PRESENÇA
ALEMÃ - ALMA BRASILEIRA
Antes
do descobrimento do Brasil, em 1500, por
Pedro Álvares Cabral, o país já tinha a
característica da diversidade: era habitado por centenas de tribos indígenas, que falavam diversos
idiomas e com suas especificidades
culturais. No encontro destes povos diferentes, com o colonizador, houve
influência recíproca e o nascimento de uma nova nação, no início do século XVI: Os primeiros
brasileiros, legítimos mestiços, filhos da índia Paraguaçu, da tribo Tupinambás
com o aventureiro português Diogo Álvares - o Caramuru- . No decorrer dos
séculos, outros povos, inclusive alemães, foram chegando e
introduzindo suas riquezas culturais.
Há
relatos que, a Esquadra de Cabral, chegou ao Brasil orientada pelo
Meister Johann, astrônomo e cosmógrafo alemão, que exercia a função de
náutico. Ainda no início do século XVI,
outro alemão deu sua contribuição para a
História do Brasil, o astrônomo e cartógrafo, Georg Marcgrave, fez três cartas inéditas das constelações abaixo da linha
do Equador e montou mapas precisos da Colônia. Esteve à frente de três expedições às matas nordestinas e publicou em 1653, a primeira coletânea
científica da flora nativa. Uma das principais
fontes históricas e antropológicas deve-se ao aventureiro alemão, Hans Staden
(Homberg, c.1524-Wolfhagen, c.1576), que depois de ser resgatado do cativeiro
dos Tupinambás, no litoral paulista, retorna à Europa e escreve dois livro
sobre esta aventura. Na segunda obra,
narra com precisão etnográfica, os costumes dos nativos. Outro alemão, conhecido como Maurício de Nassau, admirado
e respeitado pelos brasileiros, como
holandês, o conde Johann Moritz of Nassau-Siegen (17/06/1604, Dillenburg,
atual Alemanha -20/12/1679, Kleve, atual
Alemanha), governou a Colônia Holandesa
no nordeste, cuja administração ficou conhecida pelos trabalhos científicos e artísticos. Já
no século XIX, outro alemão, Johann Moritz Rugendas (Augsburg, Alemanha 1802 –
Weilheim, Alemanha 1858) conhecido como Maurício Rugendas, documentou, por meio de desenhos, as paisagens e os costumes dos brasileiro,
posteriormente editados com o título: Viagem Pitoresca Através do Brasil.
A
presença alemã é constante no Brasil desde o descobrimento, porém, a imigração
oficial, aconteceu, em 1824, com a chegada da
primeira leva de colonos – 39
pessoas de nove famílias, desembarcaram em São Leopoldo , RS, com
o apoio de D. Pedro I .
É
inegável a contribuição germânica na
formação da cultural nacional e em reconhecimento há mais de 500 anos de relações e encontros,
190 anos da imigração alemã oficial e
142 anos de relações diplomáticas, sobre o lema
“ Quando ideias se encontram” a
Presidente do Brasil Dilma Rousseff e o Presidente da Alemanha Joachim
Gauck assumiram o patrocínio das
comemorações do Ano da Alemanha no
Brasil e durante 12 meses, de maio de
2013 a maio de 2014, os brasileiros
puderam conhecer vários aspectos da cultura germânica, por meio dos 140
projetos que visavam estimular a cooperação
entre os meios cultural
científico, empresarial e governamental.
Infelizmente,
a maioria das cidades do interior do
Brasil não foi contemplada com nenhum evento, o que é lastimável, já que os dois países têm uma história de mais
de 500 anos de amizade e parcerias e há
mais de mil empresas alemãs em território nacional. Seja no pioneirismo dos imigrantes
alemães, ou no talentos de artistas e cientistas alemães, cuja
produção atravessaram as fronteiras e se faz presente no dia – a - dia dos brasileiros desde 1500,
contribuindo assim na formação da alma
brasileira.
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