sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Diário da quarentena - 143º dia

                          Cada dia está mais difícil sair de casa e não é por medo de ser contaminada pelo coronavírus, mas por assalto. Hoje  fui a padaria e  no retorno, percebi que o homem á minha frente olhava para trás a todo instante e com  olhar fixo em mim, tinha aparentemente uns trinta nos; desconfiada, comecei a andar no ritmo de uma tartaruga e  ele também  passou a andar mais devagar. Com o pensamento elevado a Deus, pedi proteção  e um Anjo em forma de pessoa surgiu. Um rapaz saiu de uma casa  em reforma, pelas roupas, percebi que ele trabalhava na obra e pedi para ficar lá um pouco porque estava sendo cercada por um  homem e fui autorizada lá permanecer o tempo que fosse necessário. Estava ele a descarregar  o carro  e quando retorna para pegar  mercadorias, eis que foi surpreendido pelo sujeito, que perguntou por mim, o que ele prontamente respondeu que era  “minha tia”  e indagou qual era a dele. Apesar da postura do rapaz, o meliante seguiu em passos lentos e virou na próxima esquina e o perdemos de vista.  O rapaz teve a gentileza de acompanhar-me  até a minha casa, e para a minha desagradável surpresa,   na rua transversal lá estava ele esperando por mim.  Agradeço a Deus que me enviou este Anjo da Guarda e cheguei sã e salva em minha casa. Fora esse entrevero, o dia seguiu em perfeita ordem.

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