Que delícia! Hoje acordei ouvindo a chuva, mansa e continua que caía
sobre a terra. Com muito esforço resisti
a tentação de continuar na cama apenas ouvindo do som da água que molhava a
terra. Lá pelas oito horas ela parou e o dia continuo apenas nublado e uma
temperatura agradável, quiçá amanhã eu
desperte novamente assim.
Ontem eu li até a página 91 do livro O PROFETA, DE
GIBRAN KHALIL GRIBRAN, edição de 1963, eu tinha três anos idade quando foi lançado no Brasil. Uau! Um
livro especial, delicioso de se ler, é como se estivesse conversando a sós com
o autor. Também pudera,, Gibran levou 25 anos para escrevê-lo, fala das coisas simples e universais da vida. Não me recordo de
quanto tempo está comigo, mas agora é hora de
passar para outras mãos e alimentar outra alma, assim, decidi que amanhã
eu vou deixá –lo em um local público,
para que seja encontrado pela pessoa certa, receptiva aos ensinamentos do
Mestre, o Universo fará com que eles se
encontrem.
Ontem quando eu o encontrei na estante e decidi
relê-lo não pensava em doá-lo, porém quando li o capítulo sobre a dádiva mudei
de ideia e tenho certeza que tomei a decisão certa. O Parágrafo é tão lindo,
que não resisti e transcrevo um pedaço para você com muita ternura..
(...)
“ Tudo que possuis será um dia dado. Daí, portanto, agora para que a época da
dádiva seja vossa e não de vossos herdeiros. Dizei muitas vezes: - ‘eu daria,
mas somente a quem merece.’ As árvores de vossos pomares não falam assim
nem os rebanhos de vossos pastos. Dão para continuar a viver POIS RETER É
PERECER”
Apreciei
também o que o profeta disse sobre o
casamento, é uma lição para pessoas ciumentas, egoístas, autoritárias e
possessivas “ (...) amai-vos um ao
outro, mas não façais do amor um grilhão”. É uma pena que muitas pessoas não entendem que a pessoa amada precisa de
espaço, de liberdade e também ter suas
necessidades atendidas, por mais banais que possam parecer.
Transcrevo para você também um parágrafo do capítulo que o profeta fala sobre o prazer.
Um bom exemplo para a nova sociedade que se preocupada apenas em
satisfazer as tuas necessidades individuais, em acumular, em ter, ter e ter,
esquecer do ser, do trocar, do compartilhar.
Então o ermitão pediu
que o profeta falasse sobre o prazer (...) “ E agora vós perguntais em vosso coração:
como distinguiremos o que é bom no prazer do que é mau? Idem pois, aos vossos
campos e pomares, e, lá, aprenderei que o prazer da abelha é de sugar o mel da
flor. Mas que o prazer da flor é de entregar o mel à abelha. Pois, para a
abelha, uma flor é uma fonte de vida. E
para a flor, uma abelha é uma mensageira de amor. E para ambas, a abelha e a
flor, dar e receber o prazer é uma necessidade e um êxtase. Povo de Orphalese,
nos vossos prazeres, imitai as flores e as abelhas. Da
mensagem de Gibran, quero tentar seguir
o exemplo da abelha e da flor.....
O
livro tem 115 páginas, falta pouco para eu terminar, já que amanhã ele
encontrará novo dono e que cumpra a profecia do autor.
“
Vim para expressar o que dorme no coração de cada um
de nós... O que faço hoje na minha solidão, o futuro o exibirá para todos. E o
que digo com uma só voz, o futuro o repetirá com muitas vozes”.
Se
um dia tiveres a oportunidade de
ler O Profeta, leia! È muito bom alimentar nossa alma com palavras tão sábias, sobre as coisas
tão simples e tão humanas.
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