quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Diário da quarentena - 148º dia

  1.                            Hoje, 12 de agosto de 2020, quarta –feira, temperatura  24º , umidade relativa do ar 73, parei para pensar o quanto eu tenho que agradecer a Deus pela situação privilegiada  em que me encontro  desde que teve início a quarentena. Eu estava acostumada com a liberdade de ir e fui obrigada a ficar em casa por pertencer ao grupo de risco, de início, reclamei muito, pensei que fosse  entrar em depressão e após esses quase cinco meses  em isolamento social, percebo que tenho somente a agradecer porque eu estou  sozinha e protegida  em minha casa, desfrutando do conforto que é ter  energia e água potável e poder pagar as contas sem abdicar de alimentos e tantos estão aglomerados em barracos menores que a minha casa, sem saneamento básico conta de luz cortada e faltando alimento  na dispensa, produtos de limpeza. Ainda desfruto da facilidade que é ter  uma lavadora de roupas e o melhor é que ainda tenho saúde e posso fazer as compras, tenho condição de pagar um  motorista de aplicativo, se precisar, portanto devo agradecer a Deus, em casa sim, mas com saúde . Gratidão!
  2.             A pandemia agravou os problemas enfrentados  pelas mulheres vítimas de violência doméstica porque passaram a ter uma convivência estrita e longa  com o agressor, aumento das tarefas domésticas e a  falta de mantimentos  nos armários; quando a fome e a incerteza batem a porta, o respeito e o amor desaparecem e o juramento  do dia do casamento, “na alegria e na dor”  é esquecido. As estatísticas comprovam  que durante a pandemia   o feminicídio aumentou em 22% em doze estados brasileiros. Eu tenho grande de dificuldade  em entender o que  leva um homem a assassinar uma mulher  pelo simples fato de ser mulher. Todo homem nasce de uma mulher, é neto de  duas, pode ser sobrinho de várias, ter várias primas, irmãs, ter uma esposa e ser pai de uma menina, e se chegou a   idade adulta foi  graças aos cuidados femininos,  no Brasil, a cada 7 horas,  uma mulher  fecha os olhos definitivamente, vítima do homem que  um dia disse que a amava.  Graças a Deus, esta barbárie nunca aconteceu em minha família e  agradeço a  Deus por esta benção e peço proteção  a  Nossa Senhora de San Juan de los Lagos  que  proteja todas as mulheres vítimas de violência doméstica e agradeço à Virgem  a benção de ter nascido em uma família pacífica e honrada.

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