sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Presença Alemã - Alma Brasileira

PRESENÇA ALEMà - ALMA BRASILEIRA
           
            Antes do descobrimento do Brasil, em 1500,  por Pedro Álvares Cabral,  o país já tinha a característica da diversidade: era habitado por centenas de  tribos indígenas, que falavam diversos idiomas e com  suas especificidades culturais. No encontro destes povos diferentes, com o colonizador, houve influência recíproca e o nascimento de uma nova nação, no  início do século XVI: Os primeiros brasileiros, legítimos mestiços, filhos da índia Paraguaçu, da tribo Tupinambás com o  aventureiro português Diogo  Álvares - o Caramuru- . No decorrer dos séculos, outros povos, inclusive alemães, foram chegando  e  introduzindo suas riquezas culturais.
            Há relatos que, a Esquadra de  Cabral,  chegou ao Brasil orientada  pelo  Meister Johann, astrônomo e cosmógrafo alemão, que exercia a função de náutico. Ainda  no início do século XVI, outro alemão deu sua contribuição  para a História do Brasil, o astrônomo e cartógrafo, Georg Marcgrave, fez três  cartas inéditas das constelações abaixo da linha do Equador e montou mapas precisos da Colônia. Esteve à frente de três expedições  às matas nordestinas  e publicou em 1653, a primeira coletânea científica da flora nativa. Uma das principais fontes históricas e antropológicas deve-se ao aventureiro alemão, Hans Staden (Homberg, c.1524-Wolfhagen, c.1576), que depois de ser resgatado do cativeiro dos Tupinambás, no litoral paulista, retorna à Europa e escreve dois livro sobre  esta aventura. Na segunda obra, narra com precisão etnográfica, os costumes dos nativos. Outro alemão,  conhecido como Maurício de Nassau, admirado e  respeitado pelos brasileiros, como holandês,  o conde Johann Moritz of Nassau-Siegen (17/06/1604, Dillenburg, atual Alemanha  -20/12/1679, Kleve, atual Alemanha), governou  a Colônia  Holandesa  no nordeste, cuja administração ficou conhecida  pelos trabalhos científicos e artísticos. Já no século XIX, outro alemão, Johann Moritz Rugendas (Augsburg, Alemanha 1802 – Weilheim, Alemanha 1858) conhecido como Maurício Rugendas, documentou,  por meio de desenhos, as  paisagens e os costumes dos brasileiro, posteriormente editados com o título: Viagem Pitoresca Através do Brasil.
            A presença alemã  é constante no Brasil  desde o descobrimento, porém, a imigração oficial, aconteceu, em 1824, com a chegada da  primeira leva  de colonos – 39 pessoas de nove famílias,  desembarcaram em São Leopoldo, RS, com o apoio de D. Pedro I .
            É inegável a contribuição germânica  na formação da cultural nacional e em reconhecimento   há mais de 500 anos de relações e encontros, 190 anos da imigração  alemã oficial e 142 anos de relações diplomáticas, sobre o lema  “ Quando ideias se encontram”  a Presidente do Brasil Dilma Rousseff e o Presidente da Alemanha Joachim Gauck  assumiram o patrocínio das comemorações do  Ano da Alemanha no Brasil  e durante 12 meses, de maio de 2013 a maio de 2014,   os brasileiros puderam conhecer vários  aspectos  da cultura germânica, por meio dos 140 projetos que visavam  estimular  a cooperação  entre os meios  cultural científico, empresarial e  governamental.
            Infelizmente,  a maioria das cidades do interior do Brasil  não foi contemplada com  nenhum evento, o que  é lastimável, já  que os dois países têm uma história de mais de 500 anos de amizade e parcerias  e há mais de  mil empresas alemãs em  território nacional.  Seja no pioneirismo dos imigrantes alemães,  ou no talentos  de artistas e cientistas alemães, cuja produção  atravessaram  as fronteiras e se faz presente  no dia – a - dia dos brasileiros desde 1500, contribuindo assim  na formação da alma brasileira.


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