quinta-feira, 13 de maio de 2021

A chuva cai

             A chuva de maio molha o outono/2021 e o frio faz sofrer as pessoas que não dispõem de agasalho necessário para aquecer o corpo. Foram oito horas de chuva contínua, ora fina, ora média. Água abençoada que  desceu do céu penetrou na  terra seca e  chegou ao lençol freático e posteriormente retornará em  “olhos d’água, e minas” Chuva abençoada para  os que estão no processo de plantio e ingrata para os que estão trabalhando na colheita que foi regada com o suor de seu rosto, corre – se o risco de perder a safra Assim é a natureza e cabe ao homem  adaptar-se à ela. Os citadinos que desconhecem a importância dos ciclos da natureza  para a produção de alimentos, reclamam ao sair para trabalhar e enfrentar transporte público lotado e  os agraciados, que possuem o seu automóvel, reclamam do trânsito lento; desconhecem a dureza da vida do trabalhador rural, que enfrenta sol e chuva para garantir a comida na mesa de todos os brasileiros.

          Descanso semanal remunerado, férias e demais benefícios  das leis trabalhistas são desconhecidos do pequeno produtor rural, que juntamente com a sua família, trabalham de segunda a segunda,  cuidando de seus animais e plantações que exigem cuidados diários e quase nunca teem tempo para apreciar  a beleza do ritmo dos pingos da chuva  que cai sobre o telhado, mas quando os janeiros pesam sobre os seus ombros cansados, sem forças para a labuta diária, entregam-se  ao prazer de observar   as peculiaridades de cada estação do ano e transmitir aos seus descendentes  os saberes milenares da vida no campo.

          Nas cidades, as pessoas que foram  agraciadas com a  lucidez após aposentadoria, a cada amanhecer chuvoso, agradecem a Deus por poder permanecer na cama quentinha, ouvindo o burburinho das gotas de água  na vidraça da janela e não mais ter que enfrentar Metrô lotado,  e  molhar os pés  gelados  na enxurrada das ruas porque as “boca de lobos” não conseguem dar vazão  á água porque elas estão sempre estão entupidas pelo lixo jogado por pessoas irresponsáveis, sem consciência cidadã e  os serviços de limpeza urbana sempre deixaram a desejar. Um aposentado  urbano nunca cansa de agradecer a Deus por poder permanecer em casa em dias chuvosos. Um agricultor nunca cansa de agradecer a Deus que manda a chuva que faz brotar a semente  na terra, promessa de fartura de alimentos nas mesas dos brasileiros.

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