No rigoroso inverno de 2024, o
cerrado enfrentou uma seca implacável. Já em meados de agosto, nenhuma gota de
chuva havia caído sobre a terra ressequida. A natureza, com seus enigmas,
revela tanto a vida quanto a morte. Enquanto algumas espécies sucumbem à
aridez, outras encontram na dureza do solo a força para florescer. O
algodãozinho do cerrado é um desses sobreviventes, emergindo com suas flores de
um amarelo vibrante, como um farol para as abelhas, que se encarregam de sua
polinização exclusiva, garantindo a perpetuação das espécies.
Os ipês, por sua vez, rompem a
uniformidade do marrom desolado com uma explosão de cores—amarelo, roxo, rosa e
branco—pintando a paisagem com uma beleza inesperada. Ao longo das estações, a
diversidade das floradas assegura que os polinizadores jamais fiquem sem
alimento. Assim, a natureza, em sua sabedoria silenciosa, cuida para que seus
filhos nunca passem fome.
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