A
vida é cheia de prioridades e elas vão mudando de acordo com o amadurecimento
das pessoas. Quando criança, ter uma bola, uma boneca, representam a realização de um sonho acalentando há muito tempo. Sim, o tempo da criança é
diferente do adulto. Para ela, esperar o dia do pagamento dos do salário dos pais, em
termos de ansiedade, representa uma eternidade. Na adolescência, são tantos os objetos de desejo, que somente os
pais abastados tem condições de atendê-los. Os jovens querem os últimos lançamento de corte de cabelo, roupa, sapato, celular e
outros. A moda muda rapidamente e o salário dos
pais de baixa renda, não acompanham os sonhos da prole e, como, nem sempre querer é
poder, os conflitos aparecem e perduram até quando os filhos começam a
trabalhar e assumir as próprias contas.
Receber o primeiro salário é um
momento mágico! É hora de comprar tudo que sempre quis: Coleção de CD, livros,
bijuterias, perfumes de marcas caras, cabeleireiro toda semana, bibelôs, óculos esportivos,
bolsas, cintos, e por aí afora. È nesta fase da vida que quase ninguém pensa: O que eu quero? O que eu preciso? Comprar e comprar, prestações a
perder de vista. Preocupação com casa própria, poupança, previdência social é
coisa de avós. Moram na casa dos pais, não pagam aluguel, água, luz, IPTU, taxa
de incêndio e muito menos, ajudam nas despesas com alimentação. Seu dinheiro
rende! Têm a sensação que viver é muito
fácil. Enquanto vão acumulando coisas o
tempo vai seguindo o seu curso, no seu próprio
ritmo.
Mas o amor chega e, na sua bagagem, sempre vem a
responsabilidade e, muitas vezes, encontra uma conta bancária no vermelho. È o momento do doloroso “SE”. As pessoas
começam a refletir: Se eu tivesse depositado na poupança, em vez de ter comprado tantos CD, com músicas
que nem gosto mais. Se eu tivesse frequentado
menos o salão de beleza e investido o dinheiro. Profundamente arrependido,
continua o seu lamento, o “Se” agora, é
o seu fiel companheiro, porque, com a calculadora em mãos, concluiu-se que,
somando tudo o que está entulhado em casa, apenas acumulando poeira mais os
gastos desnecessários, de momento, para alimentar a vaidade e saciar o desejo
de infância de ter para competir com os
amiguinhos de melhor poder aquisitivo, hoje, teria dinheiro para dar entrada em
uma casa própria. As prioridades agora são outras!
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