Nas profundezas da floresta, onde o canto dos pássaros se mistura ao sussurro das árvores, vivia um povo que não conhecia a escrita. Seus dias eram marcados pelo nascer e pelo pôr do sol, e suas noites, pela dança das estrelas no céu.
Para eles, o tempo não era uma linha reta, mas um círculo eterno. Cada amanhecer trazia a promessa de um novo começo, e cada anoitecer, a certeza de um descanso merecido. As estações do ano eram como velhos amigos que voltavam sempre, trazendo consigo as chuvas, o calor, o frio e a renovação.
Os anciãos contavam histórias ao redor da fogueira, narrativas que passavam de geração em geração. Nessas histórias, o tempo era um personagem invisível, mas sempre presente. Ele estava nos ciclos da lua, no crescimento das plantas, no voo dos pássaros migratórios.
Os jovens aprendiam a ler o tempo nos sinais da natureza. Sabiam que a chegada das flores anunciava a primavera, e que o canto dos grilos era um prenúncio do verão. O tempo era sentido, vivido, experimentado em cada detalhe do cotidiano.
Sem relógios ou calendários, eles mediam o tempo pelo coração. O pulsar da vida era o seu compasso, e cada momento era uma nota na sinfonia da existência. O tempo dos ancestrais não era contado, mas sentido, como uma brisa suave que acaricia a pele.
E assim, vivendo em harmonia com a natureza, eles ensinavam que o tempo é um presente, um ciclo infinito de oportunidades para crescer, aprender e amar. O tempo dos povos primitivos era um tempo de conexão, de respeito e de profunda sabedoria.
Espero que tenha gostado! Se precisar de mais alguma coisa, estou à disposição.
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