quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Após 27 anos

                  

            Sempre o mesmo velho medo  de progredir, de avançar sempre, de alcançar os objetivos traçados durante a  juventude. A origem  deste medo que me paralisa, sempre diante de uma situação decisiva na vida, da qual resultaria em  prestígio e dinheiro eu não sei; fato é que,  involuntariamente, busco refúgio na doença que  não me permite fazer o que precisa ser feito e consequentemente, o lamento eterno pela oportunidade perdida.

            Faz exatamente, 27 anos em que eu deveria iniciar o estágio, na profissão que escolhi, e  a autossabotagem  fez com que eu sofresse um acidente doméstico grave,  que levou-me ao pronto socorro e o uso de muletas por quatro meses.  E mais uma vez a situação  se repete,   ás vésperas de  mais  estágio. O medo surgiu do nada, disfarçado de doença, amanheci com sintoma de Covid-19: dor de garganta e indisposição. A possibilidade de  eu estar realmente contaminada é remota porque sigo  rigorosamente as orientações dos especialistas. Eu sei que é medo de vencer, de ser próspera e feliz. Só que desta vez, eu vou vencer  o medo  avançar na vida, de abraçar novas oportunidades. Eu não vou ao Pronto Socorro em busca de ajuda, porque sei que é produto de minha mente  covarde e temerosa, que não aceita o meu progresso. Vou preparar-me e estar a posto, exatamente no horário combinado.  Para males imaginários, receitas naturais.

Tomei água com  limão e açafrão da terra;

Água de alho;

Chá de camomila.

Pela primeira vez em minha vida, eu  derroto o medo, a autossabotagem, porque estou preparada, confiante e tenho capacidade para competir de igual para igual, ou até melhor. Eu posso, eu sou capaz, eu sou competente, eu sou a excelência em pessoa. Admirada, amada e respeitada.

Adeus Covid-19;

Adeus medo do sucesso;

Adeus medo da felicidade;

Adeus medo da realização pessoal.

 

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