Quem pensa que o pior já passou e que a população já sabe como lidar com a pandemia, dentro em breve constatará que está enganado. Um pouco mais de paciência e em pouco tempo receberá mais um visitante indesejado. O mosquito Aedes aegypti montou a barraca definitivamente no Brasil em 1981 e o todo poderoso transmite dengue, zica, chikungunya. Milhões de reais são gastos anualmente em campanhas de prevenção, porém, a população ganha uma batalha e perde nove. O mosquito continua na ativa, ampliando o seu roll de vítimas mas desde 2020, um pouco esquecido pelas autoridades e pelo povo porque chegou um concorrente bem mais poderoso, o coronavírus que ceifa vidas impiedosamente.Talvez pelos intermináveis lockdown, que provocou quebra das empresas e desemprego em massa, centenas de milhares de pessoas estão aglomeradas em casa, com insegurança alimentar, tendo que economizar água, luz, material de higiene pessoal ao extremo, tenha propiciado a ressurreição do insuportável ácaro chamado Sarcoptes scabiei, que usa como hospedeiro o ser humano e provoca a popular “sarna humana”. Outra praga que também deixou o túmulo foi o Pediculus humanus capitis e o que já estava ruim ficou pior ainda. Dentro de casa, com fome, com medo de contrair covid-19, zica, chikungunya, com coceira em todo o corpo e doando sangue para o piolho proliferar deixa qualquer um a beira de um ataque de nervos e várias cidades brasileiras enfrentam surtos de todas estas pragas juntas. Será o prenúncio do apocalipse?
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