para a nova  sociedade que se preocupada apenas em satisfazer as tuas necessidades individuais, em acumular, em ter, ter e ter, esquecer do ser, do trocar, do compartilhar.
            Então o ermitão  pediu  que o profeta falasse sobre o prazer (...)  “ E agora vós perguntais em vosso coração: como distinguiremos o que é bom no prazer do que é mau? Idem pois, aos vossos campos e pomares, e, lá, aprenderei que o prazer da abelha é de sugar o mel da flor. Mas que o prazer da flor é de entregar o mel à abelha. Pois, para a abelha, uma flor é uma fonte de  vida. E para a flor, uma abelha é uma mensageira de amor. E para ambas, a abelha e a flor, dar e receber  o prazer é uma  necessidade e um êxtase. Povo de Orphalese, nos vossos prazeres, imitai as flores e as abelhas.    Da mensagem de Gibran, quero tentar  seguir o exemplo da abelha e da flor.....
O livro tem 115 páginas, falta pouco para eu terminar, já que amanhã ele encontrará novo dono e que cumpra a profecia do autor.

“ Vim  para expressar    o que dorme no coração de  cada um de nós... O que faço hoje na minha solidão, o futuro o exibirá para todos. E o que digo com uma só voz, o futuro o repetirá com muitas vozes”.

Se um  dia tiveres a oportunidade de ler  O Profeta, leia! È  muito bom alimentar nossa  alma com palavras tão sábias, sobre as coisas tão simples e tão humanas.


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