A cidade luz sempre exerceu fascínio na maioria dos brasileiros, principalmente entre os noivos que acalantam o sonho de uma lua-de-mel em Paris e desfrutar do burburinho da vida noturna parisiense. É raro encontrar uma pessoa que afirma categoricamente que não deseja conhecer a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre, e os amantes de um bom vinho, a região de Champagne no nordeste francês, onde se produz o melhor espumante do mundo. Viajar pelo território francês é maravilhar-se continuamente e os apreciadores das artes plásticas não podem deixar de conhecer a cidade natal do pequeno grande homem, o artista plástico e talvez o melhor artística gráfico dó século XIX: Henri Toulouse – Lautrec (1864-1901). Sua carreira foi curta, mas o seu legado artístico é grande, tanto em quantidade quanto em qualidade. Era um freqüentador assíduo dos luxuosos bordéis parisienses e, com profunda sensibilidade e honestidade, retratou as meretrizes em variadas situações cotidianas. Sua maior contribuição ao desenho gráfico são os famosos trinta e um cartazes que deram a esse tipo de trabalho a dimensão de arte. Sua contribuição em litografia, foi a técnica Crachis (cuspidela) que consiste em espirrar tinta na pedra litográfica com uma escova de dente para conseguir um efeito pontilhado.
Embora seu apogeu profissional tenha acontecido em Paris, Toulouse – Lautrec , nasceu na encantadora Albi, situada às margens do rio Tarn, no sudoeste francês. A cidade foi erguida ao redor da Catedral de Santa Cecília; santa católica, patrona dos músicos e da música sacra. O desenvolvimento da cidade se deu em virtude das tinturas vegetais extraídas do açafrão Crocus sativus que produziam belíssimos tons de laranja, ocre e amarelo e da planta pastel Isatis tinctoria conseguiam sete nuanças de azul. Os turistas brasileiros, acostumados com a estética de algumas das periferias mais pobres, ao percorrer as vielas centenárias poderão ter a sensação de estar caminhando dentro de um livro de conto de fadas. Com um olhar atento e um pouco de calma vai se maravilhar com as floreiras das janelas, castelos medievais, e com os tijolinhos a vista das casas centenárias. Quando os olhos do viajante se cansar das belezas dos jardins simétricos do Palais de La Berbie , das charmosas casinhas da Place Savène é hora de procurar os restaurantes locais para desfrutar da deliciosa gastronomia local. Na impossibilidade de conhecer a terra de Toulouse- Lautrec, sua obra, e se hospedar em um castelo medieval, há outra opção: Uma visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) em São Paulo , SP. Algumas obras do artista compõem o acervo permanente da Instituição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário